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É um fato “impressionante” até onde chegamos com este universo cinematográfico dos personagens do Homem Aranha. Iniciado timidamente com Venom, a ideia acabou arrecadando um número alarmante de bilheteria e turbinando a Sony de ideias inusitadas quanto o universo do herói. Chegando até mesmo cogitar um filme do personagem El Muerto, um vilão série D do aracnídeo, com incríveis duas aparições ao longo dos quadrinhos (inacreditável). Com isso, chegamos a Madame Teia, o mais novo longa deste universo e explorando a origem da icônica personagem do herói.
Cassandra Webb, uma paramédica em Manhattan, tem habilidades de clarividência. Forçada a confrontar revelações sobre seu passado, ela forja uma relação com três jovens destinadas a futuros poderosos. O objetivo do filme Madame Teia não é segredo pra ninguém, é um prato cheio envolvendo soluções fácies, diálogos questionáveis e visuais duvidosos. É um longa que fica entre uma diversão inocente de Venom e algumas tosquices de Morbius, praticamente um meio termo entre esses dois filmes. Fato é que o longa não entrega cem por cento do material supostamente apresentado, uma vez que as heroínas não existem ainda no universo do filme, claro que é uma obra para contar suas origens, mas o filme apenas entrega isso em um suposto futuro que poderá (ou não?!) acontecer. Talvez esse seja seu principal problema, além dos óbvios envolvendo decisões equivocadas e fáceis quanto sua narrativa. É uma obra que você sabe mais ou menos o que esperar, e é possível tirar uma diversão quanto a isso devido o nível de amadorismo quanto os diálogos e explicações constantes.
A duração do filme acaba que sendo um interveio para seu ritmo, uma vez que o filme acaba nos privando de cenas de ação mais bem elaboradas ou uma intimidade maior com nossas protagonistas, ou até mesmo o vilão do longa, que se resume apenas em: “Preciso matar essas três garotas, pois morrerei por suas mãos no futuro”. Então o filme acaba gastando seu tempo com passagens extremamente alongadas quanto suas transições e escolhas narrativas. Não existe uma justificava plausível para seus 116 minutos.
Quanto os personagens, as atrizes conseguem ser o maior chamariz do filme, mesmo que seja bastante limitadas suas interações e acontecimentos, se resumindo bastante entre fugir e apanhar do vilão, as quatro conseguem entregar algo mínimo para sustentar o entretenimento de suas jornadas. Talvez a escolha de atrizes conhecidas do cenário atual do cinema tenha sido realmente uma boa decisão, talvez a melhor do filme. A Dakota Johnson transita entre momentos de afeição com sua personagem rabugenta, mas pesando ao humor na hora de revelar algo mais dramático com o passado de sua personagem.
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Se não se importar com situações como uma personagem sendo procurada por sequestro e milagrosamente conseguir ter uma viagem sem problemas para o Peru, Madame Teia se revela até um entretenimento suportável até seu final. Não é uma bomba, mas revela uma perda de tempo e a incapacidade dos estúdios em trabalhar melhor suas franquias e personagens. Tornando-se até meme o fato de termos filmes dos personagens mais inacreditáveis na telona (e alguns deles faturando um bom dinheiro!). Se ao menos tivesse algum tesão nesse tipo de produção, porém acaba se revelando mais um tiro no escuro na busca de conseguir grana e não perder os direitos dos personagens.
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