Saúde
Publicado em: 27/10/2023Última atualização: 27/10/2023
Publicado em: 27/10/2023Última atualização: 27/10/2023
Os corantes estão presentes em muitos dos alimentos que consumimos. O uso de cores é uma forma de atrair a atenção dos consumidores, já que passa a sensação de que o alimento é mais agradável e tem mais qualidade.
Porém, os corantes artificiais não têm valor nutritivo e não oferecem outros benefícios à saúde. Pelo contrário, eles podem apresentar riscos e estarem relacionados com condições diversas.
Neste artigo, você vai entender um pouco mais sobre esse tipo de substância e quais são seus perigos.
Índice
- O que é um corante alimentício?
- Quais são os corantes mais usados?
- Quais alimentos possuem corantes?
- Quais os perigos dos corantes artificiais nos alimentos?
- Os corantes e os ultraprocessados
O que é um corante alimentício?
Como o nome já sugere, corante alimentício é uma substância que tem a função de dar cor a algum determinado alimento ou intensificá-lo.
Além disso, ele também é usado para restaurar a cor natural perdida durante o processo de fabricação, preservar nutrientes e outros componentes que são sensíveis à luz e atuar como um indicador de qualidade.
Os principais tipos são o natural e o sintético, sendo o segundo amplamente utilizado na indústria alimentícia.
Os corantes naturais são extraídos de vegetais ou de insetos, enquanto os artificiais são produzidos por meio de síntese química. Embora possam ter pigmentos em cores semelhantes, os naturais são menos prejudiciais ao organismo.
Quais são os corantes mais usados?
No grupo de corantes naturais, alguns dos mais utilizados na fabricação de alimentos e bebidas são:
- Urucum;
- Cúrcuma;
- Carmim de cochonilha;
- Carotenos.
Há ainda os corantes caramelos, amplamente utilizados e feitos a partir do açúcar, que não entram na categoria de corantes naturais.
Já entre os artificiais mais usados, pode-se destacar a tartrazina, a azorrubina e o vermelho 40. A lista de corantes sintéticos permitidos no Brasil é a seguinte:
- Tartrazina (INS-102);
- Amarelo de quinoleína (INS-104);
- Amarelo crepúsculo (INS-110);
- Azorrubina (INS-122);
- Amaranto ou Bordeaux S (INS-123);
- Ponceau 4R (INS -124);
- Eritrosina (INS-127);
- Vermelho 40 (INS-129);
- Azul patente V (INS-131);
- Indigotina (INS-132);
- Azul brilhante (INS-133);
- Verde rápido (INS-143);
- Negro brilhante (INS-151);
- Marrom HT (INS-155).
Nem todos eles são permitidos para todos os tipos de fabricações. Alguns, por exemplo, podem ser usados em bebidas, mas não em alimentos.
Quais alimentos possuem corantes?
Esse componente pode estar presente em diversos tipos de produtos. Veja alguns exemplos:
- Bebidas alcoólicas e não alcoólicas;
- Sopas e caldos;
- Molhos e condimentos;
- Cereais e snacks;
- Massas e biscoitos;
- Iogurtes, sorvetes e leites aromatizados;
- Chocolates, balas, doces e sobremesas;
- Pós para preparo de coberturas, xaropes e outros.
Os corantes utilizados na produção também precisam estar na lista de ingredientes com seu nome completo ou com o número INS, que é o Sistema Internacional de Numeração.
Leia mais: Mindful eating: o que é e como praticar no dia a dia?
Quais os perigos dos corantes artificiais nos alimentos?
Muitos estudos vêm sendo realizados para entender como os corantes sintéticos agem no organismo e quais problemas eles podem causar, principalmente relacionados à seu efeito toxicológico. Alguns dos riscos já identificados são:
- Reações alérgicas, como asma, bronquite, rinite e urticária;
- Problemas nos sistemas gastrointestinal e respiratório;
- Hiperatividade em crianças;
- Doenças renais;
- Anemia;
- Potencial cancerígeno.
Para cada corante, a legislação brasileira determina a IDA, que é a Ingestão Diária Aceitável. Em tese, as substâncias são seguras se ingeridas em uma quantidade que respeite esse limite.
Porém, isso pode sofrer alterações à medida que novos estudos vão surgindo e novas informações são descobertas.
Muito se discute sobre o uso dos corantes, especialmente porque vários dos que são permitidos no Brasil são proibidos em outros países.
Os naturais vêm ganhando espaço e se fazendo mais presentes no mercado, especialmente diante de um cenário onde há uma busca cada vez maior por uma alimentação saudável.
Leia mais: Como fazer reeducação alimentar? Dicas para emagrecer e mais
Os corantes e os ultraprocessados
Diante dos exemplos já citados anteriormente, fica claro que os corantes estão muito presentes no grupo de alimentos ultraprocessados. Estes são produtos que passam por um processo industrial, por vezes longo, até chegar ao consumidor final.
Não é indicado que eles sejam ingeridos em excesso, porém, são amplamente consumidos no Brasil e no mundo. Dentre seus muitos pontos negativos, se destaca sua alta quantidade de aditivos, entre eles os corantes.
Os aditivos são componentes comuns em produtos alimentares, mas eles não possuem valor nutricional. Eles podem ter funções diversas, como dar aroma, textura, sabor ou estender a duração do produto.
O problema dos ultraprocessados é que eles possuem uma composição desbalanceada, com poucas substâncias boas para a saúde e altos níveis de ingredientes que podem ser prejudiciais a curto, médio e longo prazo.
A redução da ingestão de corantes artificiais é atrelada a uma mudança na rotina alimentar que diminui o consumo de alimentos industrializados, priorizando os naturais ou minimamente processados.
Os corantes sintéticos e outros aditivos encontrados em alimentos industrializados não oferecem benefícios para nossa saúde, portanto devem ser evitados sempre que possível.
Em caso de dúvidas quanto aos alimentos, vale a pena marcar uma consulta com um(a) nutricionista, que além de esclarecer seus questionamentos, pode também criar um plano alimentar adequado para suas necessidades.
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