Pré-candidato a Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) disse em encontro nesta segunda-feira (29) defender o uso da telemedicina e o ensino da inteligência emocional como estratégias de saúde pública e mental. O encontro foi promovido pelo SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de SP).
Sem plano consolidado para a saúde, o empresário goiano de 37 anos declarou que, caso seja eleito, a saúde deverá ser vinculada com educação. “Querer resolver saúde só aumentando recurso, ao invés de ensinar, nunca vai funcionar”.
Durante a conversa, Francisco Balestrim, presidente do SindHosp, entregou ao pré-candidato um livro-guia elaborado pelo sindicato patronal com os quatro principais eixos de discussão da saúde pública da capital paulista: saúde mental, envelhecimento saudável, controle de epidemias e doenças crônicas.
Segundo Balestrim, cada um dos dos tópicos apresentados precisam ser diagnosticados, planejados, promovidos e cuidados. Após o recebimento do documento, Marçal disse que pretende seguir com a sugestão de agenda apontada pelo SindHosp.
O empresário ressaltou ainda que as pessoas precisam aprender a dormir, tomar água, fazer exercício e comer bem. “São coisas que poderiam economizar bilhões da saúde e fazer com que investissem em infraestrutura para essas pessoas ter uma vida melhor”, disse.
Sem especificar como, Marçal apontou ainda pretender automatizar e digitalizar o sistema de saúde da capital paulista caso seja eleito para facilitar com que “pessoas que fazem o primeiro exame voltem para o retorno”. A telemedicina também foi um dos recursos citados como aliado pelo pré-candidato.
“Todo mundo tem um celular na mão, em qualquer lugar, qual a lógica de deslocar milhares de pessoas sendo que poderíamos atender na casa dela?”, indagou durante o bate-papo.
Com o foco na saúde mental, o influencer classificou como necessário o aprendizado de inteligência emocional que, segundo ele, precisa ser ensinada desde cedo. “Precisamos aprender a cuidar de saúde e para isso precisamos entender de inteligência emocional”.
Outra estratégia apontada para colaborar com a saúde mental da população, de acordo com Marçal, é a criação de centros de trabalho próximos a locais afastados para que os trabalhadores não precisem se locomover até regiões centrais.
“Gente estressada adoece mais rápido, gente ocupada não come direito, quem fica o dia inteiro num deslocamento não tem tempo para treinar”, afirmou o pré-candidato.
Ao decorrer da conversa, ao falar de cracolândia e saúde pública, uma das soluções apresentadas por Marçal foi a utilização de ônibus adquiridos em parceria com a iniciativa privada como local para os moradores de rua dormirem durante a noite —ação semelhante a sugestão apresentada pela gestão de João Dória em 2017 na capital paulista.
“Nós vamos fazer locação de ônibus com ar condicionado, mas não vamos mais ficar andando com nossos sapatos italianos esfregando na cabeça dos outros na rua”, afirmou Marçal.
Sem especificar destino final, o segundo passo da estratégia, após integralizado, seria levar os ônibus para outro local.
Quando questionado sobre a produtividade dos funcionários públicos da saúde de São Paulo, Marçal disse que pretende fazer da tecnologia uma aliada.
Já ao ser perguntado por um membro do SindHosp sobre parcerias público-privadas para a gestão de hospitais municipais, Marçal diz que pretende seguir com a sugestão apresentada pelo integrante com uma mesa permanente dos membros do sindicato como conselheiros para debate da saúde pública de SP.
O debate promovido pelo SindHosp, que acontece na sede do sindicato, faz parte de uma série de entrevistas com os pré-candidatos mais bem colocados para prefeitura de São Paulo e está disponível no canal do YouTube da associação.
O encontro já entrevistou o atual prefeito do município, Ricardo Nunes (MDB) e segue com agenda para as próximas semanas com Tabata Amaral (PSD), Marina Helena (Novo) e Guilherme Boulos (PSOL).
Com 10% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha do início de julho, Marçal está atrás do prefeito Nunes e Boulos na corrida pela prefeitura da capital paulista, empatados com 24% e 23% das intenções de votos, respectivamente.