a corrida para bloquear bens da rede – Zonatti Apps

a corrida para bloquear bens da rede

A segunda, já em curso, tem o potencial de deixar Elon Musk ainda mais chateado com o Brasil: usuários com ações judiciais contra o X —algumas já ganhas, outras ainda tramitando— pediram à Justiça para bloquear os bens da rede social no Brasil, a fimd e conseguir receber alguma reparação financeira.

O que rolou

Para surpresa até dos poucos funcionários que ainda trabalhavam no escritório brasileiro do que um dia foi o Twitter, no sábado (17):

  • O X resolveu encerrar as atividades de sua sede no Brasil…
  • … Profissionais foram convocados para uma reunião de última hora, tanto é que teve gente demitida que só soube depois. Para além da falta de humanidade da situação…
  • … O X continua no ar, mas por tempo indeterminado, já que…
  • … Ainda que, em tese, a rede social continue sendo representada pelo escritório Pinheiro Neto Advogados, a interlocução entre a ala jurídica e a operação tende a ficar truncada. Problema à vista, já que…
  • … Correm no STF inquéritos que pedem a todo momento suspensão de contas. E, como a paciência do Judiciário já está no fim, um “não” da rede social pode ser a gota d’água que falta para o copo entornar. Aliás…
  • … Foi o descumprimento de um desses pedidos, em relação ao perfil do senador Marcos do Val (Podemos-ES), que levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a ameaçar de prisão a representante legal do X. Musk viu no fato a oportunidade que faltava para jogar a toalha. No entanto, nem só de altas instâncias vive o X, porque…
  • … Diversos usuários buscam na Justiça responsabilizar a plataforma por terem sido ofendidos ou por contestarem regras e medidas do site, como a suspensão de contas ou remoção de conteúdo. Na segunda instância do TJ-SP, são pouco mais de 60 que miram apenas o Twitter. Só que…
  • … Alguns advogados se adiantaram e pediram o bloqueio do dinheiro que a empresa têm nas contas antes de a operação ser encerrada de vez.

Por que isso é importante

Um deles é Nauê Bernardo Pinheiro. Ele assessora uma grande influenciadora digital e dona de um podcast bastante popular. Seguida por quase 80 mil pessoas no X, ela era frequentemente hostilizada por lá, a ponto de ir parar no Trending Topics. Cansada, pediu na Justiça ainda em 2022 para o Twitter entregar dados que pudessem identificar os ofensores. A rede recorreu, perdeu e não entregou. Agora, além das informações, precisa pagar R$ 20 mil. Nesta sexta (23), veio o tiro de misericórdia. O desembargador Fernando Reverendo Vidal Akaoui negou um último recurso do ex-Twitter, reforçou o pagamento da indenização e ainda passou aquele sermão.

Deixe um comentário