Bobker / Kruger Films
Essa lista foi feita para todos os casais que não conseguem entrar em consenso na hora de fazer uma sessão de cinema em casa. Nesse pot-pourri de carnaval, a Revista Bula fez uma seleção de filmes de diferentes gêneros, mas que atenderá a todos os tipos de gostos. Do drama ao romance, do suspense ao terror, em comum entre eles: apenas o fato de terem sido aclamados por crítica e público. Destaques para “Emma” (2020), Autumn de Wilde; “Rosa e Momo” (2020), Edoardo Ponti; “Cargo” (2018), Ben Howling e Yolanda Ramke. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.
Emma (2020), Autumn de Wilde
Bonita, inteligente e rica, Emma Woodhouse é uma jovem inquieta e sem rivais em sua pacata cidadezinha, que não consegue parar de se intrometer na vida amorosa de seus amigos. Aos 21 anos, ela está entediada após o casamento de sua governanta com um viúvo. Procurando um projeto de casamento, Emma, que mora com seu pai ansioso, faz amizade Harriet Smith, uma jovem de origem desconhecida, que frequenta o internato da vila para meninas carentes. Ela está determinada a unir Harriet com o vigário, o senhor Elton. Então ela convence Harriet a não aceitar a proposta do belo arrendatário Robert Martin. Em meio a triângulos amorosos e gafes em eventos sociais, Emma procura o amor até descobrir que ele já estava lá.
Rosa e Momo (2020), Edoardo Ponti
O enredo se passa em Nápoles e traz Sophia Loren como Madame Rosa, uma sobrevivente do Holocausto. Um dia, ela tem seus castiçais roubados por Momo, um menino senegalês de 12 anos, que apesar de bem amparado pelo dr. Coen, não consegue deixar de praticar pequenos delitos. Momo viu sua mãe ser brutalmente assassinada. Agora, sob os cuidados de Rosa, que foi convencida a cuidar do garoto, ambos desenvolvem uma amizade nutrida por compartilharem traumas, mesmo que tão distantes na régua do tempo.
A Noite de 12 Anos (2018), Álvaro Brechner
A partir de 1973, é instaurada uma ditatura civil-militar no Uruguai que se estende até 1985. José “Pepe” Mujica, Mauricio Rosencof e Eleuterio Fernández Huidobro, militantes dos Tupamaros, guerrilha de orientação marxista-leninista, passam a se destacar em ações como roubos a banco e logo são vistos como uma espécie de santos rebeldes, por distribuírem o espólio entre os mais humildes. As forças de repressão fecham o cerco e os três são capturados e levados a uma das unidades para confinamento de revoltosos, onde estão outros nove colegas, sem que seja possível a comunicação entre eles. Os anos se sucedem enquanto o grupo tenta não se entregar à sensação de alheamento. A espera leva 12 anos para acabar e um quarto de século depois, Mujica, aos 75 anos, é eleito presidente do Uruguai.
Cargo (2018), Ben Howling e Yolanda Ramke
Andy foi mordido por um zumbi e agora está infectado por um vírus mortal. Ele tenta desesperadamente salvar a filha Rosie do mesmo destino e, para tanto, tem apenas 48 horas para encontrar um lugar seguro e assim garantir a vida da menina. A solução talvez seja ir para uma tribo aborígene isolada, mas para poderem ser incorporados ao grupo, ele terá que ajudar uma jovem indígena a vencer um perigoso desafio. Apesar de este ser um filme de zumbis, o roteiro vai mais além e aborda questões não muito assíduas do gênero, como compaixão, perseverança e fé. Andy é o típico herói de tramas desse filão, carismático, confiante e disposto a sacrifícios sobre-humanos quando a vida de quem ama está em jogo.
Ofélia (2018), Claire McCarthy
Um filme que reimagina “Hamlet” do ponto de vista de Ofélia, uma garota comum, cuja inteligência e coragem encantam a rainha Gertrude, da Dinamarca. Como dama de companhia favorita da rainha, Ofélia guarda os segredos guardados dentro das muralhas do Castelo de Elsinore, incluindo o próprio relacionamento proibido com o príncipe Hamlet. Quando o reino passa por uma mudança repentina de liderança, Ofélia percebe que pode ter que escolher entre o amor verdadeiro e a própria vida.
Sicario: Terra de Ninguém (2016), Denis Villeneuve
Em “Sicario: Terra de Ninguém”, continuação do aclamado “Sicario: Dia de Soldado”, o diretor Denis Villeneuve, como sempre, deixa sua marca: um filme de acordes vibrantes, seja pendendo para o suspense clássico, seja o misturando ao terror e dando matizes mais pronunciados a este. O soberbo roteiro de Taylor Sheridan conta a história de Kate Macer, agente do FBI escalada para uma força-tarefa a fim de deter o mandachuva do tráfico no México, que administra um poderoso cartel. A operação está envolta em uma densa névoa de mistério, conduzida por policiais de conduta duvidosa, e é em meio a este cenário que Kate terá que combater o sangrento tráfico internacional de drogas, sem se deixar esmorecer nem se seduzir por ele.