Influencer de 7 anos esbanja fama, fatura R$ 20 mil por contrato, mas admite: ‘Não gosto de tirar fotos’ – Entretenimento – Zonatti Apps

Influencer de 7 anos esbanja fama, fatura R$ 20 mil por contrato, mas admite: ‘Não gosto de tirar fotos’ – Entretenimento




Tida como um fenômeno da internet, a influenciadora mirim Andrielly Mendes, de 7 anos, esbanja fama nas redes sociais com a impressionante marca de 5,8 milhões de seguidores, em várias plataformas, fazendo vídeos engraçadinhos e com respostas na ponta da língua para tudo. Chega a ser mais popular do que muito artista veterano por aí.


Moradora de Tamandaré, cidade com pouco mais de 22 mil habitantes no interior de Pernambuco, Andrielly Mendes começou a carreira precoce na internet aos 2 anos. Mas se tornou conhecida mesmo depois de aparecer nos stories de Carlinhos Maia, ator, humorista e influenciador digital, antes da pandemia de Covid, em 2020.


“Carlinhos Maia abriu as portas. No primeiro dia que ele a mostrou [nos stories], a menina estourou. Ela passou a ser reconhecida nas ruas e tudo mais. Ela não consegue nem mais tomar sorvete”, explica Joyce Mendes, mãe de Andrielly, em entrevista ao R7.


Desde então, como a própria jovem prodígio sugere, a fama não lhe deu mais sossego.


“Eu vou comprar um brinquedo, e as vendedoras me conhecem. Eu vou comprar uma maquiagem, e a vendedora me conhece. Eu vou comprar alguns desenhos, e me conhecem”, diz a pequena que, apesar de gostar desse sucesso todo, admite que algo lhe incomoda: “[Mas eu não gosto] é de tirar foto. Porque não consigo comer uma batatinha frita na praia, eu não consigo fazer mais nada”, acrescenta ela, que está na segunda série.


Além do público, o sucesso meteórico faz com que a pequena Andrielly seja reconhecida também por empresas: são pelo menos 12 publicidades por mês para marcas que variam entre lojas de roupa, cosméticos e maquiagem infantil. Cada contrato assinado varia entre R$ 15 mil e R$ 20 mil.








Família mantém cuidados




Ao R7, a família diz que a rotina de Andrielly é simples: grava os vídeos pela manhã, estuda à tarde, brinca e faz o reforço pelo menos três vezes por semana.


“As gravações de Andriellly são mais a diversão dela. Ela mostra o dia a dia dela (ela se arrumando para ir para escola, se maquiando, brincando ou tomando banho de piscina). Não é aquela programação… Só quando a gente tem a publicidade”, ressalta Joyce.


A mãe garante manter os cuidados para que a filha não visualize comentários negativos dos chamados haters e influencie no comportamento dela.








Especialistas fazem alertas




Para profissionais ouvidos pelo R7, se tornar influencer muito precocemente pode ser perigoso e eles sugerem cuidados que os pais precisam manter com os filhos.


“Eu acho que o cuidado é esse: o de entender que se você vai começar a expor o seu filho a criar um canal no YouTube e querer monetizar com isso… Você estará proporcionando uma infância muito peculiar, muito diferente para o seu filho e que, por mais que você tenha todos os cuidados no uso da imagem, o que vai aparecer ainda assim é um risco alto de que algo aconteça nesse ambiente que ainda é muito pouco controlado”, diz Sabrina Pani, psicóloga infanto-juvenil.


“Os pais devem se perguntar o sentido daqueles momentos para a criança, se estão mantendo as experiências essenciais para o desenvolvimento socioemocional, social, afetivo, cognitivo, cuidar para que os excessos não desviem a criança dos percursos necessários, estudos, escola, amizades, brincadeiras, frustrações, e, principalmente, o tempo livre, o tempo desconectado e despreocupado com o número de likes e seguidores”, explica a psicóloga clínica Nara Helena Lopes Pereira da Silva, supervisora e pesquisadora com pós-doutorado no IPUSP (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo).




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