Uma comédia francesa, o apelo à resistência de Charles de Gaulle, concertos de verão e uma série documental sobre aproveitamentos de espaços pequenos compõem as propostas da RTP2 para esta semana.
Esta semana, a RTP2 estreia a série francesa “A Chama”, uma viagem pelos meandros de um concurso onde treze mulheres competem para se tornarem a Sra. Marc.
No documentário “O Apelo do 18 de junho” dissecam-se os últimos dias da queda da França na Segunda Guerra Mundial que culminaram no apelo à resistência do general De Gaulle.
Já em “Diário de Uma Criada – A História de Félicité Lavergne”, explora-se o retrato íntimo de uma mulher numa França em convulsão enquanto a série “Espaços Incríveis de George Clarke” leva um arquiteto inglês a admirar usos de espaços pequenos e microconstruções que maximizam cada centímetro de casas ou jardins.
Nas noites de cinema, a RTP2 exibe “Só Para Ter a Certeza”, da francesa Carine Tardieu, inspirado numa história verdadeira sobre um homem que só em adulto descobre que o pai afinal não é o seu pai biológico; e “Pathos”, dos portugueses Joaquim Pinto e Nuno Leonel, um ensaio sobre o sentido da vida e primeira parte da trilogia “Pathos Ethos Logo”.
A terminar a semana, dois concertos ao ar livre: um no jardim da Torre de Belém, em Lisboa, traz obras de Mozart, Bach e Eurico Carrapatoso; o outro é uma noite musical nos jardins do Palácio de Schönbrunn, com obras de compositores franceses.
Só Para Ter a Certeza (2017) – estreia
RTP2, segunda, 26 de junho, 22h50
Filme
Erwan, um viúvo de 45 anos de idade, detonador de bombas, vê-se a braços com uma filha adolescente, grávida e de pai desconhecido. Numa das consultas em que a acompanha, descobre que aquele que o criou não é afinal do seu sangue. Enquanto insiste em procurar o pai do seu neto, decide procurar também o seu pai biológico. Acaba por descobri-lo ainda vivo: Joseph, um velho senhor extremamente terno, por quem acaba por se afeiçoar. Na sua procura pelo pai, Erwan cruza-se com a indomável Anna, por quem fica seduzido. Mas num dia em que vai visitar Joseph, descobre que Anna é filha deste. Não é este o amor que esperava, não é este o genro que queria.
O Apelo do 18 de junho (estreia)
RTP2, quarta, 28 de junho, 23h00
Documentário
Londres, 18 de junho de 1940, 22:00. De Gaulle faz o apelo aos franceses aos microfones da BBC.
Enquanto as forças armadas francesas recuam diante do ataque do exército alemão, o Charles de Gaulle voa para Londres para pedir ajuda militar a Churchill. Ao saber que o marechal Pétain optou por deixar de lutar e aceitar a paz alemã de Hitler, o general recém-nomeado decide fazer um apelo à resistência. Mas são necessárias 24 horas de negociações com os líderes britânicos para que De Gaulle receba permissão para fazer o seu discurso aos microfones da BBC. Até então desconhecido, o general torna-se um símbolo do espírito de resistência francesa.
Diário de Uma Criada – A História de Félicité Lavergne (estreia)
RTP2, quinta, 29 de junho, 22h50
Documentário
Félicité Lavergne deixa a sua terra nas montanhas do centro da França aos 14 anos para abraçar um destino trágico, dramático e sem precedentes. Camponesa, empregada doméstica e depois camareira, muda-se do campo para a cidade, atravessando a França da primeira metade do século XX com coragem e inocência. Em cada novo lugar, Félicité enfrenta o desconhecido e precisa adaptar-se a um novo modo de vida. Experimenta a solidão e a reclusão, enquanto sonha com uma vida melhor. A partir de depoimentos escritos de sete criadas, combinando arquivos e cenas evocativas, o documentário de Valérie Manns traça um retrato íntimo de uma mulher “invisível” numa França em plena convulsão, no meio das grandes transformações da Belle Époque. A história de uma vida dura, violenta, com alegrias conquistadas com muita luta. Um documentário sobre a condição da mulher, a solidão, a violência social, a dominação masculina e burguesa, mas também sobre a procura da felicidade.
Espaços Incríveis de George Clarke (estreia)
RTP2, sexta, 30 de junho, 20h35
Série documental
O arquiteto George Clarke explora os usos extraordinários que as pessoas fazem de espaços pequenos. Em 7 episódios vai conhecer microconstruções incríveis e as pessoas inspiradas que as realizaram. Com pessoas que maximizaram cada centímetro de espaço das suas casas ou jardins, George descobre que tamanho não é problema no mundo do microdesign. O espaço pode ser criado nos lugares mais improváveis: de casas de banho abandonadas a contentores, boxes de cavalos ou caravanas de última geração. George junta-se à revolução dos espaços pequenos e compra uma velha caravana dos anos 1970 que espera transformar, em apenas três meses, no espaço pequeno mais extraordinário alguma vez visto. Do planeamento à maximização do espaço, cada programa é repleto de desafios, engenho e pessoas maravilhosamente excêntricas. A revolução dos espaços pequenos está bem encaminhada.
A Chama (estreia da série)
RTP2, sábado, 1 de julho, 21h00
Série
Para Marc, o amor é como uma viagem de avião. Vindas de toda a França, 13 mulheres vão competir para levantar voo com ele. Marc vai passar o tempo a conhecer cada concorrente e no final de cada episódio, distribui as cobiçadas passagens de avião, permitindo que as vencedoras permaneçam em jogo, cheguem à final, e tenham a possibilidade de se tornar… a Sra. Marc. Os ânimos vão desgastar-se e as paixões vão aumentar ao longo da aventura enquanto esperamos para descobrir quem é que Marc vai escolher como co-piloto da sua jornada de vida.
Concerto Sinfónico de verão (estreia)
RTP2, sábado, 1 de julho, 22h00
Concerto
Um repertório festivo, com obras de Mozart, Bach e Eurico Carrapatoso, para celebrar a chegada do verão.
Concerto no jardim da Torre de Belém, em Lisboa, para celebrar a chegada do Verão com um repertório festivo que inclui a Missa de Coroação de Mozart, excertos da Oratória de Páscoa de Bach, e o Salmo 150 de Eurico Carrapatoso. Às cem vozes do Coro do Festival de verão, dirigido por Paulo Lourenço, junta-se Cecília Rodrigues (Soprano), Carolina Figueiredo (Contralto), Carlos Guilherme (Tenor), Luís Rodrigues (Barítono) e a Sinfonietta de Lisboa, sob a direção do maestro Cesário Costa.
Pathos (2018) – estreia
RTP2, sábado, 1 de julho, 23h35
Filme
Filme dos cineastas portugueses Joaquim Pinto e Nuno Leonel, primeira parte da trilogia “Pathos Ethos Logo”, um ensaio sobre o sentido da vida.
A terra, a vida e a morte. Indiferença e afeição, abandono, fé. A palavra e o silêncio, luz e sombras, a infindável sobrevivência, a incapacidade de amar. Primeira parte de uma trilogia que decorre em 2017, 2028 e 2037. Três mulheres de diferentes gerações e origens, cujos caminhos se cruzam, nas suas tentativas de existir plenamente. Fragmentos de histórias que recuperam experiências e eventos da vida real para o núcleo de cada personagem.
Pathos decorre no ano 2028, num mundo em plena desordem, não mais do que em outros tempos. O acomodar, o adaptar, o evoluir. A incapacidade de viver. O infindável sobreviver. Ângela, uma professora de história reformada, que vive há muito em isolamento voluntário, trancada num apartamento de Lisboa, acolhe uma criança órfã no seu lar. Toda a sua vida recusou as convenções. Hoje, na véspera de Natal, é confrontada com uma decisão “banal”. A hospitalidade.
Concerto de Uma Noite de verão 2023 (estreia)
RTP2, domingo, 2 de julho, 23h05
Concerto
Todos os anos, desde 2004, a Orquestra Filarmónica de Viena apresenta nos jardins do Palácio de Schönbrunn, um dos concertos mais especiais da temporada.
Conhecido como “Palácio de Versalhes” de Viena, o Schönbrunn é um dos principais monumentos da Áustria, classificado pela UNESCO como património cultural da humanidade, e os seus jardins são o cenário perfeito para este momento musical único. De Bizet a Ravel, o concerto dirigido pela primeira vez pelo maestro canadiano Yannick Nézet-Séguin centra-se em obras de compositores franceses desde o período romântico ao impressionismo.
A mezzo-soprano letã Elina Garanca é a solista convidada e interpreta árias de “Carmen” de Bizet, “Sapho” de Gounod e “Sansão e Dalila” de Saint-Saëns.
O programa inclui pela primeira vez uma composição de Lili Boulanger, uma comovente representação da natureza da compositora francesa, a primeira mulher a vencer o prestigiado Prémio de Roma, em 1913, interpretada em homenagem à Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada há 75 anos, e fortalecida há 30 anos na Conferência Mundial de Viena sobre Direitos Humanos.