Além de perder duas protagonistas, franquia slasher já sofreu com diversos problemas no passado
A atriz Melissa Barrera, atual protagonista da franquia Pânico, foi demitida após fazer comentários pró-Palestina no conflito com Israel. Segundo a produtora Spyglass Media Group, produtora do próximo capítulo da história, a intérprete de Sam Carpenter teria sido retirada do elenco do sétimo filme por “incitação ao ódio”.
“Temos tolerância zero ao antissemitismo ou à incitação ao ódio sob qualquer forma, incluindo falsas referências ao genocídio, depuração étnica, distorção do Holocausto ou qualquer coisa que ultrapasse flagrantemente a linha do discurso de ódio”, declarou a empresa em comunicado divulgado à imprensa.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo a franquia slasher, que teve início em 1996 a partir do roteiro de Kevin Williamson e a direção de Wes Craven. A seguir, relembre outros acontecimentos dos bastidores de Pânico:
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Filmagens proibidas em colégio
Antes mesmo de ser filmado, Pânico já se envolveu em sua primeira polêmica. A ideia era rodar o filme no Santa Rosa High School, um colégio em Santa Rosa, na Califórnia, que seria transformado na Woodsboro High, escola em que Sidney Prescott (Neve Campbell), Billy Loomis (Skeet Ulrich) e seus amigos estudam no filme.
No entanto, o Conselho de Administração do Distrito Escolar da Cidade de Santa Rosa proibiu as gravações no local por conta da temática violenta do longa, fazendo com que as filmagens mudassem para o Centro Comunitário Sonoma, na região sudeste da cidade.
Wes Craven não deixou barato e, nos agradecimentos do filme, relembrou a complicação: “Nenhum agradecimento ao Conselho de Administração do Distrito Escolar da Cidade de Santa Rosa”, debochou o diretor.
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Trauma de Courteney Cox
Depois de participar de todos os filmes de Pânico, desde o primeiro, lançado em 1996, até o mais recente, que chegou aos cinemas no início deste ano, Courteney Cox, intérprete da jornalista Gale Weathers, ficou traumatizada com as diversas situações perigosas testemunhadas nas produções:
“Não vou ao banheiro em cinemas ou em qualquer arena de esportes. Sempre olho por baixo [das cabines] e prefiro não ir. Não piso em estacionamento sozinha e, se acabo fazendo isso, meu coração acelera e eu fico constantemente olhando ao meu redor”, revelou em entrevista ao The Drew Barrymore Show, na época do lançamento de Pânico 5.
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Roteiro vazado de Pânico 2 mudou tudo
Após o sucesso de Pânico, Kevin Williamson e Wes Craven já começaram a trabalhar na sequência, que chegou aos cinemas em 1997. Porém, no meio do caminho, eles tiveram que lidar com um problema em ascenção naquela época: a internet.
O roteiro de Pânico 2 acabou sendo compartilhado online, revelando que a melhor amiga de Sidney, Hallie (Elise Neal), e o namorado dela, Derek (Jerry O’Connell), seriam os assassinos da sequência, junto com a Sra. Loomis (Laurie Metcalf), mãe de Billy Loomis, assassino do primeiro filme.
Após o vazamento, Williamson foi mais precavido e, para não correr novos riscos, escreveu alguns finais falsos, como um em que o policial Dewey (David Arquette), um dos sobreviventes de Pânico, seria o assassino sob a máscara do Ghostface. Dá para imaginar?
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Pânico 3 denunciava crimes de Harvey Weinstein?
Uma das cabeças da Miramax Films, antiga produtora dos filmes de Pânico, Harvey Weinstein foi acusado e condenado por diversos crimes sexuais nos últimos anos. O caso do produtor deu início ao movimento #MeToo, que procurava prevenir assédio e agressão sexual nos bastidores da indústria cinematográfica e acabou se ampliando para abranger todos os ambientes de trabalho.
Apesar de as denúncias contra Weinstein terem surgido muitos anos após o lançamento de Pânico 3, em 2000, o filme passou a ser visto por muitos fãs como um indício do que acontecia nos bastidores de Hollywood. Na história, nós voltávamos ao passados e descobríamos que Maureen Prescott, mãe de Sidney, havia tentado ser atriz, mas acabou sendo apenas mais uma vítima de predadores sexuais, que se aproveitaram da inocência da jovem.
Em uma das cenas, o produtor John Milton (Lance Henriksen) conta como eram as coisas em Hollywood em sua época e descreve cenas que surgiram anos depois nas denúncias contra Weinstein: “Era os anos 1970. Tudo era diferente. Eu era bem conhecido por minhas festas. Ela [Maureen] sabia porque elas existiam. Eram para garotas como ela conhecerem homens. Homens que poderiam arrumar papéis para elas, caso ela passassem a impressão correta”, dizia o personagem.
“Talvez eles tenham abusado dela. Talvez a triste verdade seja que esta não é uuma cidade para inocentes. (…) Você quer se dar bem em Hollywood? Você tem que jogar o jogo ou ir embora”, completava.
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Pânico 3 foi reescrito por conta do Massacre de Columbine
Mesmo os fãs mais fervorosos de Pânico concordam que o terceiro filme é o pior da franquia, principalmente se considerarmos que ele serviria como o capítulo final da história de Sidney Prescott. Porém, a verdade é que a história precisou de improvisada de última hora por conta do Massacre de Columbine, em 20 de abril de 1999, quando dois estudantes mataram 12 alunos e um professor na Columbine High School, em Columbine, no Colorado (EUA).
Em entrevista ao Bob Bendick Podcast, em 2011, Matthew Lillard, que viveu Stu Macher, um dos assassinos do primeiro Pânico, revelou que o seu personagem estaria vivo e, da prisão, preparava uma vingança contra Sidney, em um ataque bastante similar ao de Columbine, que aconteceu apenas três semanas antes de as filmagens começarem, forçando Kevin Williamson a descartar o roteiro e começar do zero.
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Neve Campbell fora de Pânico
A polêmica mais recente de Pânico envolvia a saída de Neve Campbell da franquia, fazendo com que Sidney Prescott não retornasse pela primeira vez em mais de vinte anos como a protagonista da história.
Inicialmente, os fãs ficaram no escuro sobre a saída de Campbell de Pânico, mas logo foi revelado que a decisão foi tomada porque a atriz recebeu uma proposta salarial bem abaixo do que acreditava ser merecido devido à sua importância para a franquia:
“Infelizmente, não farei o próximo filme de Pânico. Como mulher, tive que trabalhar arduamente na minha carreira para estabelecer o meu valor, especialmente quando se trata de Pânico. Senti que a oferta que me foir apresentada não correspondia ao valor que eu trouxe à franquia”, afirmou em comunicado à Variety.
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