Os casos confirmados de dengue em São Paulo subiram 79,4% no intervalo de uma semana, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. Até 20 de janeiro, eram 10.728 registros, contra 19.243 em 27 de janeiro.
Os registros de óbito pela doença também mudaram. Até o final da semana passada, a pasta havia confirmado quatro mortes pela doença. No novo relatório, porém, constam três.
O governo estadual afirma que a cidade de Jacareí retirou um dos casos fatais para reavaliação. A administração municipal, porém, nega a alteração.
“O município possui dois óbitos por dengue confirmados até a presente data. O segundo óbito confirmado em Jacareí, ocorrido no dia 21 de janeiro de 2024, teve resultados positivos para dengue em seus exames e sintomas, e teve amostra encaminhada para o Instituto Adolfo Lutz, para que seja confirmado o sorotipo viral”, confirmou a administração na tarde desta quarta (31).
“Informamos que em nenhum momento retiramos a confirmação de nenhum dos óbitos por dengue.”
O número de vítimas é maior quando consideradas as informações das prefeituras. Mortes confirmadas pelos municípios de Dois Córregos e Bebedouro, por exemplo, não constam na atualização estadual –levando em consideração estes casos, ao menos sete pessoas morreram pela doença.
Sobre a diferença entre o registrado pelas prefeituras e o governo estadual, a secretaria da saude informou que os dados dos municípios não foram repassados até o fechamento da semana epidemiológica.
Vacina em São Paulo
Nesta quarta, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que a vacina contra a dengue do Instituto Butantan deverá ser disponibilizada ao país em 2025.
“Temos uma linha de trabalho com o Butantan. O Brasil está adquirindo uma vacina do Japão, mas a quantidade ainda é insuficiente. Estamos desenvolvendo a nossa vacina. Será muito avançada, a melhor vacina de dengue no mundo, e será aplicada em uma dose”, disse o governador em entrevista à rádio CBN.
“A previsão é que fique pronta em setembro e estamos tentando antecipar esse cronograma. Vamos apresentar para a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária], de maneira que no ano que vem possamos fabricar e fornecer para o Brasil inteiro. A ideia —e depende das tratativas com a Anvisa— é que ela esteja disponível em 2025.”