Em entrevista ao The New York Times, Bob Iger, o CEO da Disney, quebrou o silêncio envolvendo as críticas que o estúdio tem enfrentado com o recente anúncio de futuras sequências para franquias clássicas, como ‘Frozen‘ e ‘Toy Story‘.
O executivo revelou que, ao invés de pensar no possível retorno financeiro de sagas conhecidas pelo grande público, sua maior preocupação é entregar histórias que justifiquem novos capítulos.
“Eu não quero me desculpar por fazer sequências. Algumas delas têm se saído muito bem nas bilheterias, além de serem filmes muito bons. Acredito que há uma razão para fazermos continuações, além do retorno financeiro. Você precisa apresentar uma boa história. Já fizemos muitas sequências, mas isso não significa que vamos parar de lançá-las.”
Anteriormente, o executivo havia reiterado seu compromisso com a qualidade em detrimento da quantidade, especialmente em resposta às oscilações no catálogo de filmes do estúdio: “Passei o ano com a equipe consertando muitas coisas. Mas sinto que acabamos de sair de um período de muitos consertos para um de construção novamente e posso dizer que construir é muito mais divertido do que consertar.”
“Ao avaliar parte de nosso desempenho recentemente, uma das razões pelas quais acredito que caiu um pouco é que estávamos produzindo em excesso”, disse Iger. “Acho que quando se trata de criatividade, a qualidade é crítica, é claro, e a quantidade, de muitas maneiras, pode destruir a qualidade. Contar histórias, obviamente, é o cerne do que fazemos como empresa.”
“Eu sabia que enfrentaria inúmeros desafios ao retornar”, disse Iger. “Não direi que foi fácil, mas nunca duvidei da decisão de voltar, e estar de volta ainda é ótimo.”
“Falo sobre o otimismo como um traço extraordinariamente importante de um líder, porque ninguém quer seguir um pessimista. Mas também acredito que o otimismo sem esperança não faz bem a ninguém. Eu tenho, acho, uma razão real – e nós temos uma razão real na Disney – para sermos otimistas, e isso começa pelo fato de sermos a Disney. E a Disney, como você sabe, é uma marca por si só, mas também é uma empresa guarda-chuva que abriga muitos ativos e muitas grandes marcas. Então, a razão número um para ser otimista é essa.”
Esses anúncios da aguardada reunião geral da Disney chegam em um momento desafiador para o estúdio, particularmente após alguns grandes prejuízos como os registrados no recente filme de super-heróis ‘As Marvels’.