A Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) anunciou hoje (22) uma greve às vésperas da Black Friday. Com a mobilização, funcionários dos Correios de regiões como São Paulo, Bauru (SP), Rio de Janeiro, Tocantins e Maranhão irão paralisar as atividades.
Em publicação em seu site oficial, a Findect, que representa os sindicatos, explica que a paralisação se deve a inconsistências em um acordo assinado com os Correios. Dentre as questões, o acordo não incorpora R$ 250 ao salário base da categoria, o que configura “um golpe financeiro direto contra os trabalhadores”, segundo a Findect.
“Nos últimos 50 dias, a Federação buscou incansavelmente o diálogo com a direção da empresa para corrigir as 26 inconsistências identificadas antes da assinatura do acordo coletivo. Infelizmente, a resposta da direção, presidida por Fabiano Silva, foi inerte e, por vezes, parecia pertencer a um mundo onírico, alinhando-se a uma política que prejudica nossa categoria”, diz trecho do comunicado da entidade.
A Findect não estipula um prazo de duração para a greve dos Correios (Imagem: Divulgação/Findect)
Também são cobradas outras demandas como a retirada da incidência de impostos de uma bonificação de R$ 1,5 mil que será paga em janeiro, a realização de concurso público, melhoria nos planos de saúde e condições de trabalho.
A federação chama a mobilização de “urgente” e pontua que a movimentação neste período de Black Friday é proposital para chamar a atenção da sociedade, já que este um dos períodos comerciais “mais importantes para o varejo mundial”.
De acordo com a Findect, a paralisação vai afetar 40% dos trabalhadores dos Correios do país todo e cerca de 60% do fluxo postal.
A greve dos Correios nos quatro estados começa hoje e não tem data para terminar (Imagem: Alfribeiro/Getty Images)
“A Findect conclama todos os sindicatos e trabalhadores a aprovarem a GREVE em suas assembleias por tempo indeterminado, em defesa dos direitos e da dignidade da categoria”, finaliza o comunicado da federação.
Outro lado
O TecMundo entrou em contato com os Correios para verificar se a empresa possui algum posicionamento sobre o assunto. Contudo, até o fechamento da matéria a companhia pública federal não havia retornado.
Matéria em atualização…