David Lee / Netflix
À medida que avançamos em 2023, a Netflix continua a redefinir o entretenimento doméstico com uma seleção diversificada de filmes que atendem a uma ampla gama de gostos e preferências. A plataforma tem demonstrado um compromisso contínuo em oferecer conteúdo original e atraente, bem como em hospedar filmes aclamados de diferentes gêneros e culturas. Este ano não é exceção, com a Netflix apresentando uma variedade de filmes que têm capturado a atenção dos espectadores ao redor do mundo.
Neste contexto, a revista Bula compila uma lista dos 15 melhores filmes disponíveis na Netflix em 2023, até o momento. Essa seleção é feita com base em critérios que incluem qualidade de produção, direção, atuação, roteiro e a recepção tanto do público quanto da crítica. A lista apresenta títulos que vão desde dramas intensos e thrillers envolventes a comédias leves e documentários instigantes, refletindo a riqueza e diversidade do catálogo da plataforma.
A intenção desta lista é oferecer aos leitores uma visão abrangente dos filmes mais destacados do ano na Netflix, proporcionando opções de entretenimento de qualidade para aqueles momentos em que se prefere o conforto de casa. Seja para uma noite relaxante no sofá ou para uma maratona de filmes durante o fim de semana, esta seleção promete títulos que irão satisfazer os mais variados gostos cinematográficos e talvez até incentivar a descoberta de novos favoritos.
O Assassino (2023), David Fincher
Num cenário onde a sofisticação de Paris se mescla com o submundo do crime, um assassino de elite se esconde em um hotel luxuoso, aguardando o momento de cumprir uma missão envolta em mistério. A trama se desenrola mostrando a rotina meticulosa e os preparativos minuciosos do assassino. No entanto, quando o confronto com seu alvo finalmente acontece, um erro inesperado subverte completamente a operação, lançando o assassino em uma fuga desesperada pelas ruas de Paris. O incidente inesperado abre as portas para uma conspiração muito mais ampla e intrincada do que o esperado, com o assassino agora buscando desvendar a teia de enganos e traições que se ocultam por trás do contrato. Esta busca o conduz através de um labirinto de perigos, onde cada passo pode ser uma armadilha, e cada pessoa que encontra pode ser um inimigo. A caçada intensa transforma o assassino de predador em presa, em um jogo de gato e rato que testa seus limites e habilidades.
Rustin (2023), George C. Wolfe
Este filme cativante e revelador mergulha na vida de Rustin, uma figura crucial, porém muitas vezes ofuscada, no movimento pelos direitos civis nos EUA durante a agitada década de 1960. A história segue Rustin desde seus primeiros passos no ativismo até se tornar um estrategista essencial na histórica Marcha de Washington. Rustin é retratado como um homem de convicções inabaláveis e uma paixão intensa, lutando incansavelmente por justiça e igualdade. Além de seus feitos notáveis como ativista, o filme também explora os desafios íntimos de Rustin como um pacifista e homem gay em uma época de intensa intolerância. A narrativa entrelaça sua luta pessoal e pública, destacando sua coragem e resiliência, e lança luz sobre sua contribuição indelével para a história dos direitos civis.
Nyad (2023), de Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin
Neste impactante filme, acompanhamos uma nadadora veterana em sua missão audaciosa de cruzar o estreito entre Cuba e os Estados Unidos. Mais do que um feito físico, sua jornada se torna um ato de resistência e um desafio às barreiras de idade e capacidade física impostas pela sociedade. Através de cada braçada, emergem histórias de resiliência pessoal e superação. As câmeras capturam não apenas a imensidão intimidadora do oceano, mas também a intensa batalha interna da protagonista. Enfrentando correntezas implacáveis e perigos inerentes ao mar, ela avança, impulsionada por memórias e determinação. O documentário se desenrola como uma metáfora visual das adversidades enfrentadas ao longo de sua vida, destacando a tenacidade humana diante dos desafios e o poder do espírito indomável.
As Ladras (2023), Mélanie Laurent
Alex e Carole, amigas inseparáveis desde a infância, tornam-se uma dupla de ladras audaciosas. Seu alvo: uma relíquia inestimável no coração do Museu do Louvre. Cientes do desafio monumental, elas formam uma equipe eclética: Clarence, um estrategista nato e filho de um influente burocrata, e Sam, uma motociclista e boxeadora de destaque, com habilidades de dublê excepcionais. Armadas com um arsenal improvável — de latas de refrigerante e bombas de fumaça a lançadores de foguetes e asas-delta — o quarteto lança um plano ousado. Enquanto executam sua operação meticulosamente planejada, encontram-se inadvertidamente no centro de uma confrontação épica com as Forças Especiais Francesas, desencadeando uma sequência de eventos cheia de ação, suspense e reviravoltas inesperadas, que testarão não apenas suas habilidades, mas também sua lealdade e amizade.
Máfia da Dor (2023), de David Yates
Neste emocionante drama, Emily Blunt entrega uma performance impressionante como uma mãe solo enfrentando uma crise pessoal e financeira aguda. Após perder seu emprego, ela se vê em um momento de desespero, até que um charmoso representante de vendas, interpretado com carisma por Chris Evans, oferece-lhe uma oportunidade aparentemente salvadora. Ao mergulhar em um universo de promessas reluzentes em uma startup farmacêutica, ela se vê enredada em um esquema moralmente questionável. A tensão aumenta com a presença de um chefe imprevisível, uma atuação marcante de Andy Garcia, e a situação doméstica que se deteriora rapidamente.
Irmã Morte (2023), Paco Plaza
Aria Bedmar brilha no papel de Narcisa, uma noviça dotada de poderes sobrenaturais, neste envolvente thriller psicológico. Designada para lecionar em uma escola situada em um antigo convento, Narcisa se depara com um ambiente repleto de silêncios enigmáticos e segredos aterradores. À medida que estranhos fenômenos começam a assombrar a escola, revelando uma história sombria escondida nas paredes do convento, Narcisa se encontra no centro de uma série de acontecimentos sobrenaturais que desafiam sua compreensão e ameaçam a segurança de suas alunas. Com determinação e coragem, ela mergulha nas profundezas do passado obscuro do local, descobrindo uma conexão surpreendente entre seus dons enigmáticos e os eventos perturbadores que emergem. Enquanto luta para proteger as garotas sob sua tutela, Narcisa se vê envolvida em uma batalha contra forças sinistras, navegando por corredores que ressoam com ecos de um terror ancestral.
A Bailarina (2023), Lee Chung-hyeon
A vibrante capital sul-coreana não é apenas um pano de fundo, mas se transforma em um personagem vivo, refletindo os contrastes entre tradição e modernidade. A jornada intensa de Ok-ju é trazida à vida através de uma direção magistral, com um uso impactante de luz e sombra que realça o dualismo da protagonista, oscilando entre guardiã e vingadora. A trama ganha força ao retratar como Ok-ju confronta adversidades quase insuperáveis, exibindo uma resiliência que captura a atenção do espectador. Flashbacks estratégicos revelam a relação fraterna e complexa entre Ok-ju e Min-hee, formando a base emocional da história. Choi, o antagonista, é apresentado de maneira multifacetada, combinando carisma e astúcia, adicionando uma tensão palpável ao enredo. Um ponto alto do filme é a impressionante cena de luta em um mercado noturno de Seul, demonstrando habilidades cinematográficas excepcionais ao capturar a ação eletrizante e a atmosfera única da cidade.
A Incrível História de Henry Sugar (2023), Wes Anderson
Nesta obra cinematográfica deslumbrante, Benedict Cumberbatch dá vida a Henry Sugar, um aristocrata que se transforma após descobrir um livro misterioso que lhe concede a capacidade de ver além do visível e prever o futuro. O filme, sob a direção inovadora de Wes Anderson, se destaca por seu humor afiado e um estilo visual único, avant-garde. O enredo ganha um ritmo intrigante quando Henry decide empregar sua habilidade extraordinária nos jogos de cassino, planejando um esquema audacioso. O elenco de estrelas, incluindo Ralph Fiennes, Ben Kingsley, Rupert Friend, Dev Patel e Richard Ayoade, enriquece a narrativa com atuações profundas, explorando a complexidade de cada personagem. A história é uma mistura magistral de comédia e drama, com cada cena oferecendo um mergulho em um mundo ricamente texturizado. A transformação de Henry de um playboy hedonista para uma figura com poderes quase sobrenaturais é retratada com uma sensibilidade aguda, destacando tanto os elementos sombrios quanto os momentos de iluminação espiritual em sua jornada.
Camaleões (2023), Grant Singer
Ambientado na misteriosa Nova Inglaterra, estrelando Benicio del Toro no papel de Tom Nichols, um detetive notável por sua astúcia e tenacidade. Nichols se encontra diante do desafio mais complexo de sua carreira: o assassinato enigmático de uma jovem corretora de imóveis. Inicialmente um caso aparentemente direto, ele rapidamente se desdobra em um labirinto de enganos e traições. Conforme Nichols aprofunda sua investigação, cada pista revela camadas adicionais de mistério, e cada suspeito interroga traz consigo segredos obscuros que ultrapassam o entendimento convencional. O filme mantém o público preso em uma cadeia vertiginosa de revelações, onde nada é o que parece e cada personagem esconde segredos sombrios.
O Conde (2023), Pablo Larraín
Narrativa audaciosa que mescla horror e sarcasmo incisivo, situada em uma realidade alternativa que espelha a história chilena. Neste mundo, Augusto Pinochet é reinventado não como o notório ditador, mas como um vampiro ancestral, condenado a perambular pelas frias galerias de uma mansão decadente no extremo sul do Chile. Envolto em séculos de degradação humana, ele se vê em uma crise existencial profunda, debatendo-se com a ideia de abandonar sua natureza predatória e a maldição da imortalidade. Esta figura distante de qualquer heroísmo, mergulhada em reflexões sombrias, paradoxalmente anseia por redenção, por uma escapada simbólica das trevas que o envolvem. Em sua jornada tortuosa, Pinochet enfrenta a essência maligna de sua existência eterna, bem como a traição e ganância daqueles que foram, de certa forma, moldados por suas ações imortais.
Ehrengard: A Ninfa do Lago (2023), Bille August
Somos transportados para o reino esplêndido e opulento de Babenhausen, onde conhecemos Cazotte, um jovem ousado e encantador, autoproclamado mestre das sutilezas do romance. Escolhido pela astuta grã-duquesa, ele recebe uma missão crítica: selecionar uma princesa adequada para o trono e ensinar o tímido príncipe nas artes da sedução. Contudo, o destino tem outros planos, e um nascimento ilegítimo abala os alicerces da família real, forçando-os a buscar refúgio no imponente castelo de Rosenbad. Envolvido em um turbilhão de intrigas palacianas, onde adversários ocultos buscam expor segredos capazes de derrubar reinos, Cazotte se vê cativado por Ehrengard, a enigmática e leal dama de companhia. Essa inesperada paixão o conduz por um caminho de autodescoberta, revelando que suas noções anteriores sobre amor eram apenas a ponta de um oceano profundo e desconhecido.
A Mãe (2023), de Niki Caro
Um filme envolvente que explora os desafios multifacetados da maternidade moderna. No centro da trama está uma mãe resiliente e multifacetada, lutando para conciliar uma carreira imprevisível com as responsabilidades avassaladoras do lar. Ela é uma personificação da força e complexidade feminina, desafiando normas e expectativas sociais com sua tenacidade e profundidade de caráter.
O filme retrata de maneira tocante o abismo emocional que cresce entre ela e seus filhos, uma representação realista dos dilemas internos enfrentados por muitas mulheres na sociedade atual. A narrativa navega habilmente pela tensão delicada entre o amor materno instintivo e os desafios implacáveis da vida moderna. Com uma direção sensível e perspicaz, o filme transita entre momentos de distanciamento emocional e a conexão inquebrantável entre mãe e filhos. Esta jornada oferece ao público uma visão autêntica e emocionante das realidades da maternidade.
Clonaram Tyrone! (2023), Juel Taylor
Thriller eletrizante que transporta os espectadores para um mundo onde realidade e ficção se entrelaçam de maneira surpreendente. Fontaine, um notório líder do submundo, milagrosamente sobrevive a um ataque planejado por seu rival, Isaac, apenas para se encontrar inexplicavelmente são e salvo em sua própria casa. Com a mente atormentada por perguntas e uma realidade que parece ter mudado, ele reúne seus aliados de confiança, Slick Charles e Yo-Yo, para investigar o mistério.
Sua jornada os leva aos cantos mais obscuros da metrópole, onde descobrem um segredo chocante: um laboratório secreto do governo realizando experimentos sinistros na população negra local. O mais alarmante é que Fontaine é, na verdade, um clone criado nesse laboratório, manipulado por Nixon, a mente por trás dessas operações obscuras.
Encurralados (2023), Onur Saylak
Uma narrativa intensa e envolvente sobre um casal que, após um escândalo abalador em Istambul, busca refúgio e um recomeço na pacata vila turca de Assos. Ansiosos por distância das controvérsias de seu passado, eles logo descobrem que o silêncio e a reserva dos habitantes locais pesam sobre eles, substituindo a esperança de paz com uma atmosfera de desconfiança e isolamento. Longe de ser o refúgio imaginado, Assos torna-se um espelho das tensões e segredos não resolvidos do casal. A frieza da comunidade reflete e amplifica as rachaduras em seu relacionamento, impelindo-os a confrontar verdades dolorosas que tentaram suprimir. Cada encontro carregado de tensão e cada sussurro nas sombras os força a questionar suas escolhas e a força de seu relacionamento. À medida que lutam para se estabelecer nesta nova vida marcada por uma hostilidade subliminar, as consequências de suas ações em Istambul continuam a persegui-los, desencadeando uma série de eventos que desafiam sua união e caráter. Encontrando-se em uma encruzilhada, eles enfrentam a dura realidade de que o passado é um companheiro persistente e que a verdadeira redenção exige mais do que uma mudança de cenário.
Luther: O Cair da Noite (2023), Jamie Payne
A cidade de Londres é novamente assolada pelo medo e incerteza. Idris Elba retorna ao icônico papel do detetive John Luther, desta vez enfrentando um novo e formidável adversário responsável por uma série de crimes brutais. Capturado, mas não subjugado, Luther é arrastado para um complexo jogo psicológico, provocado a cada novo assassinato cometido pelo misterioso criminoso. A narrativa se intensifica quando Luther, determinado a deter a onda de violência, foge da custódia em uma busca desesperada por justiça. Ele é acompanhado por Cynthia Erivo, cuja personagem traz uma mistura de determinação e agudeza para a trama, enquanto Andy Serkis acrescenta uma camada de tensão inquietante ao enredo. A presença de Dermot Crowley como Martin Schenk reacende antigas narrativas e introduz novos dilemas morais.
O Pálido Olho Azul (2023), Scott Cooper
Em meio à austeridade da Academia Militar de West Point, o detetive Augustus Landor enfrenta um desafiador mistério. O caso, assombroso em sua brutalidade e complexidade, força Landor a desvendar a teia de honra e segredos entrelaçados na prestigiada instituição. O assassinato, longe de ser um evento isolado, expõe as tensões ocultas fervilhando sob a superfície de West Point. No centro da trama está Edgar Allan Poe, então um jovem cadete e futuro ícone literário, cuja inclinação para o macabro espelha suas próprias inquietações. Sua perspectiva única se torna a chave para Landor adentrar nas obscuridades da academia, mergulhando-os juntos em um mundo de intrigas e segredos. A colaboração entre Landor e Poe é o coração da narrativa. Eles combinam lógica incisiva e intuição aguda na investigação, explorando não somente o crime, mas também as complexidades e conflitos humanos que ele desvenda. Ambientado em 1830, o cenário histórico enriquece a trama, situando-a em um período de transformações políticas e sociais significativas.
Resgate 2 (2023), dirigido por Sam Hargrave
Na nova produção estrelada por Chris Hemsworth no papel de Tyler Rake, vemos uma tentativa deliberada de expandir a complexidade do personagem para além do típico mercenário habilidoso. O filme explora as profundezas da personalidade de Rake, desvendando o homem por trás da fachada de invencibilidade. Ao enfocar suas vulnerabilidades e um código moral inabalável, a trama se distingue ao revelar uma figura mais matizada. Evitando cair na armadilha da repetitividade, o roteiro investe em desenvolver as relações de Rake, tanto com novos personagens quanto com os já estabelecidos, criando uma dinâmica repleta de tensões que desafiam as lealdades e enriquecem a narrativa. Com a direção de Sam Hargrave, o filme mantém um padrão elevado em suas sequências de ação. As cenas de combate, carregadas de intensidade física e psicológica, engajam o espectador em uma trama intrincada de estratégias e traições, mantendo a história sempre em um ritmo ágil e imprevisível.