Jeff Satur é uma das atrações principais do Asia Star Festival e não poderia estar mais animado para se apresentar no Brasil pela primeira vez nesta sexta-feira, dia 7. O artista é muito conhecido por ter feito parte do elenco de KinnPorsche: The Series e outras séries tailandesas. Além de cantor e ator, Jeff é multi-instrumentista, compositor, produtor musical e adora cuidar de todo o processo da criação de suas músicas.
O ESTRELANDO participou de uma coletiva de imprensa com o artista e vai te contar tudinho o que rolou durante o bate-papo! Jeff começa contando que não sabe como achar um termo para descrever seu estilo musical, por gostar de passear por vários gêneros e entregar músicas únicas.
– Não sei como colocá-lo em um gênero, então descobri que o pop alternativo é tão livre que você pode colocá-lo em qualquer lugar. O alternativo se encaixa em tudo o que eu tinha em mente. É de um espírito livre.
Ele ainda revela que gosta de receber o feedback dos fãs e todos os que ouvem as suas músicas. Atualmente, ele está se preparando para lançar seu primeiro álbum.
– Sempre que lanço uma música, o que mais gosto são os comentários. É assim que descubro que essa música meio que ajudou alguém a passar por um momento difícil. Se tiver um ou dois comentários, tudo bem para mim. Terminei meu objetivo. O próximo passo para mim como cantor… Agora faltam duas ou três músicas para completar meu álbum. É o primeiro álbum da minha vida, depois faremos uma turnê mundial. É meio que o meu sonho de vida, então estou ansioso para fazer isso. Acho que vai ser uma surpresa quando o álbum for lançado, porque terá outro projeto que acho que será lançado na mesma época ou mais ou menos nessa época.
Jeff conta que está muito animado para a apresentação e ensaiou músicas em português para poder cantar aos fãs. Por ser um idioma completamente diferente do tailandês, ele precisou usar técnicas diferentes para ensaiar:
– É bem difícil, porque quando você em português a pronúncia não é exatamente igual ao escrito. As letras podem ter mais de um som. Eu desacelero a música, coloco bem devagar e tento achar palavras em tailandês para os sons. Eu tento realmente aprender para cantar. É bem difícil para mim, porque eu estava na China e tive que aprender músicas em chinês também [risos]. É uma música lendária [em português] por isso a escolhi.
Enquanto fala sobre a animação de estar no Brasil, ele brincou:
– Eu sou brasileiro.
A maior diferença do começo da carreira para agra é que ele está mais confiante e produz as próprias músicas. Antes ele sentia insegurança no palco, mas agora ele é a sua zona de conforto e o lugar em que se sente livre. Ao falar sobre o processo de produção, o artista destaca que gosta de participar de todas as etapas, pois assim consegue transmitir os seus sentimentos exatamente da forma que eles são.
– Pessoalmente, adoro, porque é divertido. Eu apenas gosto de fazer a história do videoclipe e o som da música… Sou eu quem pode explicar com confiança o que eu queria ser, então vou acabar fazendo tudo sozinho porque não sei como explicar para outras pessoas. Para mim, acho muito divertido, porque quando você faz tudo sozinho, tudo o que é você estará em todo o seu trabalho. Adoro ver as pessoas se relacionando com isso, porque sou tudo eu. Estou tão orgulhoso, porque posso inspirar pessoas e tudo mais. Nem todo artista deveria fazer isso, para mim é porque é minha paixão.
Seu videoclipe mais recente é Lucid, que busca inspiração em contos de fadas como Peter Pan na construção da narrativa do vídeo. Durante a coletiva, ele detalhou qual foi a ideia por trás da obra:
– Em um sonho, todos podemos ser livres e fazer tudo o que quisermos. Às vezes, na vida real, temos dores, traumas, muita gente ruim, julgamentos ruins e tudo que pode te machucar. Para eu ter alguém lá para você como aquele no videoclipe É como o conceito de dor física e também o trauma dentro de você. A mensagem não é tão clara, porque temos pouco tempo, mas em breve teremos mais sobre o conceito e a história de cada videoclipe. Quando estamos sonhando, às vezes o sentimento simplesmente fica lá. Se você gosta do homem ou da mulher em um sonho, você só quer que a felicidade continue, mesmo que eles vão te esquecer. Essa é a minha ideia. Esta mulher tem uma vibe de conto de fadas. Eu queria colocar uma era de conto de fadas, porque isso meio que retrata o sonho que tínhamos quando criança.
O cantor ainda detalhou como foi o processo de trabalhar em colaboração com o cantor sul-coreano Shaun na música Steal The Show.
– Na época, Shaun estava em Los Angeles. Ele me mandou duas músicas, acho que a primeira é bem diferente do meu estilo e longe do que eu queria fazer. Ele enviou outra música que tem vibrações de rock e EDM, então pensei: Ok, se eu puder colocar meu estilo na música mais o do Shaun, seria muito legal. Conversamos online para deixar tudo pronto. Gravei no estúdio da Warner Music e ele gravou no estúdio dele. Ficávamos mandando um para o outro. É bem difícil porque tem que consertar algumas peças, minha agenda é bem apertada. A única vez que o encontrei foi quando filmamos o videoclipe. Ele é muito legal, genuíno e um gênio musical. Um cara muito legal.
Jeff finalizou o bate-papo compartilhando os sentimentos de ver artistas tailandeses ganhando cada vez mais espaço no cenário musical internacional:
– Acho que, em termos de indústria de entretenimento tailandesa, meio que saltamos em relação ao que fizemos há dois anos. É impressionante ver cada vez mais artistas, não apenas tailandeses, mas asiáticos indo para a Europa, Brasil, México e tudo mais. Acho que a música realmente não tem fronteiras, podemos nos conectar sem entender o idioma. A música conecta todos nós. Estou muito orgulhoso e agora sou o primeiro a estar aqui. Acho que haverá cada vez mais asiáticos aqui. Obrigado por me convidar.