A cidade de São Paulo apresentou aumento de positividade para influenza A (vírus causador da gripe) e VSR (vírus sincicial respiratório) na última semana, segundo levantamento da rede de laboratórios Dasa.
Entre os dias 24 de março e 6 de abril, houve um aumento de 3,7 pontos percentuais na positividade, que saltou de 27,4% para 31,1% em uma semana.
Foi o que aconteceu também com Brasília e com o Rio de Janeiro, cidades que obtiveram aumento de 7 e 2,6 pontos percentuais, respectivamente, no mesmo período.
A taxa de positividade se refere ao número de exames realizados em laboratório com resultado positivo para o vírus.
A taxa que se refere ao VSR, que gera complicações principalmente em crianças, subiu de 8% para 9,3% em São Paulo no período, tendência contrária às duas outras capitais, que tiveram redução na positividade.
Em contrapartida, os exames realizados para dengue com resultado positivo na capital paulista apresentaram queda na última semana: de 40,5% entre os dias 24 e 30 de março a 32,6% entre 31 de março e 6 de abril. A redução também foi observada no Rio e em Brasília.
É esperado que São Paulo atinja o platô (isto é, quando há uma estabilização de novos registros antes da queda) de casos em abril.
No último dia 25, teve início a vacinação contra a gripe pelo governo do estado de São Paulo. A vacina aplicada pelo Ministério da Saúde é trivalente —composta de duas cepas do influenza A e uma do B— e pode ser tomada na mesma ocasião de outros imunizantes.
Segundo a diretora do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde), Tatiana Lang D’Agostini, a chegada do outono proporciona maior prevalência das doenças respiratórias como rinite, sinusite, gripes e resfriados. A mudança de estação pode favorecer o aumento de casos e a vacinação pode prevenir esse cenário.
Na segunda-feira (1º), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a primeira vacina em gestantes que protege bebês de até um ano contra o VSR, principal responsável por infecções respiratórias agudas em bebês de até seis meses de idade, como a bronquiolite.