O grande dia está chegando! ‘Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1′ chega aos cinemas em 14 de julho deste ano.
Surfando na onda desse hype, o CinePOP resolveu criar uma nova lista. Aqui rankeamos todos os filmes da franquia – em ordem decrescente, do pior (ou “menos bom”, já que não existe exatamente um ruim aqui) ao melhor. Ah sim, o requisito usado foi o somatória das notas dos filmes no Rotten Tomatoes (crítica) e do IMDB (público).
Vem conhecer.
‘Missão: Impossível – Acerto de Contas 1’ é “fantástico e o MELHOR filme de ação do ano”, afirmam críticos
6) Missão: Impossível 2
Quatro anos depois que o consenso de crítica e público definiram o primeiro filme muito complexo para uma audiência geral, a Paramount optava por uma trama mais simples e direta, caprichando nas estilosas cenas de ação – oferecimento do mestre do gênero John Woo. Apesar de lindos momentos em seu visual, a proposta do que é verdadeiramente Missão: Impossível (uma trama de espionagem focando em uma equipe) se perdia, com ênfase apenas no personagem carismático do protagonista Tom Cruise. Assim, o segundo exemplar da franquia deixava um pouco de lado a vibe do programa de TV no qual foi baseado, para se tornar um veículo de ação do astro.
5) Missão: Impossível
Tom Cruise já era um astro consolidado em Hollywood no ano de 1996, mas apostava suas fichas numa obra que viria a se tornar sua mais valiosa posse e a estigma pela qual seria mais lembrado. O primeiro Missão: Impossível é também único dentro da franquia. Dirigido pelo mestre Brian De Palma (em ótima fase comercial), o longa adaptado de uma famosa série televisiva da década de 1960 – que ganhou sobrevida na de 1980 – investe mais nas tintas de espionagem de sua contraparte, com uma atmosfera mais voltada ao suspense de um thriller do que para um blockbuster de ação e entretenimento. De fato, De Palma, conhecido discípulo de Alfred Hitchcock, entregou um filme que o lendário diretor britânico muito bem poderia ter assinado em sua carreira. Justamente por tal abordagem fora dos padrões de filmes pipoca, a franquia optou por seguir outros rumos mantidos até hoje. Ps. Ao lado do terceiro, este é o filme favorito na franquia para este que vos fala.
4) Missão: Impossível III
O público falou e os produtores ouviram. O show continuava sendo de Tom Cruise, mas a franquia voltava ao que era a essência do tema: uma história sobre uma equipe de espiões. Embora não seja o preferido da maioria, o terceiro episódio, dirigido por J.J. Abrams seis anos depois do segundo, é o que mais resume o sentimento do programa de TV. O longa funciona como uma mistura entre os dois primeiros filmes, utilizando os pontos positivos de ambos. Assim, temos o protagonismo de Cruise e o passo adiante na hora de humanizar ainda mais seu personagem (com uma história de amor e vingança) e cenas de ação eletrizantes, ao mesmo tempo em que os outros espiões da equipe ganham rostos e personalidades, e o roteiro faz uso de uma trama levemente complicada. Ah sim, temos o melhor antagonista da franquia neste episódio, vivido pelo saudoso Philip Seymour Hoffman – recém-saído de seu Oscar por Capote (2005).
Os dois primeiros itens, posições 1 e 2, é onde a coisa fica confusa. O que acontece é o seguinte: ambos Protocolo Fantasma (2011), o quarto filme, e Nação Secreta (2015), o quinto, receberam nota 7.4 do grande público no IMDB. Daí você pensa, vamos desempatar com a nota dos críticos. Ok, até poderíamos, não fosse o caso de ambos terem novamente a mesma nota no Rotten Tomatoes – 93% de aprovação. Que tal então o número de votos? Sim, quanto mais votantes, mais a nota tende a cair, então o filme com mais votantes deve liderar. Acontece que enquanto Nação Secreta lidera o número de votos com os críticos, Protocolo Fantasma lidera com o público. Cês tão de sacanagem né!
Bom, então faremos o seguinte, a voz do povo é a voz de Deus. A pesquisa do IMDB é mais eclética, já que abrange o grande público, o que pode até englobar críticos que quiserem votar por lá (e por que não?), ao invés de dar somente voz a especialistas em veículos renomados. Sendo assim, vamos lá.
3) Missão: Impossível – Nação Secreta
Depois do terceiro filme, a franquia parece ter seguido a mesma fórmula vencedora, apostando igualmente em personagens secundários carismáticos – em especial os membros da equipe – uma trama envolvente e cenas de ação e suspense de tirar o fôlego. Afinal, o que seria de uma boa cena de ação sem o suspense da situação. Na opinião do grande público, os dois últimos exemplares da franquia foram seu ápice, caminho este que o sexto filme deve seguir também (as críticas já estão extremamente favoráveis). Nação Secreta manteve parte da equipe de cada filme da franquia (Ving Rhames, Simon Pegg e Jeremy Renner), além de introduzir a personagem feminina mais interessante da franquia, a dúbia Ilsa Faust, vivida por Rebecca Ferguson. Com a índole de uma boa espiã, na qual não podemos verdadeiramente confiar, Faust deve seguir assim pelo novo filme, ao que os trailers indicam. Fora isso, o desafio aqui é uma organização secreta formada por antigos agentes renegados, conhecida como o Sindicato. Os eventos apresentados aqui terão continuidade direta em Efeito Fallout.
2) Missão: Impossível – Protocolo Fantasma
Para muitos, o quarto filme da franquia pegou tudo o que havia sido construído no terceiro e elevou. Assim, temos uma equipe ainda mais desenvolvida e com interações mais orgânicas e divertidas. O hacker de Simon Pegg ganhava mais espaço, assim como a personagem feminina – papel da estonteante Paula Patton – dona de uma verdadeira ferida a ser curada em seu arco. Além disso, o agente misterioso vivido por Jeremy Renner estava intimamente ligado a um trauma pessoal de Ethan (Cruise) e era preparado para assumir a franquia (o mesmo havia sido tentado com O Legado Bourne) como protagonista. Brad Bird, em seu primeiro filme com atores reais, entrega uma obra completa, que acerta em todos os quesitos, colocando Missão: Impossível em um novo patamar. A trama apresenta a equipe precisando agir de forma renegada após uma sabotagem em sua última missão na Rússia, que quase incita a Terceira Guerra Mundial num incidente internacional. Assim, como no primeiro filme, não apenas Cruise, mas sua equipe inteira precisa limpar o nome e reconquistar a confiança da agência.
1) Missão: Impossível – Efeito Fallout
É difícil achar adjetivos que caibam no roteiro escrito por Christopher McQuarrie, que também dirige e produz. Com um script inteligente e ágil, que não perde tempo para engatar sua história, ele usa o pouquíssimo tempo de respiro entre uma cena de ação e outra para aprofundar seus personagens e suas motivações. O maior acerto é mostrar que às vezes o mocinho pode se tornar o vilão e vice versa, além de trazer personagens femininas fortes que fogem do estereótipo “donzela em perigo”. Cada personagem tem seu devido tempo em tela, a trama consegue trazer elementos dos filmes anteriores e criar um desfecho para todas as pontas soltas na franquia – humanizando Ethan Hunt e mostrando que ele é um homem de carne e osso, com sentimentos e um passado. É uma jogada de mestre a maneira como a história avança sem esquecer o passado, mas também sempre olhando para o futuro.
‘Missão Impossível: Efeito Fallout’ é tão bom que não percebemos suas 2 horas e 47 minutos passarem, nos deixando cada vez mais intrigados a cada reviravolta e revelação que a trama nos brinda. E mesmo que algumas delas possam ser previstas, a maneira como as situações se destrincham é genial.
O sexto filme da franquia vem para mostrar que nem só de ação se faz um filme: é preciso ter um roteiro interessante, um diretor seguro e um ator dando o melhor de si. E ‘Efeito Fallout’ tem tudo isso e um pouco mais.
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