Após a estreia da série ‘Griselda’, protagonizada pela atriz Sofía Vergara, a família de Griselda Blanco, conhecida como a ‘Madrinha da Cocaína’, moveu um processo contra a Netflix e Vergara.
A família argumentou o uso não autorizado de sua imagem na produção. Os filhos da traficante expressaram descontentamento com a representação de sua mãe na trama, que narra a vida controversa de Blanco.
Michael Corleone Blanco, filho mais novo de Griselda, criticou a falta de colaboração da atriz na série, ressaltando a importância de sua consulta, especialmente devido às suas visitas frequentes à mãe durante seus anos de prisão.
Elysa Galloway, representante legal de Blanco, reforçou a ausência de diálogo entre Vergara e a família Blanco durante a produção da série.
Eric Newman, criador da obra, reconheceu a semelhança entre esse processo e as alegações anteriores feitas pela família Escobar, em relação a ‘Narcos’.
Newman defendeu a liberdade de contar histórias diferentes sobre figuras públicas, apesar das objeções das partes envolvidas.
Afinal, quem foi Griselda?
Personagem Griselda na série – Imagem: Netflix/Reprodução
A série ‘Griselda’ traz à tona a vida de Griselda Blanco Restrepo, uma das figuras mais notórias do narcotráfico latino-americano. Nascida na Colômbia em 1943, Blanco teve uma infância tumultuada, marcada por violência e pobreza.
Relatos sobre sua entrada no crime variam, mas destaca-se o sequestro e assassinato de um menino aos 11 anos, uma das histórias mais macabras atribuídas a ela.
Após imigrar para Nova York em 1965, Blanco mergulhou no tráfico de drogas, inicialmente vendendo maconha com seu primeiro marido, Carlos Trujillo.
Sua ascensão foi acompanhada por uma série de crimes, incluindo o possível assassinato de Trujillo, o que lhe gerou o apelido de ‘viúva negra’.
Blanco inovou no transporte de cocaína, utilizando uma empresa de lingerie para esconder a droga em compartimentos secretos.
Seu império, marcado por lavagem de dinheiro e tráfico humano, chegou ao auge nos anos 1980, quando foi presa e condenada nos EUA por vários crimes.
Após duas décadas na prisão, Blanco foi liberta e deportada para a Colômbia, onde encontrou seu fim trágico em 2012, assassinada aos 69 anos.