Saúde
Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 15/11/2023Última atualização: 15/11/2023
Publicado em: 15/11/2023Última atualização: 15/11/2023
Normalmente, a polissonografia é solicitada por um médico quando existe uma suspeita de algum distúrbio do sono.
Isso ocorre porque o exame é uma ferramenta diagnóstica especializada, projetada para avaliar a qualidade do sono e identificar distúrbios específicos relacionados a ele.
A decisão de realizar uma polissonografia é baseada em uma avaliação clínica completa, que leva em consideração os sintomas e queixas, como ronco excessivo, sonolência diurna excessiva, dificuldade para dormir, movimentos noturnos anormais e outros problemas relacionados ao sono.
Se um médico suspeitar que um paciente pode ter um distúrbio do sono, ele pode encaminhar o paciente para uma polissonografia para uma avaliação mais aprofundada.
Com base nesses dados, os médicos podem fazer um diagnóstico preciso e desenvolver planos de tratamento personalizados para abordar o distúrbio do sono em questão.
Achou interessante? Acompanhe o artigo para saber mais sobre todos os benefícios da polissonografia!
Índice – nesse artigo você verá:
- O que é polissonografia?
- Quem precisa fazer?
- Como é feito o exame de polissonografia?
- Preparos para o exame
- Contraindicações
O que é polissonografia?
A polissonografia, também conhecida como PSG, é um procedimento médico de investigação e diagnóstico de distúrbios do sono. Este exame é valioso para compreender as complexidades do sono e identificar potenciais problemas que podem afetar a qualidade de vida e a saúde.
Uma das características mais reconfortantes da polissonografia é que ela é não invasiva, o que significa que não envolve procedimentos dolorosos, punções ou injeções.
Durante uma examinação, o paciente é submetido a uma noite de sono como qualquer outra, o principal objetivo é a monitorização detalhada de diversos parâmetros enquanto dorme.
Essa abordagem permite que os profissionais de saúde obtenham uma análise sobre o sono da pessoa avaliada, identificando possíveis distúrbios que podem estar prejudicando seu descanso noturno.
Podem incluir a avaliação das atividades cerebrais e musculares, o fluxo de ar pelo nariz e pela boca, os esforços respiratórios e o movimento dos olhos. Para coletar essas informações, sensores são cuidadosamente fixados ao corpo.
O principal intuito desses sensores é ser confortável e não interferir no sono normal. Eles são posicionados de forma a não atrapalhar os movimentos naturais durante o sono, permitindo uma coleta precisa de dados.
Ao monitorizar esses parâmetros, especialistas podem identificar distúrbios como apneia do sono, síndrome das pernas inquietas, insônia, narcolepsia e outros problemas que afetam a qualidade do sono.
Com base nos resultados da polissonografia, os médicos podem propor tratamentos personalizados, que podem incluir terapias comportamentais, alterações no estilo de vida ou até mesmo o uso de dispositivos médicos, como dispositivos de pressão positiva contínua nas vias aéreas.
Leia mais: Narcolepsia: veja tratamento, sintomas, causas, diagnóstico
Quem precisa fazer?
Aqui estão alguns dos sintomas que apontam para a necessidade desse exame:
Irritabilidade
A irritabilidade é um sintoma comum que frequentemente está ligado a distúrbios do sono não diagnosticados ou mal gerenciados. Quando se enfrenta dificuldades para obter um sono de qualidade devido a problemas como apneia do sono ou insônia, as consequências vão além do cansaço físico.
A privação de sono pode ter um impacto profundo no estado de espírito e no comportamento, muitas vezes tornando a pessoa mais irritável.
A falta de sono de qualidade afeta negativamente o equilíbrio químico no cérebro, incluindo a regulação de neurotransmissores responsáveis pelo controle do humor, como a serotonina.
Quando esses processos são perturbados devido à privação de sono, as mudanças de humor podem se tornar mais pronunciadas, levando a um aumento na irritabilidade.
Além disso, a privação de sono também pode agravar o estresse e a ansiedade, tornando as situações cotidianas mais desafiadoras de lidar. Problemas no trabalho, nos relacionamentos e na qualidade de vida podem surgir como resultado dessa irritabilidade crônica.
Roncopatia
A roncopatia, caracterizada pelo ronco alto e constante durante o sono, é um sinal que pode estar intrinsecamente ligado à apneia obstrutiva do sono.
Este distúrbio do sono é marcado por episódios repetidos de obstrução das vias aéreas superiores durante o sono, levando a interrupções na respiração.
O ronco ocorre quando o fluxo de ar é parcialmente bloqueado pelas vias aéreas superiores, causando vibrações nos tecidos moles da garganta. Embora o ronco em si não seja necessariamente prejudicial, ele pode ser um indicador de apneia obstrutiva do sono, um problema mais grave.
Pernas inquietas
A síndrome das pernas inquietas é caracterizada por sensações desconfortáveis nas pernas e uma compulsão incontrolável de movê-las, o que pode perturbar o sono. Isso leva a dificuldades para adormecer e contribui para irritabilidade e cansaço durante o dia.
Sonolência durante o dia
A sonolência diurna excessiva é uma sensação constante e esmagadora de sonolência que pode afetar a atenção, o foco e a capacidade de realizar tarefas diárias.
Para muitos, isso se traduz em um risco, seja no ambiente de trabalho ou ao volante, onde a sonolência é uma causa significativa de acidentes de trânsito.
Este sintoma debilitante pode ser um indicador de distúrbios do sono. Um dos distúrbios mais comuns associados à sonolência diurna é a apneia obstrutiva do sono.
Apneia do sono
A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio do sono prevalente que resulta na interrupção temporária da respiração durante o sono devido à obstrução das vias aéreas superiores.
Os sintomas clássicos incluem ronco alto e constante, paradas na respiração, despertares frequentes durante a noite, irritabilidade e, como mencionado, sonolência diurna excessiva.
Essas interrupções na respiração ocorrem quando os músculos da garganta relaxam em excesso durante o sono, bloqueando as vias aéreas.
Como resultado, o corpo não recebe oxigênio adequadamente e é forçado a despertar brevemente para restaurar a respiração normal. Isso pode ocorrer várias vezes durante a noite, interrompendo o ciclo de sono e resultando em sonolência diurna.
Distúrbios respiratórios
A polissonografia é altamente indicada para avaliar uma variedade de distúrbios respiratórios noturnos, como hipoventilação, que pode ocorrer em condições como a síndrome da apneia central do sono.
Esses distúrbios não apenas prejudicam a qualidade do sono, mas também contribuem para a irritabilidade diurna.
Leia mais: Apneia do Sono: tem cura? Veja tipos, sintomas, tratamento
Como é feito o exame de polissonografia?
No entanto, a evolução da medicina também permitiu a realização da polissonografia em domicílio, o que ampliou as opções de realização do exame.
Em um ambiente de centro médico, o paciente passa a noite em um quarto projetado para este fim. Este espaço é equipado com tecnologia de ponta para monitorar uma série de variáveis fisiológicas enquanto o paciente está dormindo.
Em alguns casos, é feita uma gravação em áudio e vídeo para fornecer informações adicionais, quando necessário.
Outra alternativa é realizar a polissonografia em casa, o que oferece uma maior comodidade. Neste cenário, a pessoa recebe um kit com sensores e é devidamente orientado sobre como preparar o equipamento para o exame.
Além disso, há a possibilidade de um técnico de saúde ir até a residência do paciente para auxiliar na aplicação dos sensores, e retornar no dia seguinte para retirá-los e analisar os dados coletados.
Durante a análise, vários sensores são delicadamente colocados na pele com o auxílio de fitas adesivas. Esses sensores captam uma variedade de informações, permitindo uma análise abrangente do sono e das atividades fisiológicas do paciente durante a noite.
Os principais aspectos monitorados incluem:
- Esforço respiratório;
- Nível de oxigenação;
- Atividade elétrica cerebral;
- Atividade muscular;
- Movimento dos olhos.
O exame dói?
A boa notícia é que a polissonografia é um procedimento confortável e completamente indolor. Este exame é conduzido usando eletrodos que são delicadamente fixados na pele.
A análise possui a finalidade de monitorar e detectar alterações no sono e na atividade fisiológica, proporcionando uma visão detalhada da qualidade do sono e a identificação de distúrbios do sono, como apneia do sono, insônia e outros.
A fixação dos eletrodos é realizada de forma cuidadosa e não causa dor. A natureza não invasiva da polissonografia é uma das razões pelas quais é um exame amplamente aceitável e acessível para avaliar distúrbios do sono.
Preparos para o exame
A preparação para um exame de polissonografia desempenha um papel fundamental na obtenção de resultados precisos e na garantia de uma experiência tranquila para o paciente. Aqui estão algumas diretrizes e recomendações importantes a serem seguidas no dia do exame:
- Estar com o couro cabeludo limpo e seco, sem a aplicação de condicionadores, cremes ou gel;
- Não esfoliar ou fazer uso de procedimentos agressivos ao rosto, para manter a integridade da pele e facilita a fixação dos sensores durante o exame;
- Não utilizar esmalte de unhas de cores escuras, pois pode afetar a leitura dos níveis de oxigênio no sangue;
- Não fazer uso de bebidas alcoólicas;
- Evitar o consumo de café, chá e refrigerante;
- Não cochilar durante o dia;
- Geralmente é necessário tirar a barba para aderência do equipamento;
- Não interromper o uso de medicações contínuas;
- Usar roupas confortáveis e de preferência sem elástico.
Contraindicações
- Pele lesionada, como queimaduras ou outras condições dermatológicas graves que impeçam a fixação segura dos sensores;
- Algumas infecções respiratórias, como pneumonia, a pessoa pode não ser capaz de realizar o exame com precisão, já que os sintomas da infecção podem influenciar os resultados;
- Procedimentos na pele, pessoas que se submeteram a procedimentos dermatológicos, como peeling, devem aguardar um período mínimo de recuperação antes de realizar a polissonografia;
- Crianças com menos de 12 anos.
Leia mais: Peeling de fenol: o que é, quando é indicado e complicações
Se você se identificou com sintomas que sugerem a possibilidade de um distúrbio do sono, é importante considerar a realização da polissonografia como uma ferramenta de diagnóstico.
A polissonografia é super importante na medicina do sono, permitindo a identificação e o tratamento de distúrbios que podem afetar significativamente sua qualidade de vida. Ela é uma ferramenta valiosa, mas não faz parte dos exames de rotina de saúde.
Portanto, se você está preocupado com a qualidade do seu sono ou se suspeita que possa estar enfrentando um distúrbio do sono, a melhor abordagem é agendar uma consulta com um(a) médico(a).
Ele ou ela pode avaliar seus sintomas, discutir a necessidade de uma polissonografia e, se necessário, encaminhá-lo a um especialista em medicina do sono.
Não deixe de acompanhar o Minuto Saudável aqui no nosso portal!