Um vídeo da influenciadora Clara Maia salvando o filho com uma manobra para desengasgar viralizou nas redes sociais essa semana. Logo depois, um outro vídeo, desta vez ensinando a técnica também viralizou.
A gravação foi feita durante uma palestra da Creche Segura, instituição que cuida da capacitação de cuidadores, professores e gestores escolares, em Estância Velha (RS), no dia 27 de abril.
O tutorial, postado no dia 24 de maio, mostra a enfermeira e fisioterapeuta Letícia Spina, 42, ensinando como proceder quando uma criança com menos de um ano engasga. Segundo ela, o treinamento registrado na gravação foi realizado em parceria com a consultoria nutricional TuttiFrutti, comandada por Michelle Thormann.
Após o vídeo de Clara Maia tomar conta das redes, a própria influencer entrou em contato com Michelle para contar que tinha assistido ao vídeo do tutorial um dia antes do episódio com o filho José.
Letícia atualmente é responsável pelo Programa Escola Segura, uma empresa privada que oferece formações e assessoria sobre saúde e segurança escolar. Ela conta que treinamentos como o visto no vídeo são recorrentes e ocorrem durante todo o ano, principalmente nos períodos de retomadas das aulas.
A publicação original já teve mais de 17 milhões de visualizações e, ao ver que vários perfis estavam respostando a aula, Letícia publicou novamente o vídeo em seu perfil. Ela também tem um vídeo em que explica como agir caso a criança tenha mais de um ano de idade:
Ao #Hashtag, Letícia explica que segue as diretrizes do American Heart Association: “Nesta diretriz, a asfixia é definida como uma obstrução que pode ser causada por objetos ou alimentos. Essa obstrução impede a passagem do ar para os pulmões.”
Ela ainda explica como identificar essa obstrução. Se for parcial, quando a vítima consegue falar, emitir sons, tossir forte, “nós a encorajamos a continuar tossindo, pois a saída de ar provocada pela tosse pode ser suficiente para resolver a obstrução parcial”, explica.
“Na obstrução total, a vítima não consegue respirar, falar ou emitir sons, pode ter uma tosse silenciosa e ficar com coloração pálida ou arroxeada. Em crianças maiores e jovens, pode ocorrer a colocação das mãos no pescoço, sinalizando que algo está ali”. Neste caso, Letícia diz que é a hora de iniciar as manobras de desengasgo. “Após identificar o sufocamento, devemos colocar o celular no modo viva voz, acionar a emergência (ou pedir para alguém fazer isso) e iniciar as manobras”, detalha Letícia.
Para a profissional, também é importante a prevenção. Ela conta que há várias formas de evitar o sufocamento, desde a posição segura para colocar o bebê para dormir (que é de barriga para cima), a posição segura para alimentar (que é sentado, no caso de sólidos; e semi-elevado para aleitamento com mamadeira), até a forma correta de oferecer alimentos, utilizando cortes seguros.
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