Bloco ao lado da Biblioteca Nacional de Brasília reuniu cerca de 50 mil pessoas nesta segunda-feira (12)
Com o oposto do clima de domingo (11), nesta segunda-feira (12) o Carnaval no centro da capital acontece debaixo de um ensolarado céu, ao som do Bloco Divinas Tetas, que reuniu cerca de 50 mil pessoas entre o Sesi Lab e a Biblioteca Nacional de Brasília.
Quem comanda a musicalidade e energia do palco é a banda Divinas Tetas, que dá nome ao bloco e que ganhou destaque nos últimos anos com a mistura de percussão e instrumentos de sopro, típicos do Carnaval, mas que ganharam uma nova roupagem com o grupo. O bloco integra o circuito Brasília em Folia e levou a brasilidade de variados artistas nacionais para o público, com destaque para Caetano Veloso.
Thiago Delimacruz, fundador do bloco, é um dos percussionistas e o mestre de bateria do grupo. De acordo com ele, ganhar a notoriedade do público significa muito não apenas para o organizador, mas também para a cultura que querem cultivar entre os foliões. “É muita emoção. Para nós foi um início muito despretensioso para o lugar que chegamos hoje”, disse.
“É uma responsabilidade tanto para conosco quanto para com a cidade, principalmente. Para nós é motivo de muita honra, muita alegria e emoção poder fazer um som com músicas que moveram nossa juventude e que está movendo multidões, com as pessoas sentindo vontade de estarem juntas e sentirem falta da nossa presença no Carnaval. Isso não tem preço. Só temos a agradecer”, destacou.
No meio da plateia, estava presente o Zé Gotinha, que animou os foliões e reforçou a importância da imunização em geral. Neste Carnaval, a vacina da dengue começou a ser aplicada em crianças e adolescentes entre 10 e 11 anos de idade. De acordo com a Secretaria de Saúde, mais de 7 mil menores já foram vacinados entre os 15 pontos de imunização no Distrito Federal.
Rubens Bias, 40 anos, servidor público da Saúde, é a pessoa por baixo da fantasia de Zé Gotinha. A ideia surgiu, segundo ele, como uma forma de homenagear a Saúde, ressaltando a importância da imunização. “Herói Nacional” era o que dizia uma das plaquinhas que ele segurava, além de uma seringa gigante com a frase “Vacina é Ciência”.
A roupa quente não foi um impeditivo para que o servidor da Saúde curtisse o Bloco Divinas Tetas. “Esse Bloco é muito delícia. Choveu muito ontem e não deu para usar a fantasia, daí hoje foi a estreia do Zé Gotinha. Estou aqui para unir diversão com conscientização para as pessoas valorizarem a vacina, o SUS, e para articular a festa com os direitos sociais, essa era a proposta”, afirmou. “É uma figura que a gente precisa valorizar.”
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O casal Antônio Menezes, 60, e Valna Regina, 57, também foram ao Divinas Tetas para acompanhar a banda. Ela é paulista e esta é a primeira vez dela no Carnaval de Brasília, apesar de morar na capital há muitos anos. A primeira experiência está sendo positiva, de acordo com Valna. “Me sinto mais segura aqui do que em São Paulo, com certeza”, destacou a engenheira.
Ele, por outro lado, já conhecia o grupo do bloco e os acompanhou em outras oportunidades. “Eles são muito bons. Vim por causa deles. Estão todos curtindo muito”, disse. “[As novas roupagens das músicas] são muito boas”, segundo Antônio, que elogiou a criatividade do grupo. “A música brasileira permite isso, essa criação. Eles são perfeitos”, finalizou.