Eneva (ENEV3) se sagra uma das vencedoras do leilão de reserva de capacidade da ANEEL – Zonatti Apps

Eneva (ENEV3) se sagra uma das vencedoras do leilão de reserva de capacidade da ANEEL

Em fato relevante publicado nesta sexta-feira (30), a Eneva (ENEV3) informou que seus projetos de geração termelétrica UTE Azulão II e UTE
Azulão IV
(em conjunto “UTE Azulão II”), com capacidade instalada total de 590 MW, que serão implantados nas adjacências do Campo de Azulão, Bacia do Amazonas, sagraram-se vencedores no 2º Leilão de Reserva de Capacidade na forma de energia – LRCE da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, realizado hoje na B3 (B3SA3).

A UTE Azulão II detém potência contratada de 520,8 MW médios, com inflexibilidade contratual de 70%, pelo prazo de 15 anos, a partir de 31 de dezembro de 2026, e assegura receita fixa anual durante o período de suprimento de R$ 1.921.925.330,10 (data-base: maio/2022), reajustada anualmente conforme a variação do IPCA.

Adicionalmente, quando despachada acima da inflexibilidade contratual, a UTE Azulão II vai receber receita variável de R$150/MWh (data-base: maio/2022) sobre a energia despachada acima da inflexibilidade, reajustada anualmente conforme a variação do IPCA.

A UTE Azulão II vai ser implantada em conjunto com a UTE Azulão I, que foi contratada no Leilão de Reserva de Capacidade de 2021, conforme Fato Relevante divulgado em 21 de dezembro de 2021

As usinas termelétricas Azulão I e II, que em conjunto terão 885 MW de capacidade instalada, marcam o início da construção do Complexo de Geração do Azulão na bacia do Amazonas.

O fornecimento do gás vai ser feito a partir das concessões da Eneva na Bacia do Amazonas, com aumento da capacidade máxima de produção de 1,0 milhão m3/dia para 5,0 milhões de m3/dia, em atendimento às usinas termelétricas Azulão I e Azulão II, além da usina Jaguatirica II, localizada em Roraima e já operacional.

O prazo de construção previsto para o Complexo de Geração do Azulão (885 MW) e desenvolvimento da produção adicional de gás natural foi definido para cerca de 50 meses, com início da implantação já em outubro de 2022.

O investimento total estimado foi de R$ 5,8 bilhões(em termos reais), aproximadamente 75% destinados às usinas de geração.

O campo de Azulão foi adquirido pela Eneva em 2018, com um volume certificado de reservas 2P de 3,6 bilhões de m3 de gás natural.

Em dezembro de 2020, a companhia adquiriu 3 blocos exploratórios adicionais na bacia do Amazonas.

Em abril de 2022 o volume certificado de reservas 2P de gás natural nas concessões da Eneva na bacia do Amazonas atingiu 14,8 bilhões de m3 de gás
natural.

Em um período inferior a 5 anos desde o seu investimento inicial na bacia do Amazonas, a companhia já viabilizou a construção das usinas termelétricas de Jaguatirica II, Azulão I e Azulão II que, em conjunto, ultrapassam 1GW de capacidade instalada.

Recomendações

De acordo com o UBS BB, a Eneva (ENEV3) possuía vantagem competitiva em leilão de reserva de capacidade, conhecido como “leilão da Eletrobras” (ELET3)(ELET6) no mercado.

Na avaliação dos analistas Giuliano Ajeje, Guilherme Reif e Luiz Carvalho, a companhia possui a vantagem competitiva de ter ativos de exploração e produção de gás na região Norte.

Contratado 1 GW no certame, o valor da Eneva deveria ser acrescentado em cerca de R$ 9 bilhões, considerado o preço máximo da energia a ser contratada, de R$ 444,00 por MWh, calcula o UBS BB.

O relatório aponta que o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa pode se expandir em R$ 2,4 bilhões em 2026 e 2027, caso os ativos entrem em operação a partir desta mesma época.

Analistas mantiveram a recomendação neutra para os papéis ENEV3, com preço-alvo de R$ 18,00 em doze meses.

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