Na manhã desta segunda-feira, 25, o cenário jurídico espanhol apresentou uma nova reviravolta no caso de Daniel Alves, ex-jogador de renome internacional. Conforme divulgado pelo jornal La Vanguardia, Alves pagou a fiança de 1 milhão de euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões) estabelecida pela Justiça espanhola, garantindo sua liberdade provisória após um período de detenção em Barcelona.
A decisão da Justiça, tomada na última quarta-feira, 20, veio com uma série de condições rigorosas, incluindo a retenção dos passaportes espanhol e brasileiro do atleta, proibição de saída do território espanhol, veto a qualquer forma de contato com a vítima, além da obrigatoriedade de apresentações semanais ao Tribunal de Barcelona.
Daniel Alves tem reviravolta em seu caso
Os esforços para atender à demanda financeira significativa envolveram a mobilização de familiares e amigos próximos a Alves. Entre eles, houve tentativas de apoio financeiro por parte da família de Neymar, que já havia colaborado anteriormente com cerca de 150 mil euros (R$ 800 mil) em indenizações à vítima, uma contribuição que ajudou a atenuar a pena inicialmente mais severa demandada pelos promotores e advogados da vítima.
A condenação de Alves a 4 anos e 6 meses de prisão contrasta com a pena de 12 anos inicialmente proposta, levantando debates acalorados sobre a adequação da fiança e as medidas cautelares aplicadas. A reação do Ministério Público da Espanha e da defesa da vítima à liberdade sob fiança foi de oposição, destacando preocupações com o risco de fuga, dada a considerável capacidade financeira de Alves.
A liberação de Alves, sob condições tão controversas, revisitou o debate sobre a justiça e a segurança, especialmente em casos de grande repercussão envolvendo figuras públicas. A situação deixa uma comunidade dividida e uma vítima expressando sentimentos de revitimização, evidenciando a complexidade e os desafios do sistema judiciário em equilibrar direitos, responsabilidades e percepções públicas em casos de alta sensibilidade.