A polêmica relação entre WTorre e Palmeiras, a mais recente por causa das condições do gramado do Allianz Parque, desceu a serra. E não foi depois do clássico não! A nova diretoria do Santos Futebol Clube tomou conhecimento dos termos da MOU (Memorando de Intenções) assinada entre a antiga gestão e a empresa. Os atuais cartolas do Santos não ficaram nada satisfeitos com cláusulas que podem deixar o Peixe amarrado com a WTorre por diferentes aspectos.
A primeira discordância é com relação ao projeto arquitetônico. O que foi aprovado no conselho deliberativo é muito diferente do que está no memorando. A atual gestão já pediu novos ajustes ao arquiteto do projeto, Luiz Volpato, para uma outra aprovação.
“Mais parece uma reforma do que uma nova obra”, relatou a esta coluna um dos dirigentes do alvinegro praiano.
Além disso, termos, direitos e obrigações colocadas como cláusulas obrigatórias no futuro vínculo são polêmicas e consideradas lesivas ao clube.
Orçada em R$ 450 milhões, a construção da Nova Vila Belmiro só começaria após a captação de R$ 350 milhões. Dinheiro que precisa vir da venda de novas cadeiras cativas e camarotes premium, ou seja, a construtora usaria o próprio patrimônio do clube para levantar a verba.
Anteriormente, a WTorre seria a responsável pela captação do dinheiro e as cadeiras cativas e camarotes seriam um complemento do projeto.
Outra questão que incomoda bastante a atual diretoria e a venda do Naming Rigths do estádio.
Pelo acordo assinado pela gestão anterior, o Santos ficaria com apenas 2% do valor anual da propriedade. Essa questão é considerada a mais polêmica, já que apenas a WTorre estaria autorizada a comercializar o nome da arena.
A atual diretoria já teve diversas reuniões com os responsáveis pela WTorre. Na última, na semana passada, foi dado um ultimato!
O projeto deveria ter ajustes como cobertura em todos os assentos do estádio, a comercialização de propriedades com percentuais mais bem divididos, agilidade na burocracia (Estudo de Impacto de Vizinhança e entrada com documentação na Prefeitura de Santos), além da apresentação de um prazo para o início de todas as etapas a serem realizadas.
A WTorre corre para atender a atual diretoria do Santos. Se a atual gestão optar em não realizar a construção da Nova VIla Belmiro com a WTorre precisa pagar R$ 10 milhões de multa rescisória ou aguardar dois anos, prazo que vence o memorando de intenções.
Marcelo Teixeira terá reunião considerada decisiva com a WTorre na próxima semana.
A Nova Arena do Santos está projetada para ter 30 mil torcedores em dias de jogos e 40 mil espectadores para shows e eventos. A duração da parceria entre Santos e WTorre seria de 30 anos.
A atual Vila Belmiro será demolida para a construção do novo estádio.
Por enquanto, podemos afirmar que, o projeto está parado por divergências contratuais.