O ministério da saúde do Paquistão confirmou pelo menos um caso do vírus mpox em um paciente que havia retornado de um país do Golfo, disse na sexta-feira (16), embora ainda não soubessem a cepa.
O porta-voz do ministério da saúde paquistanês Sajid Shah disse que até agora o órgão não tinha confirmação da nova variante, mas o sequenciamento da amostra do paciente estava em andamento. “Uma vez concluído, poderemos dizer qual é a cepa”, disse Shah.
Uma nova forma do vírus gerou preocupação global porque parece se espalhar mais facilmente através do contato próximo. Um caso da nova variante foi confirmado na quinta-feira (15) na Suécia e ligado a um surto crescente na África, o primeiro sinal de sua disseminação fora do continente.
No entanto, a OMS (Organização Mundial da Saúde) aconselhou contra quaisquer restrições de viagem para impedir a propagação do Mpox.
O departamento de saúde na província norte de Khyber Pakhtunkhwa disse que um caso havia sido confirmado na área, retificando uma declaração anterior de que três pacientes com Mpox haviam sido detectados esta semana ao chegarem dos Emirados Árabes Unidos.
Um oficial de saúde no distrito de Mardan, em Khyber Pakhtunkhwa, disse que a localização do paciente confirmado com Mpox, um homem que teria retornado recentemente da Arábia Saudita, era desconhecida.
O paciente inicialmente recebeu testes e orientações em um hospital na capital provincial Peshawar, disse Javed Iqbal à Reuters, mas depois retornou para sua casa, a algumas horas de distância, em Mardan e depois foi para outro distrito.
“Quando visitamos sua casa em Mardan, estava trancada por fora e seus vizinhos nos disseram que a família havia partido para Dir”, disse o oficial. “Entramos em contato com nossos colegas do departamento de saúde no distrito de Dir, mas eles não conseguiram localizá-lo, nem mesmo em Dir.”
O ministério da saúde do Paquistão afirmou que está rastreando os contatos do paciente identificado, quem disseram ser de Mardan. Eles também reforçaram a vigilância nos aeroportos e monitoramento com pessoal de saúde extra, disse o ministério em um comunicado.
A OMS declarou o recente surto da doença como uma emergência de saúde pública de interesse internacional após a identificação da nova variante do vírus. Na quarta-feira (14), soou seu nível mais alto de alerta sobre o surto na África após casos na República Democrática do Congo se espalharem para países vizinhos. Houve 27 mil casos e mais de 1.100 mortes, principalmente entre crianças, no Congo desde que o surto atual começou em janeiro de 2023.
A doença, causada pelo vírus da varíola dos macacos, leva a sintomas semelhantes aos da gripe e lesões cheias de pus. Geralmente é leve, mas pode ser fatal, com crianças, mulheres grávidas e pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como aquelas com HIV, todas em maior risco de complicações.