Uma família assombrada – seja por espíritos de outro mundo ou por monstros bem reais de nossa realidade mesmo. Ou quem sabe uma família que está acostumada a viver do lado errado da lei, precisando se adaptar a um outro estilo, em uma cidade pacata, a fim de protegerem suas vidas. Temos ainda uma família ítalo-americana típica, que se reúne para jantar e conversar sobre suas questões. E o que eu quero dizer abordando todas estas famílias? Bem, embora nada tenha a ver com ‘Velozes e Furiosos’, ao voltarmos 10 anos no passado, poderemos reparar em variados filmes que colocam luz em questões familiares: seja na assombração de ‘Sobrenatural 2’, na tragédia arrepiante de ‘Os Suspeitos’, na comédia de ‘A Família’, e na união de ‘Como Não Perder essa Mulher’.
Aqui iremos conhecer as maiores estreias nos cinemas que ocorreram há uma década exatamente, revisitando os filmes lançados em setembro de 2013. Uma dica, são filmes com Robert De Niro, Michelle Pfeiffer, Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis, Vin Diesel, Scarlett Johansson, Julianne Moore, e até a banda Metallica. Confira.
Este ano, os fãs de terror receberam o mais recente exemplar da franquia ‘Sobrenatural’ nos cinemas, com ‘A Porta Vermelha’. Uma das séries cinematográficas mais bem-sucedidas do gênero, o quinto filme marcou a estreia do ator Patrick Wilson atrás das câmeras como diretor. Voltando apenas 10 anos no passado, iremos nos deparar com a maior estreia de setembro daquele ano nos cinemas. E adivinhe só, se tratava do segundo filme da eficiente franquia – novamente dirigido então por James Wan. O longa estreava com US$40.2 milhões no fim de semana.
Os filmes infantis mirados para toda a família sempre são uma aposta segura de qualquer estúdio para faturar alto nas bilheterias. Sendo assim, não é surpresa que a segunda maior estreia de setembro há 10 anos tenha sido uma animação. A Sony Pictures (Columbia) também possui seu braço de animação, cuja franquia de maior sucesso é a assombrosa ‘Hotel Transilvânia’ – que já soma um total de 4 filmes. Aqui falamos de outra “quase” franquia, que poderia ter rendido mais filmes para o estúdio, mas até o momento parou no segundo. ‘Tá Chovendo Hambúrguer 2’ estreou com US$34 milhões.
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Hoje, o cineasta Denis Villeneuve se tornou um verdadeiro expoente do cinema Hollywoodiano de qualidade, mesclando o espetáculo das superproduções com bastante conteúdo. A filmografia do diretor guarda obras elogiadas como ‘A Chegada’, ‘Blade Runner 2049’ e ‘Duna’. Este ano, Villeneuve lançaria o segundo ‘Duna’ – que terminou adiado para 2024 devido à greve dos atores. Voltando 10 anos no passado, nos deparamos com um dos primeiros grandes sucessos do diretor, que mostra que ele se sai muito bem em thrillers também. ‘Os Suspeitos’ estreou com US$20.8 milhões.
No cinema, existem aqueles filmes que fazem tanto sucesso, que os estúdios praticamente obrigam os diretores a realizarem uma sequência, mesmo que estes à princípio não desejem. Por outro lado, existem filmes que os envolvidos visualizam como sagas, e ninguém tira de suas cabeças que precisam parar, mesmo quando os filmes não se tornam sucessos financeiros. Esse é o caso com o objeto de paixão de Vin Diesel, a saga do anti-herói Riddick nas telonas. Tudo começou em ‘Eclipse Mortal’, que se tornou cult, e levou Diesel a apostar no muito mais ambicioso ‘A Batalha de Riddick’, que afundou. Há 10 anos, ele investia mais no clima intimista do primeiro, com este terceiro filme – cuja estreia foi com US$19 milhões. Diesel ainda planeja fazer pelo menos mais um filme neste universo.
Um que não causou estardalhaço em sua estreia em setembro há 10 anos, foi o retorno dos astros Robert De Niro e Michelle Pfeiffer ao gênero dos filmes de máfia – mas aqui num estilo cômico. De Niro, é claro, ficou marcado em filmes do tipo, como ‘Os Bons Companheiros’ e ‘Cassino’; e Pfeiffer igualmente possui clássicos como ‘Scarface’ e ‘De Caso com a Máfia’. Aqui, a dupla é dirigida por Luc Besson, no filme que ainda traz Tommy Lee Jones como um agente da lei responsável por relocar uma família de criminosos que delataram a máfia, no serviço de proteção às testemunhas. O filme estreou com US$14 milhões.
Um termo muito usado hoje por cinéfilos e profissionais da área de cinema é “filmes que existem”. Ou seja, filmes que muitos podem não conhecer e que não causaram impacto algum seja em popularidade, social ou cultural. Estes filmes apenas existem. Um caso assim é com esta comédia romântica, que jamais será citada em qualquer lista de indicações de filmes do gênero. A proposta era transformar a bela Paula Patton em uma estrela destes tipos de obra – neste caso voltado ao público negro. Mas o longa passou fora de todos os radares, estreando com US$9 milhões.
Badalado em sua passagem por festivais de cinema pelo mundo, vide Sundance, Berlim, Toronto e do Rio; o longa marcou a estreia de Joseph Gordon-Levitt como diretor. Na época, o jovem ator estava no topo do mundo, emplacando forte em filmes como ‘500 Dias com Ela’, ‘A Origem’, ‘50%’, ‘O Cavaleiro das Trevas Ressurge’ e ‘Looper – Assassinos do Futuro’. Isso resultou no seu desejo de dar o próximo passo, como cineasta, apostando em um filme e um personagem que fugia totalmente do que o público imaginava do ator. Ele vivia um marombeiro que só pensava na próxima mulher que iria conquistar – uma crítica a este comportamento de macho alfa. Para o longa, ele conseguir escalar nomes como Scarlett Johansson (a maior estrela da época) e Julianne Moore. O filme independente abriu com US$8.6 milhões.
Na década passada, um gênero que fazia muito a cabeça do público eram os filmes de dança – que geralmente mostram uma companhia de algum estilo e os dramas de seus componentes. Aqui, o foco são os dançarinos de uma equipe de break se preparando para uma grande apresentação. O filme da Screen Gems tem como rostos mais conhecidos do elenco Josh Holloway (de ‘Lost’), Laz Alonso (de ‘The Boys’) e o cantor espancador de mulheres Chris Brown. Mesmo assim o longa conseguiu ficar entre as 10 maiores estreias de setembro há uma década com US$4.6 milhões.
Se filmes de dança faziam sucesso na década passada, há 10 anos também víamos uma proposta inusitada de uma das maiores bandas de rock de todos os tempos: o Metallica. O grupo mistura o registro de um grande show nas telonas, com a narrativa de uma “missão impossível” de um roadie, interpretado no longa por um Dane DeHaan em início de carreira. A história foi bolada por James Hetfield e Lars Ulrich, os fundadores do Metallica, e conta sobre Trip, um rapaz incumbido de uma tarefa para a banda, que irá passar uma noite alucinante na cidade para atingir seu objetivo, com o relógio contando contra ele. O filme estreou com US$1.5 milhões.