Segundo a empresa, o Movie Gen consegue criar vídeos com até 16 segundos de duração. Novidade deve concorrer com modelos de inteligência artificial como o Sora, da mesma criadora do ChatGPT. Vídeo criado com inteligência artificial Movie Gen, da Meta, mostra hipoopótamo nadando
Divulgação/Meta
A Meta, dona do Facebook, revelou nesta sexta-feira (4) o Movie Gen, um modelo de inteligência artificial (IA) capaz de criar clipes de vídeo e áudio com aparência realista a partir de comandos em texto.
Segundo a empresa, o Movie Gen consegue gerar música de fundo e efeitos sonoros sincronizados com o conteúdo dos vídeos, além de editar vídeos existentes. Os vídeos podem ter até 16 segundos, enquanto o áudio pode ter até 45 segundos.
O Movie Gen será incorporado aos serviços da Meta em 2025, informou a empresa. A ideia é que ele seja usado para criar vídeos personalizados para o Reels ou conversas no WhatsApp, por exemplo.
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Demonstrações do Movie Gen liberadas pela Meta mostram vídeos de animais nadando e surfando, bem como vídeos usando fotos reais de pessoas para retratá-las realizando ações como pintar em uma tela.
Em um dos vídeos, a empresa fez a ferramenta colocar pompons nas mãos de um homem que corria sozinho no deserto. Em outro, ela modificou um estacionamento onde um homem andava de skate, de um terreno seco para um coberto por uma poça de água.
A novidade deve competir com modelos de IA como o Sora, criado pela OpenAI, dona do ChatGPT. A Meta publicou dados de testes cegos que indicam que o modelo tem desempenho melhor que concorrentes de startups como OpenAI, Runway, ElevanLabs e Kling.
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Vídeo criado pela inteligência artificial Movie Gen, da Meta, coloca pompons nas mãos de um corredor
Divulgação/Meta
Inteligência artificial em filmes
O anúncio foi feito em um momento em que Hollywood discute como utilizar a tecnologia de vídeo de IA generativa, após a OpenAI, apoiada pela Microsoft, mostrar pela primeira vez em fevereiro como seu produto Sora pode criar vídeos semelhantes a filmes em resposta a solicitações de texto.
Tecnólogos do setor de entretenimento estão ansiosos para usar essas ferramentas para aprimorar e agilizar a produção de filmes, enquanto outros se preocupam com a adoção de sistemas que parecem ter sido treinados em obras protegidas por direitos autorais, sem permissão.
Parlamentares também destacaram preocupações sobre o uso de falsificações geradas por IA, ou deepfakes, em eleições em todo o mundo.
Os porta-vozes da Meta disseram ser improvável que a empresa libere o Movie Gen para uso aberto por desenvolvedores, como fez com sua série Llama de modelos de linguagem grande, dizendo que considera os riscos individualmente para cada modelo. Eles se recusaram a comentar a avaliação da Meta para o Movie Gen especificamente.
Em vez disso, disseram que a Meta trabalha com a comunidade do entretenimento e outros criadores de conteúdo nos usos do Movie Gen.
A empresa diz ter usado uma combinação de conjuntos de dados licenciados e publicamente disponíveis para criar o Movie Gen.
A OpenAI tem se reunido com executivos e agentes de Hollywood neste ano para discutir possíveis parcerias envolvendo a Sora, embora ainda não tenha sido relatado nenhum acordo resultante dessas conversas.
As preocupações com a abordagem da empresa aumentaram em maio, quando a atriz Scarlett Johansson acusou o fabricante do ChatGPT de imitar sua voz sem permissão para seu o chatbot.
A Lions Gate Entertainment, empresa por trás de “Jogos Vorazes” e “Crepúsculo”, anunciou em setembro que estava dando à startup de IA Runway acesso à sua biblioteca de filmes e televisão para treinar um modelo de IA. Em troca, segundo a empresa, o estúdio e seus cineastas poderão usar o modelo para aprimorar seu trabalho.
Conheça o Sora, da OpenAI
Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT
