Tumor maligno e benigno: qual a diferença? – Zonatti Apps

Tumor maligno e benigno: qual a diferença?

Saúde

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 06/11/2023Última atualização: 06/11/2023

Por Redação Minuto Saudável

Publicado em: 06/11/2023Última atualização: 06/11/2023

Tumores benignos são marcados por um aumento anormal das células, no entanto, geralmente não constituem uma ameaça significativa para a saúde.

As diferenças entre tumores malignos e benignos, ou neoplasias, são fundamentais para compreender o impacto que eles têm no corpo. A neoplasia é um termo abrangente que se refere ao crescimento descontrolado de células em uma região específica do organismo. 

Os tumores benignos são caracterizados por um crescimento celular anormal, mas, em geral, não representam uma ameaça séria à saúde. Esses tumores tendem a crescer de forma lenta e têm limitações. Em muitos casos, uma vez removidos, eles raramente reaparecem.

Por outro lado, os tumores malignos, ou cânceres, são notáveis ​​por sua capacidade de crescer de forma descontrolada e invadir tecidos vizinhos. 

Além disso, eles têm a capacidade de se disseminar pelo corpo, dando origem a metástases, que são novos focos de câncer em locais distantes.

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Índice:

  1. O que é tumor?
  2. Qual a diferença entre tumor maligno e benigno?
  3. Quais são os tipos de tumores malignos e benignos?
  4. Como é feito o diagnóstico?
  5. Qual tumor tem cura?
  6. Quando um tumor benigno vira maligno?

O que é tumor?

O termo “tumor” refere-se a uma massa anormal de tecido que se forma no corpo humano. Nosso corpo é composto por um grande número de células que passam por um ciclo de nascimento, crescimento e morte, geralmente de maneira controlada e equilibrada. 

À medida que as células antigas morrem, novas células são produzidas para substituí-las.

No entanto, por várias razões, esse processo regulado pode ser desregulado a ponto de o processo de crescimento celular não parar. 

Toda célula tem as fases de crescimento até a morte, mas nas cancerígenas esse processo de morte não ocorre, ela cresce e se proliferam descontroladamente, levando à formação de um tumor. 

Os tumores podem ser classificados em duas categorias principais: benignos e malignos.

As causas subjacentes à formação de tumores podem variar e incluir:

  • Fatores genéticos;
  • Exposição a substâncias cancerígenas; 
  • Inflamação crônica;
  • Dieta imprópria;
  • Tabagismoalcoolismo;
  • Muita exposição ao sol sem proteção;
  • Estresse em excesso.

O tratamento de tumores malignos geralmente envolve abordagens como cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, com o objetivo de eliminar as células cancerosas e impedir sua propagação.

Leia mais: Quimioterapia: para que serve, tipos e cuidados 

Qual a diferença entre tumor maligno e benigno?

A principal diferença entre tumores benignos e malignos está na capacidade de invadir tecidos adjacentes e se espalhar para outras partes do corpo. Segue uma explicação mais detalhada sobre:

Tumores malignos

Os tumores malignos, também conhecidos como câncer, são caracterizados por um crescimento descontrolado de células. Possuem uma capacidade de invasão e destruição de tecidos e órgãos, na medida em que se espalham pelo corpo.

As células de tumores malignos têm um alto grau de autonomia e são capazes de resistir aos mecanismos reguladores do corpo.

O maior risco associado aos tumores malignos é sua propensão a formar metástases, o que significa que as células cancerosas se deslocam para outras partes do organismo e iniciam o crescimento de novos tumores, tornando o câncer uma doença potencialmente fatal.

O tratamento de tumores malignos geralmente envolve modalidades terapêuticas agressivas, como cirurgia, radioterapia, quimioterapia e imunoterapia, destinadas a eliminar as células cancerosas e prevenir a propagação da doença.

Tumores Benignos

Já os tumores benignos crescem de forma “organizada” e geralmente têm um ritmo de crescimento lento. Tendem a ser expansivos e costumam ter limites bem definidos, o que significa que não invadem os tecidos vizinhos.

Embora não invadam os tecidos pertos, os tumores benignos exercem pressão sobre órgãos e tecidos próximos, o que pode causar uma série de sintomas ou desconforto.

Em geral, os tumores benignos não se espalham para outras partes do corpo, o que significa que eles não formam metástases.

Leia mais: Tumor Cerebral (benigno, maligno): tem cura? Veja sintomas 

Quais são os tipos de tumores malignos e benignos?

Estes são apenas alguns exemplos de tumores benignos e malignos que podem ocorrer:

Benignos

Lipoma

É um tumor que se origina no tecido adiposo, geralmente localizado logo abaixo da pele. Eles são frequentemente macios ao toque e podem ser móveis. 

Embora possa causar problemas significativos, podem ser removidos cirurgicamente por razões estéticas ou causar desconforto.

Mioma uterino

Infelizmente, é uma condição comum entre mulheres em idade reprodutiva e, embora sejam geralmente benignos, podem causar desconforto e impactar a qualidade de vida. 

A causa exata dos miomas uterinos não é completamente compreendida, mas acredita-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais desempenham um papel importante em seu desenvolvimento. 

Os miomas crescem a partir das células musculares do útero e podem variar em tamanho, desde pequenos nódulos até grandes tumores.

Adenoma

Originados nas glândulas do corpo, como a glândula tireoide, que pode causar um crescimento anormal da própria tireóide

Geralmente, esses tumores não resultam em excesso de hormônios, mas em alguns casos, eles podem se tornar adenomas funcionais e afetar a função glandular.

Hemangioma

São tumores benignos que se desenvolvem a partir de vasos sanguíneos. Eles podem ocorrer na pele ou em órgãos internos, como fígado e cérebro. 

Hemangiomas na pele são relativamente comuns em bebês, muitas vezes aparecendo no rosto, e geralmente desaparecem por conta própria com o tempo. No entanto, nos órgãos internos podem requerer tratamento, dependendo do impacto que têm na saúde.

Malignos

Carcinoma

São tumores malignos que se originam em células epiteliais, que revestem órgãos e tecidos do corpo. Essas células geralmente estão envolvidas na formação de revestimentos, como a pele, como mucosas e os órgãos internos. 

Exemplos comuns de carcinomas incluem o carcinoma de pulmão, que afeta os pulmões, e mama.

Sarcoma

São tumores malignos que se originam em tecidos moles, como gordura, músculos e cartilagens, porém, também podem aparecer em vasos sanguíneos, nervos e ossos. Os sarcomas frequentemente exigem tratamentos especializados, como cirurgia e quimioterapia.

Um exemplo é o sarcoma de Ewing, um tipo raro que afeta principalmente os ossos longos em crianças e adolescentes. 

Leucemia

Afeta as células sanguíneas e a medula óssea. Ela resulta na produção descontrolada de células sanguíneas anormais, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

leucemia é comum em vários subtipos, incluindo leucemia linfocítica aguda e leucemia mieloide aguda. O tratamento geralmente envolve quimioterapia e, em alguns casos, transplante de medula óssea.

Melanoma

É um tipo de câncer de pele maligno que se origina em células produtoras de pigmento conhecidas como melanócitos. Geralmente se desenvolve a partir de manchas na pele e tem capacidade de se espalhar para outras partes do corpo. 

É conhecida por sua agressividade e deve ser tratada precocemente.

Linfoma

linfoma é um câncer do sistema linfático, que faz parte do sistema imunológico do corpo. Existem dois principais subtipos de linfoma: o linfoma de Hodgkin e o linfoma não Hodgkin. Ambos se originam em células linfáticas e podem se desenvolver em gânglios linfáticos, baço, medula óssea e outros órgãos.

Glioblastoma

O glioblastoma multiforme é um tipo de tumor cerebral maligno que se origina no tecido glial. É considerado um dos cânceres mais agressivos e de crescimento rápido. 

O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia, mas as opções terapêuticas são frequentemente limitadas.

Leia mais: O que é Linfoma de Hodgkin, sintomas, tratamento, tem cura? 

Como é feito o diagnóstico?

Médico segurando um bisturi pronto para a cirurgia.
O processo de diagnóstico do câncer/tumor envolve uma avaliação minuciosa que combina informações obtidas do histórico médico do paciente e de exames físicos. No entanto, a confirmação definitiva de um diagnóstico requer uma biópsia, seguida de um exame histopatológico.

Esse procedimento é fundamental e pode ser realizado de duas maneiras principais: através de uma biópsia por agulha ou por meio de cirurgia. Ambos os métodos têm o objetivo de coletar uma amostra do tecido ou do tumor suspeito. 

Essa amostra foi posteriormente submetida a análises minuciosas em laboratório, onde os patologistas examinam as células. 

Em geral, uma amostra coletada durante uma biópsia deve ser representativa o suficiente, contendo tecido que contenha informações substanciais para um diagnóstico preciso. 

A análise histopatológica, com sua capacidade de identificar as características específicas do câncer, contribui no direcionamento do tratamento adequado.

Qual tumor tem cura?

Estabelecer uma perspectiva de cura do tumor é extremamente complexo, pois leva em conta múltiplos fatores. 

O estágio em que é realizado o diagnóstico é crítico na determinação da cura. Quando o câncer é identificado em estágios iniciais, há uma probabilidade significativamente maior de cura. 

Em estágios iniciais, o tumor geralmente está localizado em uma área específica e não se espalhou para outros tecidos ou órgãos. Nesse cenário, as opções de tratamento, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, são mais eficazes. 

Cânceres de mama e de colo de útero são conhecidos por terem altas taxas de cura, mesmo em projetos avançados. Isso se deve, em parte, a campanhas de que ensinam métodos de prevenção e aos tratamentos modernos de hoje.

Um exemplo de tumor já citado que possui alto índice de cura é o melanoma. Isso se dá principalmente porque, geralmente, é possível ver o tumor a olho nu. Em estágios iniciais, se o câncer não se disseminou além da superfície da pele, os médicos podem removê-lo com a cirurgia.

O autoexame regular da pele ajuda a identificar manchas suspeitas, como marcas escuras em formatos diferentes ou salientes.

A prevenção e a detecção precoce desempenham um papel fundamental na melhoria das taxas de cura. Medidas preventivas, como adotar um estilo de vida saudável, evitar fatores de risco conhecidos e realizar exames de triagem, podem reduzir o risco de desenvolver câncer. 

Quando um tumor benigno vira maligno?

A transformação de um tumor benigno para um maligno é um processo complexo que pode ocorrer em alguns tipos de neoplasias benignas. 

Esta transformação é conhecida como “malignização” e é caracterizada pela mudança no comportamento celular de células que inicialmente não eram cancerosas para células cancerosas, com capacidade de invasão de tecidos vizinhos e potencial para metástase.

Essa transformação nem sempre acontece e varia de acordo com o tipo de tumor. Não é possível apontar uma causa única, mas alguns fatores podem afetar contribuir nesse processo:

  • Negligência no tratamento;
  • Fatores genéticos;
  • Fatores ambientais;
  • Estilo de vida prejudicial à saúde;
  • Exposição a carcinógenos, como radiação solar e tabagismo.

Quando essa transformação ocorre, o tumor benigno se torna maligno, e o tratamento e prognóstico do paciente mudam significativamente. Em certos casos, a remoção de tumores benignos pode ser recomendada como medida preventiva, evitando a possibilidade de malignização e o desenvolvimento do câncer. 

No entanto, é importante destacar que nem todos os tumores benignos passam por esse processo, e o acompanhamento médico regular é fundamental para avaliar o risco em casos específicos.

Leia mais: Tumor ocular: tipos, o que causa, sintomas e tratamentos 


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de câncer é um desafio global de saúde que afeta uma em cada cinco pessoas em todo o mundo. No Brasil, assim como em muitos outros países, a prevalência do câncer é uma preocupação significativa para a saúde pública. 

Dentre os diversos tipos de câncer que atingem a população brasileira, alguns são destacados em termos de incidência. O câncer de pele não melanoma, por exemplo, é o tumor maligno mais comum no Brasil, seguindo para o câncer de mama feminino, próstata, cólon, reto, pulmão e estômago.

A conscientização sobre a prevenção, a detecção precoce e o acesso a tratamentos eficazes são elementos-chave na luta contra o câncer no Brasil e no mundo. 

Campanhas de conscientização e programas de rastreamento desempenham um papel vital na identificação precoce e no tratamento bem-sucedido dessas condições. 

Além disso, a pesquisa contínua e os avanços da ciência estão expandindo as opções terapêuticas disponíveis, proporcionando esperança para aqueles afetados pelo câncer.

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