A cada 3 minutos, um motorista leva uma multa de rodízio por trafegar e desrespeitar a proibição, conforme o final da placa do veículo, no centro expandido da cidade de São Paulo. Entre janeiro e outubro de 2023, foram 152,6 mil infrações desse tipo aplicadas por radares inteligentes e pelos funcionários da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Os dados, da própria CET, mostram ainda que os “pardais” são responsáveis por 98% do total de punições (149.809 do total), enquanto os funcionários da companhia aplicaram o restante das multas (2.867 ou 2% canetadas).
Embora alto, o número de multas pelo rodízio de veículos vem em queda na capital paulista desde 2020 — ápice da pandemia da Covid-19. Naquele ano, foram 285 mil autuações deste tipo. No ano seguinte, em 2021, foram 242,5 multas e, em 2022, 212,7 mil (veja no quadro abaixo o tipo de multa por rodízio aplicada).
O rodízio municipal de veículos veta o tráfego de caminhões e automóveis das 7h às 10h e das 17h às 20h conforme o final da placa. Na segunda, não circulam veículos de final 1 e 2; na terça, 3 e 4; na quarta, 5 e 6; na quinta, 7 e 8; e na sexta, 9 e 0. A multa por rodízio custa R$ 130,16 e ainda rende 4 pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação).
Multas por rodízio lideram
Entre janeiro e outubro do ano passado, a CET e os radares eletrônicos aplicaram 582,8 mil multas, de todos os tipos.
Porém, a tipificação “transitar em local/horário não permitido pela regulamentação – Rodizio” aparece na segunda posição entre as punições impostas aos motoristas paulistanos. Uma a cada quatro multas aplicadas na cidade de São Paulo ocorre devido ao rodízio de veículos.
A liderança pertence aos apressados. O desrespeito ao CTB (Código Brasileiro de Trânsito) relacionado a “Transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%” provocou 192.792 autuações ao longo do ano passado (33% do total).
Isso significa que uma a cada três multas na capital paulista ocorre por causa de excesso de velocidade.