Ivermectina trata dengue? Saiba mais sobre a doença e o medicamento! – Zonatti Apps

Ivermectina trata dengue? Saiba mais sobre a doença e o medicamento!

Saúde

Publicado em: 19/02/2024Última atualização: 19/02/2024

Publicado em: 19/02/2024Última atualização: 19/02/2024

A ivermectina é um medicamento antiparasitário sem eficácia comprovada contra vírus.

A Ivermectina ficou especialmente conhecida após a pandemia do Covid-19. Na época, falava-se muito sobre sua suposta eficácia no tratamento contra o vírus.

É inegável que o momento vivido pela sociedade permitiu que diversos medos e inseguranças se instalassem entre a população, que no anseio por proteção buscava uma cura.

Houveram testes laboratoriais que verificaram uma eficácia considerável contra o vírus, porém apenas in vitro, ou seja, fora de um organismo vivo.

Após a etapa laboratorial, os testes clínicos são essenciais para garantir que o medicamento irá funcionar nos seres humanos.

Algum tempo depois, um estudo clínico comprovou cientificamente que a ivermectina não era útil no tratamento de doenças infecciosas, como as causadas por vírus e bactérias, por exemplo.

Quer saber mais sobre a ivermectina, seu uso e se ela pode auxiliar no tratamento contra a dengue? Então continue lendo o artigo!

Índice — Neste artigo, você encontrará:

  1. O que é Ivermectina e para que é indicado?
  2. O que é a dengue e como ela é transmitida?
  3. Quais são os sintomas mais comuns?
  4. Qual o tratamento indicado contra a dengue?
  5. A Ivermectina trata a dengue?

O que é Ivermectina e para que é indicado?

ivermectina é um medicamento que atua no organismo de humanos e animais, como o cachorro.

Sua ação principal é antiparasitária, sendo comumente utilizado no tratamento de condições causadas por vermes ou parasitas, como:

Veja a bula completa, de forma simplificada e em vídeo a seguir:

O que é a dengue e como ela é transmitida?

dengue é uma doença infecciosa com características específicas. São elas:

  • Febril aguda: presença de febre com início súbito, podendo estar associada a outros sintomas, como calafrios, mal-estar geral e dores musculares, por exemplo;
  • Sistêmica: que comumente afeta mais de um tecido ou órgão do corpo;
  • Dinâmica: podendo causar a regressão ou o agravamento dos sintomas, o que exige monitoramento e reavaliação frequentes;
  • Debilitante: causa um mal-estar geral capaz de afetar os músculos e a capacidade física, bem como o funcionamento do cérebro e o processo que forma os pensamentos;
  • Autolimitada: possui evolução limitada e específica, sendo geralmente de baixa gravidade, durante um período de tempo e que pode se curar sem tratamento.

Vale uma observação de que apesar de ser autolimitada, ela também é dinâmica, podendo evoluir de forma mais grave, principalmente sem o tratamento médico adequado. Então, não espere que a doença se cure sozinha, procure orientação médica.

Essa condição é considerada uma arbovirose, doenças que são causadas por vírus e transmitidas, principalmente, por mosquitos.

No caso da dengue, sua causa é o vírus do gênero Flavivírus, enquanto sua transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti.

Leia mais: Ivermectina: pode tratar a Covid-19? Veja para que serve 

Quais são os sintomas mais comuns?

O vírus do gênero Flavivírus normalmente provoca alguns sintomas semelhantes aos da gripe. Dentre os mais comuns, podemos destacar:

  • Cansaço e fadiga;
  • Dor no corpo;
  • Perda de paladar e apetite;
  • Perda de peso.

Outros são um pouco mais específicos, como:

  • Febre alta;
  • Dor de cabeça forte;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Dores nos ossos e articulações;
  • Tontura;
  • Náuseas e vômitos.

Além disso, ainda é possível que o quadro seja assintomático ou apresente apenas sintomas leves.

Desenho de uma pessoa com um frasco de repelente, cercada por mosquitos.

É importante ficar alerta aos sintomas, pois como mencionado anteriormente, a dengue é uma doença dinâmica, podendo ocorrer a evolução do quadro para sintomas mais graves e, consequentemente, para a dengue hemorrágica.

Alguns exemplos de sintomas que exigem atenção e auxílio médico são:

  • Vômitos, principalmente quando persistente;
  • Manchas vermelhas na pele;
  • Sangramentos no nariz e/ou nas gengivas;
  • Dor intensa e contínua no abdômen.

Qual o tratamento indicado contra a dengue?

Não existe um medicamento específico que trate a dengue em si. O tratamento normalmente envolve a melhora dos sintomas, como por exemplo medicamentos para dor e febre. Paracetamol e dipirona são os comumente utilizados.

Aqui, vale um alerta: não é indicado o uso do ácido acetilsalicílico, ibuprofeno, nimesulida, diclofenaco, cetoprofeno e naproxeno, pois eles podem aumentar o risco de hemorragias e agravar o quadro de dengue hemorrágica.

Também é importante repousar e ter uma alimentação saudável e nutritiva, além de manter o corpo bem hidratado.

Leia mais: Perigos da automedicação em casos de dengue 

A Ivermectina trata a dengue?

A resposta mais simples e direta é: não! A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus, e como falado anteriormente, a ivermectina é um antiparasitário.

Uma possível eficácia contra os vírus, apesar de verificada nos testes laboratoriais in vitro, foi descartada pelos testes clínicos, ou seja, não tem ação antiviral no organismo.

Além disso, o uso de medicamentos sem comprovação científica contra alguma doença e sem orientação profissional especializada é desaconselhado. O uso indiscriminado de medicamentos pode causar complicações como:

  • Agravamento do quadro clínico geral do paciente, pois pode mascarar sintomas, não mostrando a real evolução do quadro;
  • Mutação viral, resultando em microrganismos mais resistentes;
  • Outras condições de saúde, como, por exemplo, cirrose medicamentosa, causada pelo excesso de medicamentos no fígado.

A prevenção é o método mais eficaz contra a dengue. Então lembre-se de manter os lugares que frequenta, como casa e trabalho, limpos e sem locais que favoreçam o acúmulo de água parada, pois podem se tornar foco de vetores da doença.

Mas caso a infecção ocorra, é importante buscar orientação médica. Seguindo o tratamento corretamente, as chances de se curar sem grandes complicações aumentam.

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