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Além disso, confira nossas previsões dos vencedores nas mais variadas categorias. Confira abaixo e prepare as apostas.
Ao que tudo indica a pequena produção da A24 que mistura de tudo um pouco em sua salada de ficção científica levará o prêmio máximo do ano. É verdade que o filme tem muito de ‘Matrix‘, mas o que pesa mesmo são os relacionamentos familiares, o drama e a emoção (em especial entre mãe e filha), além da importante representação asiática em um filme americano. Definitivamente não é recomendado para todos os públicos, em especial os mais velhos, porém, sua criatividade narrativa é inegável. Afinal, fazer sentido de toda a loucura do filme é louvável. E é essa criatividade que será premiada na noite de hoje. A obra levou o prêmio do sindicato dos atores, o maior termômetro para o Oscar.
Correndo por Fora: o único que tem verdadeiramente chance de desbancar ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’ esta noite é ‘Os Fabelmans’, biografia de Steven Spielberg feita pelo próprio, que é uma carta de amor ao cinema – mas é um filme à moda antiga. Enquanto ‘Tudo em Todo Lugar’ é tudo menos convencional ou tradicional.
O prêmio de melhor direção geralmente vem atrelado ao prêmio de melhor filme – a não ser em casos em que o diretor do filme favorito sequer foi indicado (como ocorreu há dez anos com ‘Argo’, de Ben Affleck). Esse ano, os Daniels (Kwan e Scheinert) devem seguir o fluxo de seu filme e ganhar o prêmio máximo por seu esforço. E que esforço, já que mais uma vez fazer sentido de toda a loucura que ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’, entregando um filme coerente, insano e ao mesmo tempo belo, é tarefa ingrata para poucos. E eles tiverem êxito.
Correndo por Fora: essa é difícil, já que por mais que seus filmes não tenham muitas chances, Ruben Östlund (‘Triângulo da Tristeza’), Martin McDonagh (‘Os Banshees de Inesherin’) e Todd Field (‘Tár’) demonstram excelência no comando de tais obras. Mas em nossa opinião, o único que pode tirar a estatueta das mãos dos Daniels é mesmo Steven Spielberg e sua autobiografia. Contra a vitória do lendário cineasta está o fato de que ele já possui dois Oscar de direção: por ‘A Lista de Schindler’ e ‘O Resgate do Soldado Ryan’.
A disputa pelo Oscar realmente é como uma corrida presidencial, ou política. Durante a campanha, candidatos crescem ou diminuem em seu favoritismo, mudando de lugar como em uma verdadeira corrida. Se fosse no início da disputa, depois da divulgação dos indicados, o Oscar iria certo para Cate Blanchett e seu retrato da intensa condutora de uma orquestra em ‘Tár’. Assim como Spielberg, Blanchett já possui duas estatuetas do Oscar – como atriz principal por ‘Blue Jasmine’ e como coadjuvante por ‘O Aviador’. Mas Blanchett perdeu momento, deixando abertura para a estirada da asiática Michelle Yeoh, vivendo o reconhecimento de sua melhor fase em Hollywood. Hoje, a veterana malaia leva seu prêmio para casa.
Correndo por Fora: como dito, Cate Blanchett era a favorita desde o início, mas tropeçou pelo caminho. Se der zebra, ainda leva para casa o Oscar. As outras três já são vitoriosas só de estarem entre as indicadas, em especial Ana de Armas e Andrea Riseborough – marinheiras de primeira viagem. Já Michelle Williams chega à sua quinta indicação sem vitória e parece que não será desta vez também.
No comeback da década, Brendan Fraser deve sair vitorioso de sua primeira indicação ao Oscar pelo drama ‘A Baleia’, de Darren Aronofsky. Ele não será o primeiro ator a sair premiado por um filme do diretor, já que em 2011, Natalie Portman levou a estatueta para casa por ‘Cisne Negro’. Fraser foi um ator que conseguiu manter seu hype de indicação no Oscar desde que as primeiras informações começaram a sair sobre o filme. Ele perdeu brevemente o favoritismo, mas hoje é tido como o provável vencedor.
Correndo por Fora: infelizmente, Paul Mescal (‘Aftersun’) e Bill Nighy (‘Living’) fazem figuração entre os indicados sem muitas chances. Agora, existem os que acreditam que Austin Butler pode sair vitorioso por seu retrato do rei do rock em ‘Elvis’. Sim, existe chance. Mas creio que chance maior tem Colin Farrell por ‘Os Banshees de Inisherin’, e se alguém fora desbancar Fraser, será ele.
Essa é provavelmente a categoria mais difícil do Oscar este ano. Angela Bassett era a favorita desde o início. A única atriz jamais indicada por um filme baseado em quadrinhos de super-heróis, e um da Marvel, Bassett pode fazer justiça ao subgênero, indicada por ‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’. Como dito, ela sempre foi a favorita, mas nos prêmios SAG, do sindicato de atores, o maior termômetro do Oscar, quem levou foi Jamie Lee Curtis, embolando o meio de campo, por ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’. Se tiver que escolher, ainda fico com Bassett, por achar que sua vitória será mais significativa.
Correndo por Fora: como dito, Jamie Lee Curtis levou o prêmio no SAG, e muitos levam sua vitória como certa. É bem provável. Mas é preciso levar em conta também que nem todos os prêmios do Oscar e do SAG se repetem, e esse seria um que viria bem a calhar não repetir.
Outra disputa acirradíssima, Ke Huy Quan venceu o prêmio do sindicato de atroes, o SAG, por ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’. Para quem não lembra, na infância o ator marcou os anos 80 com papeis como “baixinho” de ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’ e Dado em ‘Os Goonies’. Quan tem vantagem porque seus concorrentes não possuem a força devida para desbanca-lo.
Correndo por Fora: os únicos que de fato possuem alguma chance de tirar o prêmio de Ke Huy Quan são os coadjuvantes de ‘Os Banshees de Inesherin’ – Brendan Gleeson e Barry Keoghan. E curiosamente, é este segundo novato quem tem recebido os maiores elogios no filme – talvez por ser um ator não muito conhecido, entregando uma boa atuação inesperada.
Essa é batata. Sempre que uma produção estrangeira entra também na categoria de melhor filme, sabemos que vencerá na categoria de filme não americano. É simples questão de lógica, já que os outros quatro indicados não tiveram a honra de figurar entre os melhores filmes do ano. A disputa só ficaria incógnita se tivéssemos em algum ano duas produções indicadas a filme estrangeiro, figurando também para melhor filme. Dessa forma, o representante da Alemanha, ‘Nada de Novo no Front’ leva este ano. E não tem para ninguém.
Não confunda, por favor. Aqui falamos da versão da Netflix de ‘Pinóquio’, dirigido por Guillermo del Toro. A animação em stop-motion conquistou o público e os críticos, vindo a figurar entre os melhores filmes de 2022. Seria uma zebra muito grande se esta tocante adaptação da obra clássica não fosse premiada.
Correndo por Fora: este ano temos duas produções da Netflix figurando entre as indicadas de melhor animação do ano, além de ‘Pinóquio’ também ‘A Fera do Mar’; e apenas uma da Disney com ‘Red – Crescer é uma Fera’. Quem te viu e quem te vê Disney. Mas quem pode passar a perna em ‘Pinóquio’ é ‘Marcel – The Shell with Shoes On’, produção que mistura live-action com animação e é baseada num curta-metragem homônimo.
Outra que é batata. Afinal, não dá para ser mais original do que ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’, e nesse quesito os diretores Dan Kwan e Daniel Scheinert levarão a melhor.
Correndo por Fora: em matéria de originalidade, usando um tema muito caro no cinema atualmente, a luta de classes, Ruben Östlund é quem corre por fora com ‘Triângulo da Tristeza’.
Seria muito legal se ‘Glass Onion’, ‘Top Gun Maverick’ e até ‘Living’ levassem o prêmio. Mas em matéria de popularidade e qualidade dramatúrgica, o mais indicado seria a vitória para o excepcional drama de guerra alemão da Netflix ‘Nada de Novo no Front’.
Correndo por Fora: muitas fontes de veículos de cinema dão a vitória para ‘Entre Mulheres’, drama teatral da diretora Sarah Polley que só foi indicado para dois prêmios, sendo um deles o importante melhor filme – e que é pura verborragia, baseado no livro de Miriam Toews.
Esse é outro quesito onde o popular drama de guerra alemão pode sair vitorioso. Sua retratação de época e das trincheiras é cirúrgica. Ou seja, o filme pode ser um dos grandes vencedores da noite.
Correndo por Fora: para muitos especuladores, ‘Babilônia’ é quem sairá vencedor do prêmio de direção de arte. E ficaríamos felicíssimos, já que o filme com Brad Pitt e Margot Robbie foi um dos grandes esnobados desta edição e seu forte é justamente a caracterização de época. Seria ótimo vê-lo levando ao menos um prêmio. Mas também não seria disparate se fosse para ‘Elvis’ ou ‘Os Fabelmans’.
Outra disputa interessante ocorre nesta categoria das melhores vestimentas em um filme. Em matéria de figurinos espalhafatosos, poucos se equivalem ao rei do rock. E a biografia ‘Elvis’ sabia disso muito bem, fazendo valer cada figurino que vemos em tela.
Correndo por Fora: em 2019, o primeiro ‘Pantera Negra’ levou os Oscar de figurino e direção de arte. Este ano, o segundo ‘Pantera Negra’ não está indicado para direção de arte, mas a mesma Ruth E. Carter, a primeira figurinista negra a vencer o Oscar na categoria, está indicada e seria ótimo se levasse novamente. ‘Babilônia’ também está no páreo e tem força na categoria.
Transformar Brendan Fraser num homem de 270 quilos de maneira convincente exigiu um baita trabalho da equipe de maquiagem de ‘A Baleia’. Esse é um dos chamarizes do filme, e que caso contrário o longa não funcionaria e não existiria. Pensando por essa lógica, ele merece ser o vencedor. Mas a categoria está bem difícil.
Correndo por Fora: apenas dois filmes podem tirar o Oscar de maquiagem de ‘A Baleia’. O primeiro deles é ‘Elvis’, filme que muitos especuladores garantem que levará o Oscar na categoria. Aqui, o chamariz é o personagem de Tom Hanks. Mas temos ainda ‘The Batman’, que para criar o vilão Pinguim, deixou o galã Colin Farrell simplesmente irreconhecível. Também merece.
Quando um filme começa a ganhar no Oscar, ele pode vir a fazer a limpa. E ‘Nada de Novo no Front’ pode ser este filme na edição 2023. James Friend não é um diretor de fotografia muito conhecido ou badalado, mas seu trabalho no drama de guerra é simplesmente impressionante.
Correndo por Fora: o favorito segundo especuladores é na verdade a única mulher da categoria – Mandy Walker, diretora de fotografia de ‘Elvis’. O fenômeno Roger Deakins concorre por ‘Império da Luz’, na única indicação do filme.
Mesmo que não levasse nenhum outro prêmio este ano no Oscar, o prêmio de melhor edição precisa ir para ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’. Este é um dos fatores que define o longa.
Correndo por Fora: numa montagem igualmente frenética e estilizada, forte do diretor Baz Luhrmann – ‘Elvis’ é o único que pode tirar o Oscar de ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’.
Você sempre quis saber como seria um duelo musical entre Lady Gaga e Rihanna? Pois bem, este é o ano para você. É exatamente isso o que ocorre nesta edição, com as divas pop se digladiando por um Oscar. Lady Gaga escreveu e performou a empolgante canção ‘Hold My Hand’ do sucesso ‘Top Gun: Maverick’. A música se tornou hit e seria justo levar o Oscar. Rihanna escreveu e performou ‘Lift me Up’ para ‘Pantera Negra: Wakanda para Sempre’, música que muitos acharam “chocha” e o filme não emplacou do jeito que deveria.
Correndo por Fora: apesar do duelo entre Lady Gaga e Rihanna, os especuladores garantem que quem sairá vencedor é a canção ‘Naatu Naatu’, do blockbuster indiano ‘RRR – Revolta, Rebelião e Revolução’. E não seria nada ruim.
Aqui darei ouvidos aos especuladores, já que Damien Chazelle é um apaixonado por jazz e suas trilhas são sempre chamativas.
Correndo por Fora: eu ficaria imensamente feliz se a trilha extremamente perturbadora (no bom sentido) de ‘Nada de Novo no Front’ saísse vitoriosa. E ainda temos o veterano John Williams com ‘Os Fabelmans’ e Son Lux no psicodélico ‘Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo’.
Certas categorias já possuem seus donos. E o de efeitos visuais cairá no colo do imbatível ‘Avatar: O Caminho da Água’, sequência do filme que revolucionou o cinema e levou nesta categoria no ano de 2010. O segundo ‘Avatar’ não fez por menos quando o assunto é revolução visual de efeitos.
Correndo por Fora: nessa categoria não tem para ninguém, e será difícil qualquer outro levar o prêmio de ‘Avatar 2’. Mesmo assim, os outros candidatos são igualmente fortes. Talvez ‘Nada de Novo no Front’ e ‘Top Gun: Maverick’ sejam os pontos mais fora da curva depois do grande favorito.
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