O artista alemão Aram Bartholl é conhecido por seu projeto alternativo de armazenamento de dados, chamado ‘Dead Drops’, no qual pen drives são escondidos em espaços públicos para livre acesso das pessoas.
A iniciativa surgiu há 14 anos como uma proposta de oposição à crescente tendência de utilizar armazenamento em nuvem, que é muito comum hoje em dia.
Em 2010, Aram escondeu seus primeiros cinco pen drives em diferentes pontos de Nova York.
Os dispositivos foram cuidadosamente inseridos em fendas de paredes e fixados com cimento para evitar roubos.
Dead Drops: proposta de compartilhamento alternativo de arquivos
Os Dead Drops funcionam de maneira bastante simples: apenas a entrada USB do pen drive fica visível, permitindo que qualquer pessoa com um notebook consiga conectar-se.
O nome ‘Dead Drop’ vem do termo em inglês usado na espionagem para referir-se à entrega ou troca de informações secretas sem contato direto entre as partes.
O manifesto do projeto, disponível em seu site oficial, declara:
“Liberte seus dados na materialidade concreta e deixe-os à disposição do público! Instale seu próprio Dead Drop hoje! Liberte seus dados da nuvem agora!”
O projeto ganhou muitos adeptos ao longo dos anos. Atualmente, o banco de dados do site do projeto lista mais de 2.300 dispositivos de armazenamento de dados registrados globalmente, dos quais 18 estão no Brasil.
Os dispositivos têm uma capacidade de armazenamento total de 72.734 GB.
Riscos e cuidados ao utilizar Dead Drops
Como os Dead Drops são de acesso público e podem receber arquivos de qualquer pessoa, há riscos de infecção por malwares.
Cada vez que um pen drive é conectado a um sistema, há a chance de um malware ser silenciosamente instalado para coletar dados pessoais, como senhas, ou mesmo causar danos maiores.
Dead Drops públicos podem conter malwares devido ao acesso aberto para receber arquivos de qualquer pessoa – Imagem: Aram Bartholl/Flickr/Reprodução
Portanto, para quem pretende utilizar os Dead Drops, é essencial tomar alguns cuidados de segurança.
Recomenda-se sempre atualizar o sistema operacional, ter um programa antivírus confiável em funcionamento no notebook e, se possível, utilizar um dispositivo que não armazene informações importantes.
Também é vital utilizar senhas distintas para cada plataforma, tornando-as o mais complexas possível, a fim de dificultar o trabalho de hackers.
Para saber mais detalhes sobre o projeto e localizar Dead Drops no Brasil e no mundo, é possível acessar o site oficial do artista Aram Bartholl.