São Paulo, Brasil
A idolatria não adiantou.
Julio Casares percebeu que Rogério Ceni deixou de ser um escudo e se transformou em mais um enorme problema. E o demitiu no início desta tarde.
Os contatos com representantes de Dorival Júnior se tornaram efetivos. E promissores. Ele deve ser anunciado ainda hoje.
Conselheiros que passaram a informação que Rogério Ceni havia sido demitido pela segunda vez do clube, trataram de avisar os jornalistas amigos. O contrato de produtividade de Alexandre Pato foi aceito pela direção.
Ceni não concordava com a volta do veterano atacante, de 33 anos. Ele sabia o quanto Pato é problemático quando fica no banco. E ele não vem mostrando bom futebol de forma constante há sete anos.
Dorival Júnior não ganhou a predileção de Casares à toa.
Ele foi campeão da Libertadores da América, com sete vitórias em sete partidas, e da Copa do Brasil com o Flamengo, em 2022.
Mas o lado que pesou muito na definição do seu nome no Morumbi é a maneira com que deixa harmonioso o ambiente nos clubes onde trabalha.
E o clima no São Paulo atual beirava o insuportável.
Rogério Ceni conseguiu repetir o que fez no Cruzeiro e no Flamengo. Ele perdeu o grupo de atletas.
Seu comportamento rígido, hierárquico demais se juntou à sua indefinição de forma de o time atuar. Mudando esquemas táticos sem nexo, atletas atuando de maneira que não treinaram. E sempre deixando claro nas entrevistas que o São Paulo não tem dinheiro para contratações. Porque se tivesse, seu grupo seria outro.
Ceni agiu com mais autoridade do que Julio Casares ao avisar que não escalaria Luan sem ele ter renovado seu contrato.
Postura que irritou demais o dirigente e os atletas.
Eles não perdoaram os gritos com que Ceni cobrou Marcos Paulo por uma postagem na Internet, demonstrando seu descontentamento com a reserva.
O grupo político que sustenta Casares estava irritado com Ceni desde a perda do Campeonato Paulista de 2022, com o time sendo goleado por 4 a 0 diante do Palmeiras. Depois, veio a vexatória atuação contra o Independiente del Valle, com na final da Copa Sul-Americana.
O São Paulo não conseguir chegar à Libertadores, apenas em nono lugar do Brasileiro de 2022, também contribuiu para envenenar o ambiente.
O medo de Casares, sua diretoria, organizadas era um só.
Com Ceni, o São Paulo correria risco de rebaixamento no Brasileiro para muitos conselheiros.
A diretoria diagnosticou que a raiva dos torcedores, que estavam vaiando constantemente o time atrapalhava o elenco.
E os gritos e palavrões contra o ex-treinador haviam chegado nos camarotes, onde fica o presidente.
O elenco recebeu com frieza a demissão de Ceni.
Ele era mais próximo de Rafinha, Arboleda e Calleri.
“Rogério! Gostaria de te agradecer por esse tempo em que passamos juntos. A oportunidade de ter convivido com você foi bem especial.
“Seu profissionalismo e grande competitividade são coisas que levarei para sempre comigo. Você foi e sempre será São Paulo. Muito obrigado, de coração “, postou o argentino.
Com os outros atletas, o técnico mantinha relação apenas profissional.
Espantoso o fato de que Julio Casares ou qualquer outro membro da diretoria não quiseram dar explicações aos torcedores, via imprensa, pela dispensa de Rogério Ceni.
Situação constrangedora.
O técnico também não se pronunciou por mais essa demissão na carreira.
Pessoas ligadas a Rogério Ceni que ele já esperava pela saída, já que a relação com os dirigentes já não era a mesma.
E elas também confirmaram ao blog que ele vai evitar uma terceira volta ao Morumbi.
Foi desgastante demais para Ceni trabalhar no clube que é o maior ídolo.
Pelo menos como treinador.
Ser executivo do clube sempre fez parte dos planos do técnico.
Ele fez questão e vai receber a multa de dois salários, que tem direito.
São cerca de R$ 1,8 milhão.
A esperança da direção do São Paulo é anunciar Dorival Junior ainda hoje.
E ele assuma o time contra o América Mineiro, pelo Brasileiro.
Podendo anunciar Alexandre Pato como reforço…
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