Alerta de spoiler
O Enfermeiro da Noite, o novo filme de suspense da Netflix baseado em fatos, está assustando muitos espectadores com a história absurda que aconteceu nos Estados Unidos.
O filme toma como base o livro de Charles Graeber, que explora os crimes de Charles Cullen, cometidos em nove hospitais entre 1988 e 2003, e a missão de Amy Loughren de levá-lo à justiça.
“Suspeitando que seu colega seja responsável por uma série de mortes misteriosas de pacientes, uma enfermeira arrisca sua própria vida para descobrir a verdade neste emocionante thriller baseado em fatos reais”, revela a sinopse da Netflix.
Com Jessica Chastain e Eddie Redmayne, o elenco ainda conta com Nnamdi Asomugha, Noah Emmerich e Kim Dickens.
No entanto, depois de tantos anos, pouco se sabe sobre informações envolvendo o criminoso. Revelamos abaixo o que aconteceu com Cullen e onde ele está agora.
Quem era Charles Cullen?
Charles Cullen ficou órfão ainda no ensino médio. Seus pais morreram jovens. Seu pai morreu quando Cullen tinha apenas sete meses e sua mãe quando ele estava no último ano do ensino médio.
Posteriormente, ele serviu na Marinha dos Estados Unidos e recebeu alta médica em 1984. Cullen se formou como enfermeiro, e em 1986, começou sua carreira no Centro Médico Saint Barnabas, em Livingston.
Um ano depois, em 1987, ele se casou com Adrianne Baum. Porém, as coisas mudaram em 1993, quando ela entrou com uma ordem de restrição contra ele para protegê-la e proteger suas duas filhas.
Quando começaram os assassinatos e o que aconteceu?
Os assassinatos de Cullen começaram ainda no Saint Barnabas Medical Center, seu primeiro trabalho coo enfermeiro, em 1988, quando ele injetou bolsas intravenosas com drogas como digoxina e insulina.
No ano de 2002, ele conseguiu um emprego no Somerset Medical Center em Somerville, onde conheceu Amy Loughren, que no filme é vivida por Jessica Chastain.
Enquanto trabalhava no local, ele fez mais tentativas de matar vários pacientes. Para isso, ele precisava acessar os prontuários médicos dos pacientes que não estava cuidando, o que acabou levantando suspeitas.
As suspeitas aumentaram ainda mais quando ele encomendava insulina do dispensário do hospital, e cancelava logo em seguida.
No filme, Cullen explica que se uma enfermeira cancelar o pedido rapidamente, o dispensário ainda iria liberar o medicamento. No entanto, no papel, pareceria que o medicamento nunca havia sido administrado ao paciente.
O longa nunca mostra Cullen injetando as drogas. Em vez disso, o espectador vê a enfermeira Loughren vasculhando o depósito para testar cada bolsa intravenosa para verificar se foram adulteradas.
Após uma morte suspeita em agosto de 2003, o hospital em que Cullen trabalhava foi avisado que uma enfermeira estava matando os pacientes.
Porém, houve uma demora por parte do hospital, que entrou em contato com a polícias apenas em outubro do mesmo ano.
Após isso, a polícia começou a investigação, e Cullen foi demitido por mentir em seu currículo. Loughren se envolveu na investigação policial, e ela convenceu Cullen a confessar os crimes, com ele sendo preso.
No dia 12 de dezembro de 2003, Cullen foi preso e acusado de uma série de assassinatos e tentativas de homicídio. Ele confessou tudo.
Cullen recebeu 11 sentenças de prisão perpétua em março de 2006 pelo assassinato de 29 paciente. Em sua segunda audiência de sentença, o juiz concedei mais seis penas de prisão perpétua, totalizando 17 ao todo.
As autoridades americanas acreditam que o assassino estava por trás das mortes de até 400 pacientes. Atualmente, ele está preso na Prisão Estadual de Nova Jersey.
O Enfermeiro da Noite está disponível na Netflix.
Sobre o autor
Gabriel Silveira
Estudante de jornalismo, apreciador da Sétima Arte e o maior fã do Batman de todos os tempos.