A polonesa Iga Swiatek, número 1 do mundo, conquistou o torneio de Roland Garros ao vencer a tcheca Karolina Muchova (43ª) por 6-2, 5-7 e 6-4, neste sábado (10), em uma final de altíssimo nível.
Swiatek se classificou para a final do torneio na França na última quinta-feira (8), quando venceu a brasileira Bia Haddad por 2 sets a 0 na partida semifinal. Com a vitória da tenista polonesa, Bia assumiu o décimo lugar no ranking da ATP.
Swiatek venceu três edições de Roland Garros — a primeira em 2020 e a segunda em 2022 — e se torna assim a primeira tenista a manter o título desde que Justine Henin o fez há 16 anos. A belga venceu em 2003, 2005, 2006 e 2007.
Acostumada a vitórias tranquilas nas partidas anteriores, exceto na semifinal contra a brasileira Beatriz Haddad Maia (14ª), que lhe deu um pouco mais de trabalho, Swiatek teve que trabalhar duro para vencer em duas horas e 46 minutos.
A polonesa de 22 anos, com amplo domínio do circuito, soma quatro torneios de Grand Slam. Além dos três títulos de Roland Garros ela venceu o US Open de 2022.
“Eu sei que tenho dito isso todos os anos, não é realmente sobre o desempenho, eu realmente amo estar aqui — é meu lugar favorito no circuito”, disse Swiatek, após o triunfo.
Muchova, de 26 anos, deixa Paris como a grande revelação do torneio. Ela não venceu, mas seu estilo exuberante, agressivo com a direita e brilhante no voleio, conquistou a quadra Philippe-Chatrier e ela revelou ao grande público o segredo que o circuito feminino já sabia: seu ranking não reflete a realidade, seu tênis é digno de uma Top-10.
“Foi tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Isso é o que acontece quando você joga contra uma das melhores, a Iga”, disse uma emocionada Muchova, que foi informada apenas no ano passado pelos médicos que ela nunca mais poderia jogar tênis.
Swiatek começou o duelo pisando no acelerador, com um jogo avassalador que em Roland Garros a ajudou a avançar nas rodadas anteriores.
Em dez minutos de jogo já vencia por 3 a 0 diante de Muchova, que nunca havia passado da terceira fase no torneio, e teve dificuldade de entrar no jogo.
Aos poucos ela começou a lembrar a tenista que nas semifinais venceu Aryna Sabalenka (2ª) de virada no melhor duelo da competição.
Mas seu brilhante tênis não foi suficiente para resistir à polonesa, que venceu o primeiro set sem dificuldade.
EXPERIÊNCIA FAZ A DIFERENÇA
O alerta foi dado e no segundo set, apesar de um apagão inicial, Muchova cresceu na quadra. Ela recuperou a quebra e passou a se impor diante da polonesa, normalmente imperturbável, um exemplo de autocontrole no tênis.
O ápice do duelo veio quando Muchova fechou o segundo set, com seu terceiro set point, conquistando um ponto em que deslocou Swiatek com três voleios impecáveis. A Chatrier se levantou para aplaudir duas jogadoras que se conhecem perfeitamente porque são habituais parceiras de treinos.
Swiatek perdeu o controle por alguns minutos. Começou o último set com uma dupla falta que entregou um ‘break point’ a Muchova, impecável no saque, que consolidou sua vantagem.
Mas a número 1 não havia dado a última palavra. Ela voltou a se acertar e deixou tudo igual com sua quebra: 2 a 2 e o jogo entrou em território desconhecido.
Swiatek fez valer sua experiência. Muchova, que teve muitos minutos em quadra durante o torneio, não resistiu ao último impulso da polonesa. As duas receberam uma grande salva de palmas pelo espetáculo que ofereceram.
– Últimas vencedoras de Roland Garros:
2023: Iga Swiatek (POL)
2022: Iga Swiatek (POL)
2021: Barbora Krejcikova (CZE)
2020: Iga Swiatek (POL)
2019: Ashleigh Barty (AUS)
2018: Simona Halep (ROM)
2017: Jelena Ostapenko (LAT)
2016: Garbiñe Muguruza (ESP)
2015: Serena Williams (EUA)
2014: Maria Sharapova (RUS)
2013: Serena Williams (EUA)
2012: Maria Sharapova (RUS)
2011: Li Na (CHN)
2010: Francesca Schiavone (ITA)
2009: Svetlana Kuznetsova (RUS)
2008: Ana Ivanovic (SRB)
2007: Justine Henin (BEL)
2006: Justine Henin (BEL)
2005: Justine Henin (BEL)
2004: Anastasia Myskina (RUS)