Quando as plataformas de streaming chegaram no Brasil, muitos duvidaram de seu sucesso. Afinal, quem iria pagar por conteúdo quando a internet oferece acesso gratuito?
Porém, a realidade mudou drasticamente, e hoje tais serviços são parte da vida da maioria das pessoas. Agora, com a aprovação da reforma tributária, o ramo de streaming está prestes a enfrentar transformações.
Como a reforma tributária vai impactar os streamings no Brasil?
Serviços de streaming podem ficar mais caros após a reforma tributária – Imagem: Oficina da Net/Reprodução
Os serviços de streaming se tornaram a nova televisão para muitos, ao proporcionarem comodidade e escolha personalizada de conteúdo.
Hoje, a Netflix lidera com o serviço mais caro, R$ 55,90, assim oferece qualidade 4K HDR e permite downloads em até seis dispositivos.
Por outro lado, o Amazon Prime Video possui a mensalidade mais acessível, R$ 14,90, com benefícios de compras em seu site.
Recentemente, a reforma tributária foi aprovada e abriu caminho para ajustes em vários setores, inclusive o de streaming.
Com essas mudanças, é esperado um aumento na carga tributária sobre as tais plataformas, o que vai impactar os consumidores. A Folha de São Paulo reuniu possíveis alterações que as plataformas de streaming enfrentarão com as alterações.
O que esperar da reforma?
Apesar da aprovação da proposta, o efeito exato nos streamings ainda é incerto. Estudos apontam que os preços terão aumento de 10% para serviços não contemplados pela alíquota reduzida.
Esse percentual está vinculado a diversos fatores, inclusive a implementação efetiva das novas alíquotas em 2023.
Além disso, será considerado o valor recuperado dos tributos sobre os gastos das empresas de streaming, como compra de conteúdo, tradução e marketing.
Em contrapartida, há a possibilidade de um alívio para os consumidores, já que o aumento nos streamings pode ser recuperado pela redução nos preços de telecomunicações, como a internet, entre 10% e 20%.
O consumidor vai continuar com o streaming?
Mesmo com possíveis acréscimos nos preços, as pessoas continuam migrando para as plataformas de streaming.
Segundo um estudo da Opinion Box, 69% dos consumidores abandonaram a televisão aberta em favor do conteúdo oferecido nas plataformas de streaming.
Tal mudança de comportamento é impulsionada pela conveniência de escolher o conteúdo desejado, disponível a qualquer momento e de qualquer lugar.
Plataformas como Netflix, Amazon Prime Video, Disney+ e Globoplay conquistaram a preferência dos brasileiros, com 64%, 34%, 20% e 19%, respectivamente.
Apesar do acesso facilitado proporcionado por esse serviço, nem todos podem arcar com seus custos, isso leva a um aumento do consumo de pirataria online.
No Brasil, 35% das casas consumiram conteúdo pirata no último quadrimestre de 2020. Com essa taxa, o país ficou atrás apenas dos Estados Unidos e da Rússia nesse quesito.