A Microsoft ultrapassou a Apple e se tornou a empresa mais valiosa do mundo nesta quinta-feira, 11. Segundo a agência de notícias Reuters, as ações da companhia produtora de iPhones tiveram um início fraco em 2024 devido às crescentes preocupações com demanda.
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As ações da Microsoft subiram 1,6%, o equivalente a uma avaliação de mercado de US$ 2,875 trilhões. Já as ações da Apple tiveram uma queda de 0,9%, permanecendo com um valor de mercado de US$ 2,871 trilhões.
É, a saber, a primeira vez desde 2021 que a companhia responsável pelos iPhones tem seu valor abaixo da Microsoft.
No acumulado de janeiro, as ações da Apple contam com uma queda de 3,3%, ante uma valorização de 2% da concorrente. No entanto, a Microsoft tem tido uma crescente popularidade com o avanço de tecnologias de inteligência artificial (IA), como com o lançamento do seu próprio modelo “Gemini”.
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Em 2023, a valorização dos papéis da Microsoft foi de 57%, ante os 48% da Apple. A empresa ganhou mais força com a parceria que foi realizada com a empresa de tecnologia OpenAI, a criadora do ChatGPT.
Apple está geopoliticamente mais exposta que a Microsoft
A Apple é uma empresa que está mais exporta a conflitos geopolíticos e comerciais entre os EUA e a China. Portanto, limitações de compra por parte do Partido Comunista Chinês e barreiras comerciais dos norte-americanos aos chineses tornam a cadeia produtiva da empresa mais complexa, disse o analista da Investing.com Thomas Monteiro.
Em novembro, o Itaú foi a primeira grande instituição financeira a revisar as projeções de valor das ações da Apple para baixo. Segundo o banco brasileiro, o ritmo de crescimento da empresa e preocupações com o mercado chinês justificam as avaliações dos papéis da companhia.
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De acordo com o relatório do Itaú, “estamos céticos com a possibilidade da empresa continuar com altas receitas, com os recentes lançamentos de produtos sempre na mesma faixa de preço”.
Contudo, a instituição disse que a Microsoft já deu sinais de que consegue capitalizar soluções de inteligência artificial quando mostrou que parte do seu crescimento advinha do seu interesse em investir em IA. Analistas do JPMorgan, líder global em serviços financeiros, recomendaram compras das ações da companhia.
Gabriel Dias é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob supervisão de Anderson Scardoelli.