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Mais uma produção do MCU estreia no streaming do Disney+. Eco é a nova série da Marvel Studios, que chega repleta de desconfiança do público que anda saturado de filmes bobos sobre heróis. A produção é derivada da série Gavião Arqueiro e foca suas atenções na anti-heroína Maya Lopez (interpretada por Alaqua Cox). Além de explorar a origem da jovem, a produção mostra as consequência de seu comportamento implacável em Nova York e a sua fuga para sua cidade natal em Oklahoma, afim de fugir do império criminoso de Wilson Fisk.
A série começa após os acontecimentos finais de Gavião Arqueiro e tem um primeiro episódio primoroso! Nele vemos abordagem de diversos pontos que são importantes para entendermos quem é a personagem e os seus dilemas. Mesclando conteúdo inédito com trechos de outras produções da Marvel (Demolidor e Gavião Arqueiro), a trama de Eco mostra em seu início que veio para quebrar paradigmas e a conhecida fórmula Marvel, apresentando um abordagem mais séria, contida e violenta. Em uma determinada cena, desse episódio, vemos um plano sequência de cerca de cinco minutos que tem tiroteio e pescoços sendo quebrados, numa cena muito bem coreografada e filmada, sendo essa uma das melhores cenas de ação de todas as séries do MCU.
O elenco da série é maravilhoso e consegue servir de escada para que as estrelas da produção brilhem em seus papéis. Tantoo Cardinal (Assassinos da Lua das Flores) constrói uma matriarca consumida pela dor e ressentimento. Vincent D’Onofrio (Nascido para Matar) retorna como Wilson Fisk, como se nunca tivesse deixado de interpretar o personagem. Os efeitos especiais são dignos da boa fase da Marvel nos cinemas e não podem ser alvo de qualquer crítica. O mesmo não se pode dizer da fotografia que é muito escura em alguns momentos, prejudicando o entendimento de algumas cenas.
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Passado o primeiro episódio, o roteiro nos leva a entender mais da dinâmica familiar de Maya e suas origens, o que ajuda a compreender o motivo da mesma ter se aliado a Fisk e como ela foi manipulada pelo vilão, levando a personagem a se tornar uma máquina de matar particular do vilão frio e calculista. Por mais que a produção queira dar uma identidade própria a sua história é inegável que é difícil se afastar completamente das típicas amarras narrativas da Marvel, algo que fica bem claro no último episódio, o que é comprovado no seu segundo episódio e segue até o seu fim. Mas a tentativa é válida e, por mais que não empolgue, consegue mostrar que os personagens da Marvel podem sim conseguir brilhar com abordagens mais sérias e contidas. Ao fim dos cinco episódios a sensação que fica é que a produção serviu como ponto de partida para algo maior (série do Demolidor que terá 22 episódios) e que existe um futuro para a personagem, em outras produções do vasto MCU.
Eco é o primeiro passo (tardio) de uma reestruturação da Marvel, um primeiro passo que tem saldo positivo entre alguns deslizes apresentados, em especial no último episódio. Que as novas produções do MCU, nos cinemas e na TV, sigam o exemplo e mostrem uma nova era para os fãs, eles merecem.
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