Alanis Morissette mostra que é ícone de uma geração em show no Brasil – Zonatti Apps

Alanis Morissette mostra que é ícone de uma geração em show no Brasil

Foto por Aline Krupkoski/TMDQA!

Foram mais de 10 anos de espera, mas ela voltou: nesta terça-feira (14), Alanis Morissette subiu ao palco pela primeira vez desde 2012 para um show único em São Paulo que celebrou os 25 anos de Jagged Little Pill, seu disco de maior sucesso e um dos mais importantes dos Anos 90.

A grande espera colaborou para alguns fatores da apresentação, como por exemplo o fato da performance ter acontecido no Allianz Parque — com capacidade para pelo menos 5 vezes mais pessoas do que o local onde Alanis se apresentou pela última vez na capital paulista, ainda que isso tenha acontecido em uma turnê com diversas outras datas.

O aniversário do álbum, claro, foi também um evento fundamental para que os ingressos se esgotassem de forma assustadoramente rápida. Mesmo com a alta demanda, o show único foi mantido e não é exagero dizer que vieram pessoas de todos os cantos não apenas do país, mas do continente, para ver a canadense.

Pitty fez a abertura do show de Alanis Morissette

Antes dela, no entanto, Pitty esteve no palco para fazer uma abertura mais do que digna da noite. Em situação bastante semelhante, já que está atualmente em turnê para comemorar os 20 anos do histórico Admirável Chip Novo, a cantora brasileira não deixou a desejar nem um pouco.

Aliás, é até possível dizer que os maiores hits de Pitty foram cantados por mais gente do que as faixas menos conhecidas de Morissette. A barreira de idioma é um fator, claro, mas isso reforça mais uma vez o quanto esse álbum é importante para a música brasileira e o fenômeno que é a carreira de Pitty.

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Alanis provou por que é ícone de uma geração em SP

Com poucos minutos de atraso, Alanis deu início à sua apresentação com um vídeo que relembra diversos momentos de sua carreira, reunindo filmagens de arquivo das suas aparições na MTV, em outras produções audiovisuais, premiações e até homenagens e referências a seus trabalhos que apareceram na mídia.

O show em si, tal qual o disco Jagged Little Pill, começa com “All I Really Want”. Alanis entra em cena com sua gaita na boca, já mostrando a que veio. A sequência inicial é o ponto alto da performance, com destaques para “Hand in My Pocket” e “You Learn” quase em sequência.

Nessa hora, era possível ver uma multidão de pessoas emocionadas. Alanis Morissette provou em poucos minutos a força de sua música, que marcou uma geração como poucos outros artistas conseguiram fazer. Aliás, era curioso olhar para os lados e ver gente de todos os tipos absolutamente encantadas com a realização de um sonho.

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Ainda que tenha diversos outros trabalhos excelentes na carreira, Alanis sofreu um pouco com um público que pouco parecia se interessar para qualquer coisa que não viesse do disco de 1995. Mesmo na hora de faixas menos conhecidas do álbum, como “Mary Jane”, a resposta era bem mais fraca.

A surpresa ficou por conta de “Reasons I Drink”, canção do último álbum Such Pretty Forks in the Road (2020) e uma das poucas para além dos maiores sucessos em que foi possível ouvir pelo menos uma parte da plateia cantando junto. Alanis sabe disso, é claro, e o repertório foi em grande parte focado no Jagged Little Pill para não ter erro.

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Show de Alanis Morissette foi protocolar, mas belíssimo

Apesar de ter bastante carisma e energia no palco, Alanis pouco interagiu com os fãs entre as músicas.

Isso somado aos altos e baixos causados pela alternância de hits e faixas menos conhecidas tirou um pouco do peso da apresentação, que talvez teria sido mais interessante para os fãs mais fervorosos da cantora em um local menor; afinal, era perceptível a boa quantidade de pessoas apenas esperando os grandes hits.

O público, claro, está no seu direito. No entanto, pelos motivos citados acima, até mesmo “Ironic” e “You Oughta Know” tiveram respostas um pouco mais tímidas do que outros clássicos de grandes shows do ano. O que não significa nem de longe que tenha sido ruim, como você pode ver pelo vídeo que postamos no Instagram, mas talvez Alanis merecesse um pouco mais empolgação e um pouco menos celulares para o alto.

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Outro fator que pode ter contribuído é o fato do show ser bastante protocolar: Alanis chegou ao Brasil nesta terça, fez sua apresentação trocando poucas palavras com os fãs e, basicamente, entregou aquilo que se esperava dela. Os vocais foram impecáveis, a banda que acompanha a canadense é incrível, e o setlist fez jus ao legado de Jagged Little Pill.

Talvez teria sido legal fugir um pouco do script, mas até nos momentos mais emotivos, como a homenagem ao saudoso ex-baterista de sua banda Taylor Hawkins no final de “Ironic”, Morissette prefere não abrir diálogo e deixar sua música falar por si. E não há nada de errado nisso!

Alanis Morissette em São Paulo – vídeos e setlist

1. All I Really Want
2. Hand in My Pocket
3. Right Through You
4. You Learn
5. Forgiven
6. Everything (trecho)
7. Mary Jane
8. Numb
9. Head Over Feet
10. Ablaze
11. Perfect
12. Losing the Plot (trecho)
13. Wake Up
14. Not the Doctor
15. Ironic
16. Smiling
17. You Oughta Know
18. Your House
19. Uninvited
20. Thank U

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