Queridinha nas buscas, a airfryer pode ser utilizada no preparo de diversos alimentos e ajuda a poupar tempo, já que dispõe de um timer que avisa quando a comida está pronta.
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Só não dá para dizer que é uma fritadeira sem óleo, literalmente. Isso porque, na teoria, o ato de fritar um alimento acontece sempre em óleo quente. E a fama das airfryers se dá justamente por cozinharem sem adição de gordura.
“As pessoas costumam falar isso, que ‘fritam’ um salgado, por exemplo, no aparelho. Isso acontece porque ele forma aquela casquinha crocante característica”, explica João de Sá Brasil Lima, professor de engenharia mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
O g1 traz uma seleção de aparelhos com diferentes capacidades e que custavam de R$ 350 a R$ 1.700 no início de novembro. Ao fim da reportagem, saiba mais sobre como eles funcionam e veja 6 receitas para preparar na airfryer, de feijão e arroz até bolo de chocolate.
Airfryer: como escolher a sua fritadeira sem óleo – Até 3 litros — Foto: g1
Airfryer Cfry Arno — Foto: Divulgação
Com capacidade de 1,6 litro, a Crfry, da Arno, possui tecnologia “Hot Air”, que, segundo a fabricante, deixa os alimentos mais crocantes devido à circulação uniforme de ar quente.
A potência do aparelho é de 1030 watts, com temperatura entre 80 °C e 200 °C e timer de até 30 minutos. O cesto redondo não é removível.
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Airfryer Cook Fryer Cadence
Airfryer Cadence — Foto: Divulgação
A Cook Fryer, modelo da Cadence, tem capacidade de 2,6 litros. Ao invés de um cesto convencional, tem uma bandeja removível, que se acopla na base da panela, o que, segundo a marca, torna o processo de limpeza mais prático.
Com 1250 watts de potência. Entre suas funções, apresenta um timer de até 30 minutos e a função descongelar.
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Airfryer Turbofryer Philips Walita
Airfryer Turbofryer Philips Walita — Foto: Divulgação
A Philips Turbo Fryer tem capacidade de 2,2 litros, potência de 1500 watts e tecnologia “Twin Turbostar”, patenteada pela marca. Com ela, o cesto cuja base é em formato de estrela dupla, acelera a circulação e distribui melhor o ar quente no aparelho, de acordo com a fabricante.
O modelo, vem com uma assadeira que, segundo a marca, é ideal para fazer pães, bolos e até massas.
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Airfryer: como escolher a sua fritadeira sem óleo – Entre 3 litros e 4 litros — Foto: g1
Airfryer EAF20 Electrolux
Airfryer EAF20 Electrolux — Foto: Divulgação
Com capacidade de 3,2 litros, o modelo da Electrolux possui um painel digital (“Painel Assistant Touch”) com 9 receitas pré-programadas e aviso sonoro e luminoso que avisa a hora de virar o alimento, para garantir, segundo a fabricante, que ele cozinhe dos dois lados.
Além disso, tem função de pré-aquecimento que, de acordo com a marca, deixa o interior do aparelho na temperatura certa para o preparo das refeições. Sua potência é de 1400 watts.
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Airfryer Oster CKSTAF631 — Foto: Divulgação
Um dos modelos mais vendidos do mercado, de acordo com avaliação dos principais e-commerces, tem capacidade de 3,2 litros.
Possui sistema de “Hot Air Technology” que, segundo a fabricante, faz com que o ar quente circule em uma velocidade ultrarrápida, otimizando o tempo de preparo.
O aparelho vem com assadeira e grelhas inclusas, o que possibilita, de acordo com a marca, o preparo de receitas doces e salgadas, como bolos e tortas, por exemplo. Sua potência é de 1500 watts.
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Airfryer Philco — Foto: Divulgação
Conta com visor digital que permite ajustar a temperatura e o tempo. O seu cesto é redondo, com capacidade de 3 litros, além de um botão de proteção na alça que, de acordo com a fabricante, minimiza o risco de acidentes.
Possui sistema de segurança contra o vazamento de ar quente e superaquecimento. Com potência de 1400 watts.
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Airfryer: como escolher a sua fritadeira sem óleo – Acima de 4 litros — Foto: g1
Airfryer Mondial AF-55i — Foto: Divulgação
A potência dessa airfryer é de 1900 watts e sua capacidade é de 5,5 litros. O cesto é quadrado, o que comporta, segundo a marca, mais alimentos.
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Airfryer Philco PFR118VI — Foto: Divulgação
Com capacidade de 4,6 litros, o modelo foi desenvolvido com revestimento em cerâmica “RedStone”, que segundo a fabricante, é um produto mais resistente e livre de tóxicos.
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Airfryer Britânia BFR15P
Airfryer Britânia BFR15P — Foto: Divulgação
O modelo BRF15P da Britânia vem com alça de transporte que, de acordo com a marca, facilita o transporte. Com capacidade de cesto 6 litros, possui potência de 1500 watts.
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O funcionamento da airfryer é parecido com o de um forno de convecção pequeno (o popular forno elétrico), explica professor de engenharia mecânica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) João de Sá Brasil Lima.
Ela tem resistência, parecida com a de um chuveiro elétrico. No mercado, são comercializados aparelhos com diferentes potências. Atenção porque, quanto maior for a potência, maior é o consumo de energia, diz Lima.
Mas por que parece frito? “Quando a gente liga o aparelho, essa resistência esquenta e, dentro, tem uma ventoinha, que faz o ar circular e entrar em contato com os alimentos”, detalha o professor.
“No secador de cabelo, por exemplo, você está sempre pegando o ar frio de fora, esquentando e jogando o ar quente no cabelo. Na airfryer, eu faço o ar quente recircular na câmara (onde estão os alimentos). Como ele é muito quente, dá esse aspecto crocante, como se tivesse sido frito”, conclui.
“Prima-irmã” do forninho elétrico, ela deve ser pré-aquecida antes de receber os alimentos. Dessa forma, a comida já entra em contato com a superfície quente, recomenda o professor.
A praticidade da airfryer conquistou a criadora de conteúdo culinário Malu Schifflers que, inicialmente, considerava o produto um trambolho, até que seu namorado lhe deu o aparelho de presente. “Mudou a minha vida, hoje utilizo quase todos os dias”, conta.
Mas ela admite que nem todos os alimentos ficam crocantes e gostosos quando feitos ali.
A famosa batata frita, por exemplo, fica, segundo ela, crocante, mas sem sabor — é a falta do óleo. “Mas tem muita coisa que fica até melhor do que o frita em óleo quente. Normalmente, alimentos que já são pré-fritos ou que já têm gordura em si ficam muito bons, como sobrecoxa, coxinha e barriga de porco” , recomenda.
O aparelho também dá conta de bolos e outros assados (veja receitas abaixo).
Algumas receitas precisam ser adaptadas como, por exemplo, alimentos à milanesa: “O que eu aprendi é que, em vez de, empanar no ovo e farinha, você deve realizar o processo em uma gordura. Neste caso, eu utilizo a manteiga e a farinha”, explica Malu.
Para o publicitário Rodrigo Sena, alimentos como batata frita e nuggets não são um problema. No entanto, aqueles que precisam ser grelhados não ficam com a consistência igual.
“Eu fiz filé de frango grelhado na airfryer, mas só usei porque estava sem fogão. Demora mais tempo do que grelhar no fogo”, avalia.
O uso da airfryer, de acordo com Cinthia Giaimo, nutricionista do Centro Universitário São Camilo ajuda, no ponto de vista da saúde porque você não está mergulhando o alimento em óleo e, consequentemente, ingere menos calorias. Mas, ainda existem poucos trabalhos científicos que falam com propriedade dos benefícios desse tipo de preparo.
Toda gordura exposta à altas temperaturas tem que ser resistente a esse ambiente, segundo a professora Cinthia Giaimo. A manteiga, por exemplo, tem uma grande quantidade de gorduras saturadas e por isso, não é indicada.
“Os óleos que possuem gordura poliinsaturada como o óleo de soja, milho e de girassol, por exemplo, são os mais indicados para o preparo na airfryer”, analisa.
Um dos cuidados a se ter no processo é não deixar torrar os alimentos. “Quando essas substâncias são expostas em ambientes como o da airfryer, por exemplo, formam a chamada acroleína ou acrilamida, que pode promover a formação de substâncias cancerígenas”, complementa.
“Se ocorre a ingestão de acrilamida, você deve optar por uma dieta saudável para diminuir aquele acúmulo de alimentos que não são saudáveis no seu corpo”, recomenda a professora Cinthia Giaimo.
Além disso, alguns produtos, como os comercializados em plástico, por exemplo, não devem ser colocados diretamente na airfryer.
“Geralmente, o que não pode ir ao forno convencional também não deve ser manuseado no aparelho, pode danificá-lo”, afirma a chef de cozinha Dani Faria Lima.
No processo de limpeza, a airfryer é considerada prática, assim como o seu funcionamento.
“Não tem aquela crosta dura, que normalmente o grill deixa, e é bem difícil de limpar. Por ser de teflon, você consegue limpar facilmente com a bucha, só tem que tomar cuidado para não utilizar o lado áspero, para não riscar”, avalia Malu Schifflers.
“Acho o processo de limpeza chatinho, mas, como acumula muita gordura (que os alimentos já contêm), eu limpo toda vez que uso”, ensina Rodrigo Sena.
A manutenção depende da sua forma de uso. “Cada fabricante tem um mecanismo diferente, mas, de certa forma, o princípio é o mesmo. Se parou de esquentar, o problema é na resistência”, aponta o engenheiro. “Se o ar não está circulando, tem que verificar a ventoinha. Se a tampa está emperrando, o defeito é mecânico.”
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