Diante do aumento dos casos de dengue no país, o Ministério da Saúde solicitou que a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz ) amplie a produção de testes para detecção da doença. A entidade anunciou nesta quinta-feira (8) que será responsável por produzir e entregar à pasta 600 mil testes moleculares de diagnóstico (RT-PCR) de dengue. O número é o dobro do que havia sido previsto.
Inicialmente, a previsão era de que 300 mil testes seriam produzidos ao longo de 2024. Com a atual situação epidemiológica e da emergência em alguns municípios, a Fiocruz ampliou a produção para atender à crescente demanda. Outros 300 mil testes emergenciais serão disponibilizados nos primeiros meses de 2024. A expectativa é que as primeiras remessas estejam disponíveis nas próximas semanas.
Para o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, a entrega dos testes moleculares reafirma o compromisso da instituição em enfrentar os desafios epidemiológicos do Brasil. “Esta iniciativa visa fortalecer o diagnóstico preciso e ágil, permitindo uma resposta eficaz diante das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Estamos empenhados em contribuir com a saúde pública nacional e continuaremos trabalhando incansavelmente para beneficiar nossa população”, destaca.
Os testes permitem confirmar se a infecção é causada por dengue, zika ou chikungunya e identificar o sorotipo (1, 2, 3 e 4), em caso de confirmação de dengue.
Ministra pede mobilização contra a dengue
A ministra da Saúde, Nísia Trindade fez um pronunciamento nacional na noite da última terça-feira (6), alertando sobre o aumento significativo de casos de dengue no país. A chefe da pasta destacou a necessidade de mobilização de toda a população e o apoio do governo federal, de governadores e de prefeitos.
“Várias cidades brasileiras estão enfrentando uma situação de emergência devido ao grande aumento de casos de dengue. Este é o momento de intensificar os cuidados e a prevenção. Agora é hora de todo o Brasil se unir contra a dengue”, disse.
No discurso, a ministra atribuiu a situação de emergência enfrentada por diversas cidades do país ao calor recorde e às chuvas acima da média registradas desde o ano passado, que contribuíram para o aumento dos focos do mosquito Aedes aegypti.
A explosão de casos de dengue em várias regiões do país levou Acre, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal a decretarem situação de emergência em saúde pública. O mesmo ocorreu com a cidade do Rio de Janeiro.