Como ciência descobriu identidade de soldado morto há mais de 100 anos – Zonatti Apps

Como ciência descobriu identidade de soldado morto há mais de 100 anos

Em 2004, os restos mortais de ambos os soldados foram levados para o Laboratório Central de Identificação (CIL), do exército dos Estados Unidos, do comando conjunto de contabilidade POW/MIA no Havaí, onde foi iniciada a análise das evidências. Não há equivalente no Reino Unido a esse laboratório americano. O Ministério da Defesa do Reino Unido opera uma pequena equipe chamada equipe de comemorações do Joint Casualty and Compassionate Centre (JCCC), às vezes conhecida como “detetives de guerra”. Alguns trabalhos de identificação “ad hoc” (em tradução literal, “para essa finalidade”) também são realizados por universidades do Reino Unido.

Descobrir a identidade dos restos mortais ainda não identificados de Charles McAllister —apelidado de CIL 2004-101-I-02— foi considerado impossível na época.

Eu era arqueólogo forense no CIL quando os restos mortais chegaram e realizei uma análise das evidências associadas. Concluí que havia uma grande probabilidade de que pesquisas adicionais pudessem levar à identificação do I-02. O caso foi repassado a historiadores e outros antropólogos da organização, mas não houve progresso.

Porém, cerca de 14 anos depois, quando estávamos nos aproximando do aniversário de 100 anos da morte desse soldado e do fim da Primeira Guerra Mundial, reabri o caso. Muita coisa havia mudado politicamente com a agência responsável pelos MIAs (lista de soldados dados como desaparecidos em ação) e fui forçado a trabalhar no caso em meu próprio tempo. Outras pessoas se ofereceram para ajudar enquanto eu examinava todas as linhas coincidentes que poderiam ser usadas para estabelecer a identidade desse homem.

Várias evidências ajudavam a restringir as possíveis baixas da lista de desaparecidos da Batalha de Aisne-Marne —como a data e o local de sua morte, seus pertences e suas características biológicas.

Em um mundo ideal, haveria um banco de dados de todos e eu poderia fazer uma busca preliminar com base em sua altura, padrão dentário, idade e etnia. Infelizmente, esses dados residem apenas nos registros militares individuais armazenados nos Arquivos Nacionais dos Estados Unidos. Isso significava que eu precisava determinar quais seriam os possíveis soldados e solicitar seus respectivos registros.

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