A Organização Mundial da Saúde, OMS, precisará de US$ 1,5 bilhão para prestar auxílio a pessoas afetadas por emergências neste ano, incluindo em áreas como Ucrânia e Faixa de Gaza.
O plano de financiamento prevê que a área do Mediterrâneo Oriental receba US$ 705 milhões. A seguir está a região Africana, com US$ 334 milhões.
Assistência humanitária essencial de saúde
Já para a região europeia serão destinados com US$ 183 milhões, enquanto o Pacífico Ocidental receberá US$ 15,2 milhões, o Sudeste Asiático cerca de US$ 49 milhões e as Américas em torno de US$ 131 milhões.
Em 2023, os apelos de financiamento receberam, em média, apenas 12% dos fundos solicitados, uma questão que leva a agência a sublinhar que o mundo deverá fazer mais esforços para “avançar em 2024”.
A agência estima que 166 milhões de pessoas precisarão de assistência humanitária essencial de saúde durante o novo período. No entanto, mais de 300 milhões podem precisar de assistência e proteção humanitária este ano.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que a agência pretende fazer chegar o auxílio a cerca de 87 milhões das pessoas mais necessitadas em operações que exigiriam US$ 1,5 bilhão.
OMS atua para responder a 41 crises de saúde
Neste início de 2024, a OMS atua para responder a 41 crises de saúde, incluindo 15 das emergências consideradas de mais alto nível.
Os afetados por essas situações sofrem com um “início traumático de um novo ano, desde o final de 2023, que foi em si um ano de sofrimento imenso e, em grande parte, evitável”, disse Tedros.
A lista de conflitos a serem apoiados inclui os da Ucrânia, do Sudão e da Faixa de Gaza. A agência assinala que “surpreendentemente, uma em cada cinco crianças no mundo viveu ou fugiu de uma zona de conflito em 2023”.
Em suas declarações, Tedros também destacou o agravamento da crise climática, sublinhando a confirmação do ano passado como o mais quente da história. Esta realidade trouxe “sérias implicações para a saúde”.
A lista de efeitos vai desde a “fome catastrófica” provocada pela seca no extremo leste da África, até surtos de doenças fatais impulsionados pelas mudanças no clima.
Salvar vidas e atender necessidades críticas de saúde
Tedros Ghebreyesus sublinhou ainda que “para aqueles que enfrentam emergências, as interrupções nos serviços essenciais de saúde marcam muitas vezes a diferença entre a vida e a morte”.
O apelo realça que cada dólar aplicado na OMS gera um retorno do investimento de pelo menos US$ 35.
A expectativa é que o apoio dos doadores ajude a salvar vidas, a atender as necessidades críticas de saúde dos mais vulneráveis e ajudar as comunidades a sair de crises com maior capacidade para enfrentar futuras ameaças à saúde.