O Ministério da Saúde anunciou que os profissionais de saúde poderão acessar todo o histórico dos pacientes durante as consultas, utilizando o SUS Digital.
Uma das novas funcionalidades da plataforma é o lançamento de uma interface dedicada aos profissionais do SUS, permitindo a continuidade do cuidado com o acesso ao prontuário eletrônico unificado.
A nova funcionalidade foi apresentada em evento nesta quarta-feira (16) no Ministério da Saúde. A iniciativa visa a transformação digital do SUS para unificar os dados de saúde.
Esse compartilhamento de dados é possível por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde, aprimorada em 2023, que já conta com mais de 1,8 bilhão de registros disponíveis.
“Não é qualquer médico, a qualquer hora, e qualquer profissional de saúde. [É] no contexto da consulta, do atendimento, quando o paciente está presente durante a consulta. Todas as questões da Lei Geral de Proteção dos Dados são seguidas”, disse Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde.
O SUS Digital foi lançado em abril deste ano. As ações servem para o fortalecimento da assistência prestada à população no SUS (Sistema Único de Saúde). O aplicativo ultrapassou a marca de 30 funcionalidades.
A plataforma garante, por exemplo, acesso à carteira nacional de vacinação, com emissão de certificados; autorização para retirada gratuita de absorventes pelo programa Dignidade Menstrual e o histórico da dispensação do Programa Farmácia Popular.
Segundo a pasta, a telessaúde é uma das ações estruturantes do SUS Digital que permite ampliar o acesso a diagnósticos e consultas especializadas. Nos últimos dois anos, foram realizadas 4,6 milhões ações de telessaúde.
Como parte desta estratégia, neste ano, o Ministério da Saúde implantou o primeiro ponto de telessaúde em um território quilombola, no Pará, que vai beneficiar a comunidade do Quilombo Boa Vista.
A pasta destacou durante o evento que é a primeira vez que o governo federal destina recursos em todo o país, de aproximadamente R$ 460 milhões para a transformação digital.
O índice criado pela Secretaria de Informação e Saúde Digital para a distribuição dos recursos considerou os locais de vazio assistencial, falta de conectividade, entre outros pontos com o objetivo de combater as desigualdades e ampliar o acesso a ações e serviços de saúde para quem mais precisa.