O termo “nomofobia” pode não ser familiar para muitos, mas seus sintomas são amplamente reconhecidos por aqueles que já sentiram ansiedade ou aflição por causa de uma certa condição.
Embora a nomofobia ainda não seja oficialmente reconhecida como um transtorno mental, ela tem sido alvo de diversos estudos. Vamos explorar essa condição, seus sintomas e como você pode combatê-la.
O que é a nomofobia?
A nomofobia é uma palavra que se originou da combinação de “no-mobile” (“sem celular”, em inglês) e “fobos” (do grego, “fobia” ou “medo”).
Ela descreve a ansiedade e o medo que algumas pessoas sentem quando estão desconectadas de seus dispositivos móveis. Esse transtorno não é oficialmente reconhecido no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), mas seus sintomas são tão reais quanto os de outras fobias.
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A nomofobia pode se manifestar de várias maneiras, desde ansiedade, tremores, falta de ar, sudorese até ataques de pânico, quando os indivíduos se veem impossibilitados de usar seus dispositivos.
A sensação de desconexão tecnológica desencadeia essas reações físicas e emocionais, tornando-se uma condição desafiadora para muitos.
Os estudos sobre a nomofobia remontam a 2008, quando pesquisas no Reino Unido revelaram que cerca de metade dos usuários de celulares sentia algum grau de ansiedade quando estavam sem seus aparelhos.
Esses resultados foram confirmados por pesquisas subsequentes em diferentes partes do mundo, revelando que a nomofobia é uma preocupação global.
Fatores de risco, causas e tratamento
Os pesquisadores não chegaram a um consenso sobre se os fatores genéticos são tão determinantes na nomofobia quanto em outras dependências, como as químicas.
Alguns estudos apontam para a presença de traços de impulsividade e baixa autoestima como fatores de risco, mas a combinação de fatores sociais, ambientais e biológicos também desempenha um papel significativo.
O tratamento da nomofobia envolve ações de redução de danos e a autorregulação do uso do dispositivo. Terapias psicológicas e terapêuticas também são recomendadas para entender as causas subjacentes e desenvolver estratégias para lidar com a dependência. Em casos extremos, pode ser necessária a utilização de medicação.
Embora a nomofobia não seja oficialmente reconhecida como um transtorno, os sintomas que ela desencadeia são uma preocupação válida. A conscientização, o autocontrole e, em alguns casos, a intervenção profissional são as chaves para superar essa dependência tecnológica e manter uma relação saudável com nossos dispositivos móveis.