Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, fez seis meses de odontologia quando decidiu se aventurar no curso de AI. Ela e mais 14 estudantes concluíram o bacharelado na Universidade Federal de Goiás (UFG). Conheça a estudante da UFG que é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial
Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, em Goiânia. Natural de Ceres, ela chegou a fazer seis meses de odontologia, mas segunda ela, não era o que queria de verdade.
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“Fiquei sabendo da criação do curso de AI na colação de grau da minha irmã. Pesquisei sobre o mercado de trabalho e me agradou muito, vi que a área correspondia com a que sempre tive facilidade, exatas, e resolvi me aventurar”, disse Heloisy.
Ela começou o curso em 2020 e terminou no fim de 2023 na Universidade Federal de Goiás (UFG), no instituto de Informática do Campus Samambaia, em Goiânia. No país todo, o curso de graduação em IA só é oferecido pela UFG, e a estudante foi a única mulher da turma de 15 formandos.
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Heloisy conta que o curso, de bacharelado em Inteligência Artificial, além de ser chamado de IA, em inglês, artificial intelligence, é também chamado carinhosamente de BIA pelos bacharéis.
Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a primeira mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, na UFG
Acervo pessoal
“É um curso totalmente diferente dos outros. Ele trabalha a mentalidade empreendedora, resolução de problemas e tudo aliado à técnica. É promovido o contato com empresas privadas, por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento (p&d), o que contribui muito com o nosso crescimento profissional no decorrer do aprendizado”, disse Heloisy.
Ao g1, ela contou que em relação as áreas de IA, gosta mais de processamento de linguagem natural, que é fazer a máquina entender as falas humanas.
“Um dos desafios pode ser um pouco de matemática, mas nada impossível. É se manter sempre atualizado, pesquisar e buscar conhecimento constante. Recomendo fazer, é um curso que podemos aplicar os conhecimentos em qualquer área como na saúde, agro, varejo, call center, etc”, contou ela.
1ª mulher formada em AI no Brasil
Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, durante graduação em Inteligência Artificial
Acervo pessoal
Heloisy disse que o contato com as empresas durante o curso contribui e ajuda os alunos a conhecer o mercado de trabalho antes mesmo de se formar. Além disso, possibilita que os estudantes ganhem bolsas bem remuneradas em projetos desenvolvidos na universidade.
“É um sentimento muito bom, principalmente de gratidão e alegria. Saber que eu consegui finalizar e poder ser inspiração para outras mulheres é muito gratificante. A tecnologia é uma área de mulheres também, devemos cada vez mais conquistar esses espaços”, contou Heloisy.
Ela avaliou que falta incentivo para meninas jovens se aventurarem nesta área. Desde criança são os meninos que mexem no computador, entram em games no pc e acabam se atraindo mais pela área.
“As meninas não são incentivadas a jogar no computador, ainda não possuem muitas referências de mulheres que mexem com isso, então é mais difícil quererem algo que desconhecem, mas p espaço está lá, só é necessário querermos acessá-lo. Somos capazes de chegar longe”, afirmou Heloisy.
Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, e a família durante colação de grau em Inteligência Artificial
Acervo pessoal
Ela contou que é importante a formação na área devido à grande possibilidade de resolver problemas da sociedade, de diversas áreas, contribuindo para um mundo melhor.
“A minha percepção é que a IA vem para nos ajudar a sermos mais humanos, voltarmos para tarefas que são mais subjetivas, que requerem nossos pensamentos e entendimentos, e não fazermos tarefas maçantes e repetitivas. Alguns empregos serão extintos, mas com certeza precisaremos de novos empregos, mais especializados, e você tem que saber se adaptar às novas possibilidades”, disse Heloisy.
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