Em uma reviravolta chocante, o profissional francês, Nacer Bouhanni, revelou recentemente que se aposentou do esporte, citando uma “reformulação” de sua vida e carreira. Bouhanni conversou abertamente com o jornal francês L’Équipe sobre sua decisão de se aposentar, alegando que estava pronto para um novo começo.
O ex-ciclista, de 33 anos, confessou que lidava não só com problemas físicos, mas também descreveu seu tempo na equipe da Cofidis como uma fase de “intimidação psicológica”. Em entrevista, Bouhanni afirmou que as pressões da carreira profissional e a animosidade na equipe o fizeram cair em um estado de desgosto e ressentimento pelo ciclismo.
Problemas na equipe Cofidis
Segundo Bouhanni, seu tempo na equipe Cofidis (2015-2019), onde foi capitão e principal sprinter, foi marcado por um ambiente hostil, que envolvia uma pressão incansável e um relacionamento turbulento com o chefe de equipe, Cédric Vasseur.
“Era tudo ou nada, principalmente na Cofidis, sob a liderança de Vasseur. Eu me tornei vítima de intimidação psicológica, em forma de humilhação pública e discussões constantes. Eu realmente comecei a odiar andar de bicicleta.”
Em 2019, Bouhanni decidiu mudar de equipe e ingressou na Arkéa-Samsic, onde conseguiu recuperar seu desempenho e obteve alguns sucessos. No entanto, 2022 marcou um ponto de virada em sua carreira quando sofreu um grande acidente na Volta à Turquia.
Consequências da Volta à Turquia
Envolvido em um grave acidente durante a Volta à Turquia em 2022, que foi inadvertidamente causado por um transeunte com deficiência física, Bouhanni foi forçado a enfrentar um longo período de recuperação. Hoje, quase dois anos após o incidente, ele ainda está lutando com os efeitos duradouros do acidente.
“Eu ainda vou ao fisioterapeuta toda semana e preciso fazer outro exame de ressonância magnética porque meu pescoço ainda não se recuperou completamente”, disse Bouhanni. Ele também mencionou que iniciou uma batalha legal contra os organizadores da Volta à Turquia, alegando que o acidente obrigou-o a se aposentar prematuramente aos 33 anos, quando ainda poderia ter competido por pelo menos mais três anos.
Além das duras consequências físicas do acidente, Bouhanni alega que nunca mais foi o mesmo ciclista. O pavor e a insegurança que antes nunca haviam afetado sua carreira o dominaram, tornando suas pedaladas repletas de ansiedade e medo.
Embora sua aposentadoria tenha sido marcada por uma amarga despedida do ciclismo, Bouhanni afirma que vê o evento não como o fim de sua carreira, mas o início de uma nova jornada. “Quando os atletas se aposentam, eles falam como se alguém tivesse morrido. Mas estou vivo! Para mim, não é o fim, mas um renascimento”, concluiu.