O tradicional dicionário Collins apresentou a sua “palavra do ano” de 2023. O termo escolhido costuma ser um tema que marcou o debate global nos últimos meses e foi altamente relevante em vários setores da sociedade. Para este ano, a seleção foi de uma sigla: AI, que significa artificial intelligence no original em inglês — em português, invertemos as letras para IA, já que a tradução é inteligência artificial.
Segundo o Collins, o termo descreve “a modelagem de funções mentais humanas por programas de computador” e é considerada “a próxima grande revolução tecnológica”, com muito desenvolvimento e virando tema comum no ano.
O tema IA esteve em alta desde o final do ano passado, com o lançamento em especial do ChatGPT e outros motores de linguagem natural ganhando espaço, como o Google Bard e o Bing Chat.
Além do boom de serviços que geram conteúdo e conversam com usuários com uma capacidade cada vez mais natural de fala, o ano foi marcado também pelas discussões sobre o uso ético dessa tecnologia e os riscos de adoção da IA, incluindo a possível eliminação de empregos e até o fim de tarefas básicas da formação, como escrever redações escolares.
O termo IA, de inteligência artificial, foi escolhido como a “palavra do ano” pelo dicionário Collins.
As outras concorrentes de palavra do ano em 2023
Os outros termos que foram debatidos pela equipe do Collins e quase foram escolhidos incluem as seguintes palavras:
- Ultraprocessados: alimentos industrializados com vários ingredientes sem valores nutricionais;
- Nepobaby: pessoa da indústria do entretenimento que ganhou oportunidades na área supostamente só por causa de pais famosos;
- Semaglutida: o nome científico do medicamento mais conhecido como Ozempic, usado em especial para perda de peso;
- Desinfluenciar: usar as redes sociais não para recomendar ou vender algo, mas alertas pessoas sobre produtos ou temas;
- Greedflation (ou “inflação por ambição”): quando uma empresa aumenta preços sem justificativa técnica, só para gerar mais lucro.
Em 2022, a palavra do ano do Collins foi “permacrisis”, um período de instabilidade e insegurança global gerado por questões como a pandemia da covid-19 em andamento e a invasão da Ucrânia.
Já em 2021 o termo escolhido foi NFT, os tokens não-fungíveis feitos em blockchain que hoje já são uma indústria em decadência, mas de fato foram muito comentados no período.