Como Alma Gêmea salvou a carreira de Flávia Alessandra – Zonatti Apps

Como Alma Gêmea salvou a carreira de Flávia Alessandra

Após “O Beijo do Vampiro”, as aparições de Flávia Alessandra limitaram-se a pequenas participações em programas, como “Linha Direta” e “Carga Pesada”. A carreira de Flávia Alessandra parecia estar estagnada. Só em 2005, já separada de Marcos Paulo, ela voltou às novelas em “Alma Gêmea” e, finalmente, mostrou todo seu potencial.

Cristina (Flávia Alessandra) em Alma Gêmea Imagem: REPRODUÇÃO/TV GLOBO

Nas mãos de uma atriz menos sagaz e atenta, Cristina teria se tornado apenas uma caricatura digna de um dramalhão mexicano como a Soraya Montenegro, de “Maria do Bairro”. Com recursos e esperteza, Flávia Alessandra enxergou a complexidade da personagem e soube construir uma mulher amargurada que variava do amor obsessivo à rejeição, trazendo humanidade para Cristina e, de alguma forma, justificando as atitudes condenáveis da vilã. A atriz ainda deu um toque de ironia a Cristina, o que conferiu um charme a mais à personagem. Na atual reprise de “Alma Gêmea”, os traços mais humanos de Cristina têm sido alvo de comentários nas redes sociais. Há até quem brinque que o tempo fez justiça à vilã de Alma Gêmea. O mérito é todo de Flávia Alessandra, que fez de Cristina uma mulher identificável.

A consagração em “Alma Gêmea” garantiu a Flávia Alessandra não apenas o título de atriz de primeiro escalão da Globo, mas também possibilitou que ela vivesse outros bons personagens na teledramaturgia, como a atrapalhada perua Vanessa, de “Pé na Jaca” (2006), a Alzira, uma sacrificada mãe de família que fazia strip-tease para sustentar os filhos em “Duas Caras” (2007), e até a robô Naomi, de “Morde e Assopra” (2011).

Rumores indicam que Flávia Alessandra, afastada das novelas desde 2021, pode voltar às telinhas em 2025 como a vilã Sandra na continuação de “Êta Mundo Bom” (2016). Torcemos para que, nessa possível sequência do folhetim de Walcyr Carrasco, a atriz retorne com tanto sangue nos olhos quanto em 2005 quando viveu Cristina. Sua performance em “Êta Mundo Bom”, nem de longe, pode ser considerada seu momento mais inspirado na TV. Nada que lembre, porém, a tríade insossa de Livias que, certamente, nem o mais noveleiro dos telespectadores gosta de lembrar!

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