Não é novidade que a série Vikings conquistou uma legião de fãs ao redor do mundo. Com seis temporadas, a saga tem uma precisão histórica única, já que se passa na costa de Northumberland, no nordeste da Inglaterra, marco da origem da era viking. No ano de 793, Ragnar encarna as tradições nórdicas de devoção aos deuses, afinal, segundo a lenda, ele descende de Odin, deus da guerra e dos guerreiros. Em 2023, a produção completa dez anos, e, para celebrar, Michael Hirst, o criador e produtor, se reuniu com parte do elenco em coletiva de imprensa. E claro, o ESTRELANDO marcou presença para te contar tudinho o que rolou.
Logo de cara, Hirst explicou que o motivo de ter se aventurado em tal universo foi para mostrar um lado dos guerreiros que ninguém conhecia até então: o humano.
– [A história] não é sobre violência, é sobre sentimentos. Quem diria que os Vikings poderiam ser tão humanos, sabe? Eles são conhecidos por serem pessoas más, mas eu estava interessado em entender a cultura deste povo. Ninguém conhecia o lado humano deles, então eu queria mostrar justamente o que havia no coração na mente de cada um. A intenção era fazer uma história relevante e real.
O ator britânico Clive Standen, que viveu o impulsivo Rollo, irmão de Ragnar, também debateu sobre a humanização deste povo.
– Não é uma série que só mostra os Vikings com elmos [espécie de capacete] lutando. A cultura é explorada de dentro para fora.
Ao longo de 89 episódios, a série apresentou personagens que conquistaram os telespectadores – e são amados até hoje. Diante disso, vira e mexe, os fãs especulam o lançamento de novo filme, spin-off, reboot… Será que vai acontecer? Se depender de Hirst, sim. Mas não será da noite para o dia.
– Certamente todas as pessoas envolvidas no projeto original tem interesse de voltar para o universo, afinal, tivemos uma experiência ótima e crescemos com a série. Ela foi importante para as nossas carreiras. Seria incrível ter a chance de voltarmos para fazermos um filme ou uma minissérie. Sempre conversamos sobre isso. Mas eu não faria só pela obrigação de fazer, teria que existir uma história muito forte, interessante e significativa.
E não parou por aí! Katheryn Winnick falou sobre a importância de sua personagem, a guerreira Lagertha, para jovens mulheres.
– Me sinto muito abençoada por ter tido a chance de interpretar uma personagem tão feroz que impactou muitas mulheres e crianças ao redor do mundo. […] Comecei a fazer artes marciais quando ainda era muito pequena. Com sete anos de idade eu já fazia taekwondo. Sempre apoiei a ideia de mulheres aprenderem técnicas de autodefesa.
E continuou relembrando a experiência de não só ter atuado, mas também dirigido alguns episódios:
– Para mim, é importante ser uma voz para meninas e mulheres. […] Não só em frente às câmeras, mas também dirigindo, produzindo… Espero que mais mulheres possam se inspirar e se aventurar em outras áreas.
Gustaf Skarsgard, o Floki, garantiu que trabalhou bastante em uma característica marcante do amigo de Ragnar.
– Michael já tinha criado um personagem forte nas páginas, mas dependia de mim trazê-lo à vida. Foi um processo engraçado. Fiquei horas e horas sentado no meu quarto de hotel praticando risadas diferentes para encontrar a certa.
Já Alexander Ludwing entregou que caiu de paraquedas na segunda temporada da trama.
– Eu não sabia nada sobre os vikings [risos]. Na verdade, acho que é por isso que as pessoas gostam da série. Sempre ouvimos falar sobre esse povo, mas não sabíamos nada. A série chegou para nos ensinar, disse o intérprete Björn, primogênito de Ragnar e Lagertha.
Vikings regressa ao History Channel, emissora original, a partir desta segunda-feira, dia 6. Todos os episódios, começando pela primeira temporada, serão exibidos a partir de segunda a sexta-feira.