Os clubes de futebol nunca gastaram tanto com comissões aos agentes dos jogadores. É o que revela relatório da Fifa apresentado nesta quinta-feira. De acordo com a entidade, os times do mundo todo pagaram um recorde de US$ 888,1 milhões, cerca de R$ 4,4 bilhões, pelo câmbio atual, para os intermediários das transferências entre as equipes.
O valor representa um aumento de 42,5% em comparação ao ano passado, quando os agentes embolsaram US$ 623,2 milhões (R$ 3 bilhões). O recorde anterior era de 2019, quando as comissões atingiram a cifra de US$ 654,7 milhões (equivalente a R$ 3,2 bilhões pelo câmbio atual).
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A elevação das cifras é consequência direta do aumento de transações protagonizadas por agentes, como representantes dos jogadores. Segundo o documento “Agentes de Futebol em Transferências Internacionais”, publicado pela Fifa, houve um recorde de 3.353 transferências nestas condições. Isso corresponde a 15,4% de todas as transações e marca um crescimento de 8,4% em comparação ao ano passado.
Os principais responsáveis por estes números são os clubes europeus, considerados os mais badalados do mundo atualmente. Estes times corresponderam a 86,6% de todas as transferências com auxílio de agentes. E a maior parte do pagamento aos representantes dos jogadores saiu dos clubes ingleses, num total de US$ 280 milhões (R$ 1,3 bilhão).
Entre os países, o que mais gastou com comissões foi a surpreendente Coreia do Sul, com 31,6% do total. A Arábia Saudita, que vem recebendo diversos craques da Europa, como Cristiano Ronaldo, Neymar e Karim Benzema, foi a segunda nação que mais gastou com agentes, num total de US$ 86 milhões (R$ 426 milhões).
Outro destaque do relatório da Fifa é o futebol feminino. Pela primeira vez na história, os clubes gastaram mais de US$ 1 milhão (R$ 4,9 milhões) com os agentes em transferências de jogadoras. O total foi de US$ 1,4 milhão (quase R$ 7 milhões). Foram 125 transações do tipo, marcando um crescimento de 20% em comparação a 2022.
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