Quais foram as decepções de 2022?

O ano ficou marcado pelo início da retomada do cinema após a pandemia de Covid-19 e o lançamento de vários filmes e séries aguardadíssimos pelo público. Como em toda temporada, alguns títulos se sobressaíram em 2022, enquanto outros decepcionaram (e muito) parte dos fãs.

No cinema, filmes como Morbius, Thor: Amor e Trovão e Jurassic World: Domínio estavam entre os mais esperados deste ano. No entanto, o resultado final acabou não agradando a muitos, embora os dois últimos estejam entre os 10 filmes de maior bilheteria em 2022.

Na sessão de séries, como vários títulos novatos e veteranos estreiam novas temporadas anualmente, seria impossível citar todas as decepções em uma mesma lista. Por isso, a Tangerina selecionou três que ficaram marcadas negativamente na memória da audiência: Obi-Wan Kenobi (2022), Primeira Morte (2022) e Resident Evil: A Série (2022) –no caso das duas últimas, a Netflix já confirmou oficialmente seus cancelamentos.

Abaixo, confira seis produções que decepcionaram os fãs em 2022:

Morbius

Na lista de grandes decepções de 2022, um filme que não poderia ficar de fora é Morbius. Estrelado pelo vencedor do Oscar Jared Leto, o longa faz parte do universo do Homem-Aranha da Sony, que tem como principal destaque a franquia Venom. Sem a opção de contar com o herói aracnídeo, o estúdio explora alguns de seus principais vilões que não estão sendo utilizados pela Marvel no MCU.

Apesar de Leto no papel principal e nomes como Matt Smith, Adria Arjona, Jared Harris e Tyrese Gibson no elenco, Morbius foi um desastre completo. O longa sofreu com críticas de todos os lados e sequer chegou aos US$ 200 milhões de bilheteria, número considerado baixíssimo para uma produção deste porte.

Nem mesmo a cena pós-créditos que conecta o universo da Sony ao MCU foi capaz de seduzir o público a ir ao cinema para assistir à estreia cinematográfica do personagem. Com apenas 15% de aprovação dos críticos no agregador Rotten Tomatoes, Morbius é um dos títulos de 2022 que precisa ser esquecido.

Thor: Amor e Trovão

Se analisada apenas a bilheteria de Thor: Amor e Trovão, o filme foi um sucesso. Com US$ 760 milhões arrecadados, a produção ficou entre as mais rentáveis deste ano –mas isso não é o bastante para que um projeto saia sem críticas.

O longa trouxe de volta Natalie Portman como Jane Foster, eterna paixão de Thor (Chris Hemsworth), e colocou Christian Bale para interpretar Gorr, o Carniceiro dos Deuses, um dos principais vilões do Deus do Trovão nos quadrinhos. Ao unir duas das principais histórias do herói na HQ, era esperado que o longa agradasse a todos, mas não foi bem assim.

Thor: Amor e Trovão tem 64% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes e ficou marcado pela sua trama exageradamente cômica. Mais uma vez dirigido por Taika Waititi, o filme contou com resoluções convenientes demais e cenas que pouco acrescentavam à narrativa, mal aproveitando o elenco de astros que dividiam a tela com Hemsworth.

Após o sucesso do antecessor Thor: Ragnarok (2017), a expectativa era de que a franquia de Thor continuasse a alçar voos mais altos e continuasse com a boa fase do herói nos cinemas. Infelizmente, a realidade não foi tão positiva.

Jurassic World: Domínio

Responsável por colocar um ponto-final na franquia de dinossauros, Jurassic World: Domínio é um filme cuja bilheteria espetacular não corresponde às críticas. Foram míseros 29% de aprovação dos jornalistas, que classificaram o longa como um fim melancólico para uma das obras mais importantes do cinema.

Parte das críticas apontavam falta de nexo da narrativa do último longa e mau aproveitamento de alguns dos personagens, principalmente Owen (Chris Pratt) e Claire (Bryce Dallas Howard). O retorno gratuito do trio protagonista de Jurassic Park (Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum) também pouco acrescentou à trama, fazendo de suas participações um mero caça-níquel para o fim da franquia.

Resident Evil: A Série

Resident Evil: A Série é uma das únicas produções dessa lista que conseguiu desagradar público e crítica. Enquanto títulos do cinema foram “salvos” pela bilheteria astronômica, a atração da Netflix inspirada nos games de sucesso fracassou tanto em audiência que foi rapidamente cancelada pelo serviço de streaming.

A notícia do fim chegou um mês e meio após a estreia da atração, que nunca atingiu os números desejados pela plataforma para uma possível renovação. Além do baixo interesse dos assinantes, a série foi alvo de muitas críticas dos jornalistas e descrita como o “pior capítulo” da saga de zumbis fora dos consoles.

A série de Resident Evil estreou em 14 de julho e conquistou 72,7 milhões de horas vistas, o que a colocou em segundo lugar no Top 10 mundial em sua primeira semana de exibição. No entanto, o desempenho logo despencou, e o título deixou o ranking após apenas três semanas.

Primeira Morte

Série de vampiros com temática LGBTQIA+, Primeira Morte foi um fracasso da Netflix que desabou do céu ao inferno. Embora tenha estreado bem na plataforma, figurando no Top 10 entre produções de língua inglesa em seus primeiros dias e com 100 milhões de horas vistas em quatro semanas, a atração despencou em audiência e foi cancelada pelo serviço.

A surpresa pelo cancelamento foi tanta que a showrunner Felicia D. Henderson culpou o “marketing ruim” feito pela plataforma para o fracasso da trama. Segundo ela, o foco apenas no romance lésbico nas artes promocionais espantou parte da audiência que nunca conheceu outros elementos que ela considerava importantes para a trama.

Obi-Wan Kenobi

Para muitos fãs de cultura pop, Obi-Wan Kenobi talvez seja a maior decepção do ano. Minissérie que trouxe de volta Ewan McGregor como o famoso jedi 17 anos após a sua última aparição, a atração era uma das mais aguardadas de 2022. Além do retorno do personagem principal, a série também reuniu McGregor com Hayden Christensen, responsável por viver o icônico vilão Darth Vader na segunda (ou primeira?) trilogia de Star Wars. O resultado, no entanto, ficou muito aquém do esperado.

No Rotten Tomatoes, Obi-Wan Kenobi conquistou apenas 63% de aprovação do público, considerada essencial para o sucesso de uma produção. As muitas críticas direcionadas à minissérie citam a trama enrolada e resoluções absurdas demais, que teriam feito da atração um “desperdício” de personagens e tempo dentro da franquia Star Wars.